quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Hillary, a sétima mulher a não conseguir...


“...Talvez mais do que um feito a crédito de Trump, a sua vitória é a constatação, clara e chocante, de que uma parte importante da América se rege por estímulos extremamente simples, assentes em ideias-chave quase caricaturais, por inseguranças e medos, por preconceitos e crenças, muitas vezes incapazes de passarem no teste da verdade dos factos. 

Sabia-se que essa América existia, ironizava-se com esse mundo bizarro que víamos nos filmes, herdeiro moderno das “vinhas da ira”. Não se pensava que a cumulação de todos esses múltiplos fatores de descontentamento e de mal-estar viesse a ter uma expressão tão forte. Trump teve a arte de saber captar em seu favor a chave para transformar esses sentimentos em votos. E, goste-se ou não, a democracia também é isto..."

                          in http://duas-ou-tres.blogspot.pt/

"Poucas vezes tive tanta pena de ver confirmado um receio, quase certeza, que tinha. Dia muito triste e preocupante e um marco no retrocesso civilizacional que tem sido uma consequência cada vez mais visível da crise de valores éticos e morais que tem afetado o mundo ocidental. Próxima etapa, França. Onde é que vamos parar quando "ser anti-sistema", por vago que seja esse conceito, é alçado à categoria de característica mais desejada, mesmo que tudo ou quase tudo aquilo que se defende, sem falar do carácter de quem o faz, devesse ser indefensável para qualquer pessoa de bem?"


                                    Luís Quartin Graça

Os textos acima expressam exactamente o que, neste momento, sinto. Preciso tempo para deglutir o que se passou na mais forte democracia do mundo. Depois, talvez consiga expressar por palavras minhas, o que me vai na alma. Por enquanto sirvo-me das palavras dos outros, que parecem tiradas da minha boca!

HSC 

7 comentários:


  1. Logo de manhã vim espreitar se já aqui estava o seu comentário...
    Fico pois à espera das suas palavras.
    Gosto sempre delas...

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  2. Segui tudo ao minuto e fui verificando gradualmente que os Estados mais importantes tinham caído nas mãos de Trump. Era um pouco como uma guerra em que o "inimigo" vai tomando so fortes até chegar à vitória final. Não tanto por mérito dele, mas por demérito, fraqueza, arrogância, preconceitos ou lá o que seja dos outros, que se julgaram sempre eticamente melhores, incorruptos, exemplares. Nunca uma candidata gozou de tanto apoio, teve tantos fãs, estadistas, personaildades, jornalistas e magnatas a elogiá-la. A realidade no entanto, é outra. Hillary não é Obama - de que vou ter saudades - nem chegou ali por mérito próprio. O povo não quer o establishment e revelou o que lhe ia na alma. Democracia tb é isto.

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  3. Estou na ressaca de uma noite sem dormir...

    Não sei o que se passou na cabeça dos
    americanos, talvez se arrependam...

    Preocupa-me a pressa de Putin a felicitá-lo.

    Veremos o que os próximos tempos nos dirão
    da nova presidência americana.Para já sinto-me
    horrorizada!!!

    Os meus cumprimentos.
    Irene Alves

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  4. Um choque! Às três horas e meia da madrugada levantei-me e liguei a TV. Quando vi o mapa dos USA quase todo vermelho, pensei como podia acontecer semelhante coisa. Não consegui dormir mais!
    Espero ao menos que a equipa que com ele trabalhe tenha homens e mulheres sensatos que saibam "travar" os seus ímpetos.
    Reparou na pouca empatia que a Hillary criava com os seus apoiantes, nos seus discursos? Parecia tão distante, tão "automática"... Terá sido esta
    uma das razões entre outras tantas?
    Bjs da Maria do Porto

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  5. Helena
    Ainda muito se vai escrever/dizer do novo presidente. Será uma novela longa, ontem num hiper peguei numa revista e lá estava o novo presidente em pose e gostos muito intimos. Não digo que outros não o pratiquem, penso que agora vai se resguardar mais. Há uma nova imagem que tem que se criar, ou senão vai ser chacota em todo o mundo e penso que isso ele não quer.

    NB- Terminei o chocolate é viciante nem tão cedo o compro!

    Carla

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  6. Virgínia
    Tem toda a razão. Democracia também é isto. Saber aceita-lo sem prejudicar o país com guerrilhas intestinas, é o que espero que os americanos saibam fazer. Mas não vai ser fácil, num país dividido ao meio e depois de tudo o que foi dito em campanha!

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