sábado, 17 de fevereiro de 2018

O modelo modelar


Nasci há muitos anos e vi, portanto, muita coisa acontecer no mundo e no País onde vivo. Há seis décadas a mulher que pretendia aceder ao mundo do trabalho, tinha de enfrentar uma série de problemas, porque se aceitava, com naturalidade, que lhe fossem vedadas certas profissões. Estou à vontade para dize-lo, porque sei o que passei para chegar onde estou hoje.
No fundo, em Portugal havia modelos de género e de comportamento. E quem ousasse sair fora desse enquadramento, pagava um preço muito alto. A revolução dos cravos veio para defender a ansiada liberdade e igualdade. E o que aconteceu?
Curiosamente – vá lá perceber-se porquê – o antigo modelo foi abandonado, mas manteve-se a “necessidade de modelar o pensamento”.
Assim, os géneros alargaram-se, mas o politicamente correcto trouxe um outro estereotipo comportamental que tenta marginalizar quem não pense do mesmo modo. E para isso criaram-se, de modo artificial, certos temas fracturantes que se sabe antecipadamente darem pano para mangas, como diz sabiamente o ditado popular. E que estão, de forma penosa, a dividir a sociedade portuguesa.
Já era altura, passadas quatro décadas de aprendizagem, de cada um poder pensar pela sua cabeça e não ter de “obrigatoriamente” fazer parte de um modelo que se quer que seja modelar. E colectivo, claro!


HSC

3 comentários:

  1. Muito oportuno esta questão !


    Melhores cumprimentos.

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  2. Eu irei sempre pensar pela m/cabeça e não por qualquer
    outra situação.
    Só para dar uma informação. Aguardo por uma cirurgia
    e o Serviço Nacional de Saúde teve "a gentileza" de
    enviar uma carta a avisar-me de que estava inscrita
    para tal e que o SNS se comprometia a fazê-la num
    prazo de 9 meses!!!
    Fiquei a olhar para a carta, e quase que não queria
    acreditar. Viva o actual SNS.

    Os meus cumprimentos e bom domingo.
    Irene Alves

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