Morreu ontem Alexandre Soares dos Santos, um dos maiores empresários nacionais. Destinado a licenciar-se em Direito, a vida encarregar-se-ia de alterar esse objectivo, que, no fundo, era mais paterno do que seu.
A morte inesperada do Pai obriga-o, após definir as suas condições para o retorno, a tomar conta da empresa da família. Não foi tarefa fácil porque, entretanto, haviam de surgir o Movimento das Forças Armadas, o atraso nos pagamentos de Angola, após a sua independência, com as inevitáveis consequências humanas e financeiras e a tentativa de controle por parte da Unilever. Tudo isto Soares dos Santos superou e a sua internacionalização foi conseguida apesar de todos os contratempos.
Depois de atingidos os seus objectivos o empresário quis homenagear o homem que esteve na génese da criação do grupo "Jerónimo Martins", seu avô materno , de modo a deixar algo importante no desenvolvimento da sociedade portuguesa. Cria, para o efeito, a Fundação Francisco Manuel dos Santos, que visa estudar os grandes temas nacionais, gerindo e alimentando, com tais estudos, o portal "Pordata", base de dados do Portugal Contemporâneo.
Mais recentemente, ainda lançou a coleção de livros de ensaio, a preços reduzidos, sobre temas da atualidade e o desígnio conhecer Portugal, pensar o país, e contribuir para a identificação e resolução dos problemas nacionais.
Morreu um grande homem, de quem nem todos gostavam porque dizia e fazia como pensava - hoje raro no Portugal politicamente correcto - e desapareceu um empresário que tinha uma estratégia para a sua empresa e para o país.
Que descanse em paz.
HSC
Lutou contra uma doença mortífera e deixou um grande legado empresarial e a sua Fundação.
ResponderEliminarO nosso Obrigada!😢
ResponderEliminarAcabei de ouvir uma entrevista dele,muito bom! Além do grande legado fiquei a saber que era Sportinguista.😊💚
ResponderEliminarE disse que o seu filho fazia falta na política!
ResponderEliminarDra Helena
ResponderEliminarPara além de um grande empresário, foi um grande homem que poucos conhecem e o país vai esquecer. Se hoje tenho uma vida decente e digna a ele o devo por inteiro!
Também o estimava muito e adorava ouvi-lo
ResponderEliminarou ler as suaus entrevistas.
Mais um português de grande valor que
Portugal perdeu.
Paz à sua alma.
Os meus cumprimentos.
Irene Alves