“...Talvez
mais do que um feito a crédito de Trump, a sua vitória é a constatação, clara e
chocante, de que uma parte importante da América se rege por estímulos
extremamente simples, assentes em ideias-chave quase caricaturais, por
inseguranças e medos, por preconceitos e crenças, muitas vezes incapazes de
passarem no teste da verdade dos factos.
Sabia-se
que essa América existia, ironizava-se com esse mundo bizarro que víamos nos
filmes, herdeiro moderno das “vinhas da ira”. Não se pensava que a cumulação de
todos esses múltiplos fatores de descontentamento e de mal-estar viesse a ter
uma expressão tão forte. Trump teve a arte de saber captar em seu favor a chave
para transformar esses sentimentos em votos. E, goste-se ou não, a democracia
também é isto..."
in http://duas-ou-tres.blogspot.pt/
"Poucas vezes tive tanta pena de ver confirmado um receio, quase certeza, que tinha. Dia muito triste e preocupante e um marco no retrocesso civilizacional que tem sido uma consequência cada vez mais visível da crise de valores éticos e morais que tem afetado o mundo ocidental. Próxima etapa, França. Onde é que vamos parar quando "ser anti-sistema", por vago que seja esse conceito, é alçado à categoria de característica mais desejada, mesmo que tudo ou quase tudo aquilo que se defende, sem falar do carácter de quem o faz, devesse ser indefensável para qualquer pessoa de bem?"
Luís Quartin Graça
Os textos acima expressam exactamente o que, neste momento, sinto. Preciso tempo para deglutir o que se passou na mais forte democracia do mundo. Depois, talvez consiga expressar por palavras minhas, o que me vai na alma. Por enquanto sirvo-me das palavras dos outros, que parecem tiradas da minha boca!
HSC
ResponderEliminarLogo de manhã vim espreitar se já aqui estava o seu comentário...
Fico pois à espera das suas palavras.
Gosto sempre delas...
ResponderEliminarSegui tudo ao minuto e fui verificando gradualmente que os Estados mais importantes tinham caído nas mãos de Trump. Era um pouco como uma guerra em que o "inimigo" vai tomando so fortes até chegar à vitória final. Não tanto por mérito dele, mas por demérito, fraqueza, arrogância, preconceitos ou lá o que seja dos outros, que se julgaram sempre eticamente melhores, incorruptos, exemplares. Nunca uma candidata gozou de tanto apoio, teve tantos fãs, estadistas, personaildades, jornalistas e magnatas a elogiá-la. A realidade no entanto, é outra. Hillary não é Obama - de que vou ter saudades - nem chegou ali por mérito próprio. O povo não quer o establishment e revelou o que lhe ia na alma. Democracia tb é isto.
Estou na ressaca de uma noite sem dormir...
ResponderEliminarNão sei o que se passou na cabeça dos
americanos, talvez se arrependam...
Preocupa-me a pressa de Putin a felicitá-lo.
Veremos o que os próximos tempos nos dirão
da nova presidência americana.Para já sinto-me
horrorizada!!!
Os meus cumprimentos.
Irene Alves
Um choque! Às três horas e meia da madrugada levantei-me e liguei a TV. Quando vi o mapa dos USA quase todo vermelho, pensei como podia acontecer semelhante coisa. Não consegui dormir mais!
ResponderEliminarEspero ao menos que a equipa que com ele trabalhe tenha homens e mulheres sensatos que saibam "travar" os seus ímpetos.
Reparou na pouca empatia que a Hillary criava com os seus apoiantes, nos seus discursos? Parecia tão distante, tão "automática"... Terá sido esta
uma das razões entre outras tantas?
Bjs da Maria do Porto
ResponderEliminarHelena
Ainda muito se vai escrever/dizer do novo presidente. Será uma novela longa, ontem num hiper peguei numa revista e lá estava o novo presidente em pose e gostos muito intimos. Não digo que outros não o pratiquem, penso que agora vai se resguardar mais. Há uma nova imagem que tem que se criar, ou senão vai ser chacota em todo o mundo e penso que isso ele não quer.
NB- Terminei o chocolate é viciante nem tão cedo o compro!
Carla
Uma surpresa anunciada, acho.
ResponderEliminarVirgínia
ResponderEliminarTem toda a razão. Democracia também é isto. Saber aceita-lo sem prejudicar o país com guerrilhas intestinas, é o que espero que os americanos saibam fazer. Mas não vai ser fácil, num país dividido ao meio e depois de tudo o que foi dito em campanha!