domingo, 28 de abril de 2019

Esta nova Lisboa



António Costa queria uma Lisboa a duas rodas. Fernando Medida seguiu-lhe o passo. E nós, transeuntes ou condutores, assistimos impávidos a reduções sucessivas do espaço de rodagem para os automóveis, que deram, claro, lugar às bicicletas e às motorizadas, como se fossemos uma capital plana e com chão de auto estrada.
Mas isto não bastou e para modernizar mais a nossa vida surgiram os tuktuk que enxameiam a cidade, cheios de turistas e estacionam onde bem querem, sobem a passo de caracol criando autenticas filas de carros, eléctricos e autocarros que só conseguem apitar com a situação. Enfim, uma medida para dar cabo da nossa cabeça, aliada às inversões de sentido, igualmente tomadas sem que nos explicassem as razões.
Mas faltava algo mais, para sermos completamente modernos e planos. Falo das trotinetes eléctricas, largadas em qualquer lado e cujos manobrantes nem capacetes usam, para poderem partir melhor a cabeça deles e de quem tenha a infelicidade de os atropelar. São um terror...
Lisboa é uma cidade de sete colinas e estes tipos de transporte a duas rodas eléctricas, não obedecem às regras de trânsito, ultrapassam pela direita e pela esquerda sem o menor cuidado e até o fazem com uma mão ocupada pelo telemovel.
Haverá alguém na Camara Municipal de Lisboa que regulamente e fiscalize estes transporte e os individuos que o utilizam? 
Mais tarde ou mais cedo vai ocorrer um desastre com perda de vidas. Será preciso isso, para serem tomadas as devidas providências?

HSC

4 comentários:



  1. Sou pelo uso de tudo o que tire as 4 rodas das cidades e não é por causa dos engarrafamentos , é por causa da poluição insuportável que causam. Há zonas em Lisboa que deveriam estar fechadas ao trânsito qualquer que ele seja. Nas cidades inteligentes e modernas , os carros eléctricos velozes substituem na perfeição os carros, que cada automobilista se acha no direito de levar para o centro da cidade. Vivi 29 anos em Lisboa, andei sempre de autocarros do Restelo até à faculdade, é verdade que perdia uma hora e meia ou mais, mas nunca dependi dos carros. Hoje ninguém faz nada sem eles e até desprezam quem anda de autocarro, como se sofressem de alguma doença contagiosa. Aqui no Porto só uso autocarro para todo o lado e já tenho 72 anos.Não vejo qual o mal das bicicletas, dos tuks e das trotinetas se obedecerem a regras como em Amsterdão. Os meus netos adoram-nos e faz-lhes bem andar de bicicleta. Vão para o Colégio de bicicleta.

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  2. Essas modas ainda não chegaram a Macau, felizmente.

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    1. Por acaso pensei que Macau tinha rickshaws... Minha ignorância... Goa tem.

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  3. O governo promove dando dinheiro o uso das bicicletas, mas depois não fiscaliza o seu uso e por isso as regras de trânsito não são cumpridas e os desastres acontecem. Um sobrinho meu a andar de trotinete embateu noutra que estava no meio do passeio e como não levava capacete partiu a cabeça e está no hospital.
    Quando se querem transformar as cidades não basta legislar. É preciso educar e prepará-las para os novos objectivos.
    E eu também ando de transportes públicos. É ouvir o que dizem os condutores dos autocarros destes novos transportes!

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