Esta moda dos ex Presidentes decidirem publicar memórias, sejam de sua própria pena ou da pena de jornalistas, convenientemente autorizados, está a dar uma imagem que só vem confirmar a má impressão de que gozam politicos e comunicação social.
Claro que é um direito que todos têm de se explicar ao país. O problema é que nessas explicações, acabam por envolver outras pessoas que, por sua vez, também se não calam e querem explicar-se. O resultado está à vista.
Se estes exemplos se começam a multiplicar, vamos ter os chefes de gabinete, os ministros e os secretários que deixaram de o ser, a seguir o mesmo caminho e a desentenderem-se uns com os outros...
Julgo que para escrever biografias é preciso não só distância temporal como distância do meio em que os acontecimentos se deram. Ou seja, um período longo de nojo, no sentido analítico do termo. E, depois, muito cuidado com as pessoas que se vêem envolvidas sem terem sido consultadas. Para não falar, já, claro, da avaliação que possamos fazer do interesse que esses livros possam ter, sabendo-se de antemão que irão ser contraditados!
HSC
Como ganhar um dinheirão fácil e rapidamente, podia ser o título genérico dessas biografias que muitas vezes são perfeita peixeirada, no pior que o termo encerra.
ResponderEliminarE é curioso que alguns episódios mais desagradáveis sejam convenientemente esquecidos.
Estando em Macau percebemos que há ali muita coisa que não foi contada, muito menos esclarecida.
Concordo consigo.
ResponderEliminarMas agora está na moda escrever livros
sobre a actividade política...
Não há o distanciamento necessário.
Bjs.
Irene Alves
Nem mais! Assino em baixo! Tornamo-nos escravos das palavras ditas...
ResponderEliminarÉ O QUE TEMOS EM TODA A SUA GRANDEZA
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ResponderEliminarHelena
Pessoalmente não gosto de ler biografias.
Os políticos fazem as biografias para escrever o que não conseguiram dizer no seu mandato. Ou porque sentem que não foram reconhecidos querem limpar a sua imagem, mostrar o trabalho feito. É uma forma de culpa neste caso consciente.
Abraço
Carla
Não se pode chamar biografia aquela obra (obra?) do nosso último ex. Aquilo é uma exposição de ressabiamento atroz.
ResponderEliminarEnfim...
Está pressa toda ou é por dinheiro ou por vingança mesquinha. Ambas as razões são criticáveis, sobretudo em políticos que exerceram funções deste género, dizendo eles, ao serviço do Povo...
ResponderEliminarBjs da Maria do Porto
ResponderEliminarLembro-me de comprar uns livros quando andava na faculdade que se chamavam : Sartre par lui-même ou Corneille par lui même. Eram escritos por outros , mas continham passagens dos visados, extractos de obras, pensamentos, assim como uma panorâmica da sua vida.
Estas so-called autobiografias são apenas relatos de faits divers de pessoas com um ego insuflado. Não interessam nem ao Menino Jesus, mas há qume as compre e leia, quanto mais não seja para mexericos. É tudo palha, como dizia o meu Avô quando não gostava da música da Emissora Nacional :)
Cara Virgínia
ResponderEliminarO seu Avô era um sábio homem!
Abraço