segunda-feira, 14 de janeiro de 2019

Bohemian Rhapsody


Tem estado um Janeiro pleno de dias solarengos e temperaturas baixíssimas. Esta conjugação provoca em mim uma certa letargia. Nuns momentos apetece-me gozar o sol, noutros anichar-me no meu canto e ler a ouvir música. 
A semana que passou foi complicada porque perdi uma amiga que morreu e podia estar viva, se não se isolasse tanto, e foi submetido a uma intervenção cirúrgica um amigo por quem tenho muito apreço. Assim, o fim de semana anunciava-se cinzento e eu cortei o mal pela raiz, escolhendo um restaurante dos muitos que pululam no ultimo andar do Corte Inglês, que me serviu uma péssima refeição. Mas o erro foi meu que o escolhi contra a opinião de alguém que me sugeria que fossemos a outro.
No entanto, depois fui compensada com Bohemian Rhapsody o belíssimo filme que vi sobre a vida de Freddie Mercury, um cantor, pianista e compositor de quem sempre fui fã e de quem tenho quase todos os discos. 
É a história de uma vida especial e que fala de afectos também especiais. É, por isso, muito mais do que um documentário. É o encontro e o desencontro que atinge muitos de nós. Mas, neste caso, com a agravante de se tratar de um artista. Que praticamente só se aceita como é, quando o tempo de vida já lhe é muito escasso.
Não é uma película para toda a gente. É para ser vista por pessoas que gostem de rock e não tenham preconceitos de nenhuma natureza. Para esses, são duas horas que fazem pensar em como todos somos diversos e como essa diversidade pode ser uma das nossas maiores riquezas.
Para mim foi importante tê-lo visto, porque apesar de saber alguma coisa sobre a história pessoal do artista, verifiquei que afinal sabia muito pouco.
Por fim, uma palavra para o actor, Rami Malek - para mim desconhecido -, que encarna o protagonista. A sua interpretação é tão boa que dificilmente se encontraria quem fizesse melhor. O seu trabalho tem sido muito elogiado. 
O filme recebeu o prémio para o melhor filme de 2018 nos Globos de Ouro e tem sete nomeações para os Bafta 2019. A critica especializada tem sido bastante dura. Todavia, a opinião do espectador é bem diferente, como se vê por estas linhas. A não perder, antes que se vá embora, porque já está há bastante tempo em cartaz.

HSC

7 comentários:

  1. Por vezes a chamada crítica especializada é incompreensível nas apreciações que faz.
    Está aqui um bom exemplo dessa realidade.
    Boa semana

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  2. Boa tarde, adoro a sua opinião sobre tudo, nem sempre estou de acordo, mas sobre este filme 100% de acordo, estive talvez 70% do filme completamente arrepiada. Vi sozinha foi uma tarde muito bem passada.Bem haja por ser como é.

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  3. Helena

    Fiquei com vontade de ver o filme, Freddie Mercury nunca esqueceu a mulher há historias de amor que acabam bem. Admiro pessoas que conseguem vencer os desencontros e continuam amigos, amigos para sempre.

    Nós somos muitos diversos sim, temos um só corpo mas com muitos a habitarem em nós. Às vezes o " eu " capitão toma decisões erradas, e castra outros, nem sempre o " eu " mais racional tem razão, há coisas que a razão não devia dar ouvidos. Há sentimentos que só o coração conhece, há sentimentos que não mandamos neles, eles mandam em nós.

    Ouvi de um filósofo : A justiça é como o amor, tem que ser declarado.

    E quando alguém se declara e ficamos mudos?
    Fugimos do que que podia ser um grande amor.
    Fugimos com o sentimento só para nós, e sabendo que ele era correspondido.

    Isso é burrice, anormalidade é o quê?

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  4. Obrigada pela dica. Vou ver amanhã o filme. Já vi a apresentação e promete…

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  5. BOM BOM BOM

    adorei este filme.

    o ator faz muito bem o papel do Mercury. Mas também arranjaram um Brian May que é tal e qual o verdadeiro :-)

    Pedro

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  6. Dos que por cá andam, a não perder também é o «Beautiful Boy», um filme para pais, de uma honestidade a abordar o mundo de problemas relacionados com um filho atingido pelo pavor da droga. Não há rodriguinhos, nem soluções miraculosas. É o que é e o grande amor de um pai por um filho. Deve estar quase a sair, o que é pena. Felizmente nunca tive que enfrentar situações destas, mas conheço muitos pais que os viveram

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