terça-feira, 14 de junho de 2016

A tragédia de Orlando


No meio da euforia futebolística e das surpreendentes comemorações do 10 de Junho, hoje falo da tragédia de Orlando, porque durmo com ela desde que aconteceu. E no entanto falou-se pouco dela e sobretudo do seu significado.
Todos sabemos o que aconteceu naquela discoteca frequentada por homossexuais. Mas, neste caso, parece importante ir um pouco mais longe e fazer uma reflexão séria sobre as reacções que este crime suscitou.
O qual e ao contrário do que sucedeu no 11 de Setembro – que uniu todos os americanos – desta vez suscitou uma diversidade de reacções que são, porventura e por contraste, um forte sinal dos tempos que correm.
É que com a tragédia de Orlando os americanos não reagiram a uma só voz e o ambiente que se viveu e vive, parece fazer parte de uma jihad global na qual Estado Islâmico e Estados Unidos se digladiam. Ou seja ,se o 11 de Setembro uniu a América, Orlando dividiu-a profundamente.
Foi certamente isso que levou Obama a dizer: «Não vamos ceder ao medo ou virar-nos uns contra os outros. Vamos permanecer unidos como americanos para proteger o nosso povo, defender a nossa nação e agir contra os que nos ameaçam.» 

HSC.

6 comentários:

  1. Sad.Um assassino louco e por sinal também ele homossexual e frequentador do tal bar.
    Tem razão no seu post.E entretanto pelo mundo fora,e cá também,algumas figuras públicas aproveitaram esta chacina para se afirmarem nas suas opções sexuais.Onde será que se pode estar em segurança?!
    Fátima

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  2. Helena
    Nas tragédias não podem existir cor, generos, opção sexual. São tragédias para todos.

    Carla

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  3. Carla
    Infelizmente podem. Não viu o programa E se fosse consigo" em que uma criança de cor diz que tem pena de ser negra e prefere a boneca branca?
    As mentalidades levam muito tempo a mudar o quadro daquilo que consideram "normal". Aquela criança precisava de ler Senghor para perceber o que é o orgulho da negritude.

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  4. "Pérolas" de Portugal
    http://www.flashvidas.pt/a_ferver/detalhe/malheiro_ser_gay_faz_mal_a_saude.html
    Guida

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  5. Helena
    Não vi o programa, ainda existem muitos estigmas sociais, precisavam ser desbravados.Ouvi Quaresma no alta definição, sentiu o mesmo em criança por ser cigano. Pena, que estas coisas ainda existam neste século.

    Carla

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