quarta-feira, 24 de maio de 2017

Um mundo desesperado

Há uns meses escrevi aqui um post sobre o medo. Medo como forma de vida, que é o pior medo que se pode ter. A Inglaterra foi novamente alvo de um ataque terrorista. Nestas ocasiões não há nacionalidade que conte. Há exclusivamente humanidade, comunhão de sofrimento perante todos os jovens que num concerto perderam a vida. Num concerto que se sabia ser frequentado por gente nova. 
Não sei como os pais poderão conviver com a imensidão desta dor. Sei o que é perder um filho. Sei o que é esperar por essa morte dois anos. Mas não imagino o que seja dar o beijo de um até logo que se não verifica. Só de pensar nisso fico com um nó na garganta e um aperto no coração.
Este indivíduo nasceu na terra que acolheu a sua família. Era nado e criado como inglês. O que é que pode ter virado a sua cabeça e levá-lo a este crime de ódio? Confesso que sinto uma revolta imensa. E muito receio, também, de que tenhamos de nos habituar a viver de paredes meias com o medo, esse sentimento que nos paralisa, nos cerceia, nos amputa.
Estou com a Inglaterra, estou com os ingleses, estou com os pais que perderam os seus filhos, estou com os jovens a quem deixamos um mundo desesperado.

HSC

12 comentários:

  1. É tão verdadeiro aquilo que diz, que arrepia.
    É exatamente o que penso, e que a doutora Helena o descreve como eu não saberia fazer.
    Um abraço bom da
    Maria Isabel

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  2. É tão verdadeiro aquilo que diz, que arrepia.
    É exatamente o que penso, e que a doutora Helena o descreve como eu não saberia fazer.
    Um abraço bom da
    Maria Isabel

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  3. Revejo-me nas suas palavras porque eu não diria melhor. Apenas acrescento que e posso estar enganada mas a enorme e vergonhosa falta de trabalho leva a que muitos se ocupem com o que não devem e aliciados enveredam pelas drogas e actos desses. Não se justifica mas os países devem olhar e rever com outros olhos o enorme flagelo que é a falta de emprego.

    Estarei errada Dª.Helena? Julgo que não!

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  4. Helena
    Dor maior que nunca vai sarar, emociona-me ver as imagens, as fotografias. Há coisas que não se compreendem, foi na Inglaterra dia pode ser aqui, aos nossos.

    Faço das suas palavras as minhas.

    Abraço Forte
    Carla

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  5. Que mundo horrivel este em que criamos os nosso filhos...fanatismo desmedido.
    Ainda ontem em conversa com a minha filha de 12 anos no carro, lhe disse "filha nem sei como te explicar esta tragédia. Como é que pessoas matam, e dizem matar em nome de um Deus!"
    Peço a Deus tranquilidade no coração daqueles que perderam os seus entes queridos e rezo para que o mundo mude e a paz seja alcançada!
    Bjnho á Dra. Helena!

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  6. Diz a HSC, "Este indivíduo nasceu na terra que acolheu a sua família. Era nado e criado como inglês." Não concordo que tenha sido"criado como um inglês". Basta ler uma recente crónica de Ferreira Fernandes...

    http://www.dn.pt/opiniao/opiniao-dn/ferreira-fernandes/interior/manchester-birmingham-e-assim-8501959.html

    ... e logo se percebe que muitos deles são criados/educados como se estivessem na Síria, na Líbia, no Iraque, no Paquistão ou outros países semelhantes.
    Na escola oficial seguem os currículos que lhes ensinam o que é normal, depois vão ás madrassas, ás mesquitas e a seguir para o ambiente familiar, também ele radicalizado. Assim as mentes não têm hipótese de se transformar...

    No ano que estive em Montreal(Quebec) acompanhei pelas notícias um caso que foi muito mediático e que mostra bem a dificuldade de integrarem valores. Família Síria: mãe, pai e filho empregados, duas filhas adolescentes...
    A filha de 16 anos que contrariando pai e irmão sai á noite para uma festa de amigos... Meia-noite chega a casa e do cimo das escadas pai ou irmão desferem-lhe um tiro na cabeça. Chegou ao hospital já morta...
    O debate sobre o caso foi intenso e o julgamento rápido (para os nossos padrões), o pai condenado a 13 anos de prisão o irmão a seis.
    E diziam as notícias de então que era uma família bem integrada!!!

    No meu entendimento o que foi/é errado é o facilitarem a replicação desses ambientes (veja-se o caso IKEA referido na crónica do FF).

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  7. I Believe

    https://youtu.be/GIQn8pab8Vc

    Ghost

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  8. Gosto muito do FF mas nem sempre concordo com ele. Este indivíduo até frequentou a universidade em Inglaterra. Pode em casa falar noutra língua e ter uma religião diferente. Mas publicamente fez os estudos que todos os ingleses fazem.
    Se depois a utopia o leva a matar e a matar-se em nome da sua religião, é porque o desequilíbrio está nele.
    E então os americanos que matam e não são islâmicos fazem-no porquê? Porque são desequilibrados.

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  9. os benfiquistas , os sportinguistas e os portistas até têm cursos superiores e vejam só o ódio entre eles . doentes mentais há em todo o lado .

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  10. H.S.C desta vez não acho o seu argumento convincente. Contrapor os terroristas islâmicos aos americanos que fazem assassinios tb em massa, não me parece um bom argumento, pois também há casos fora dos US, como foi o caso do noroeguês, cujo nome não sei reproduzir e que actuaram dessa forma porque são doentes do foro psiquiátrico.
    Agora os casos ocorridos na Europa perpetrado por islâmicos radicalizados tal como os do 11Setembro em NY, Nice, Berlim... foram treinados para isso, treinados com um propósito, não importando pois se frequentaram ou não a Universidade, aliás esse facto vem dar razão de que a instrução, nestes casos, não modifica mentalidades...

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  11. Drª. Helena são mentes que estão perturbadas,

    que se deixam instrumentalizar para praticar

    o mal até contra eles próprios.

    Imagino o que os próprios pais deles devem sofrer!

    Vai ser difícil por um ponto final a ações deste tipo.

    Os meus cumprimentos.
    Irene Alves

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