Numa semana que decorre entre a morte do Miguel a 24/4 e o seu aniversário a 1 de Maio, confesso que a vontade de abrir a televisão foi nenhuma. Assim, depois da missa vim para casa e almocei com duas amigas no meu terraço sem qualquer cerimónia franguinho assado e batata frita comprados na altura.
Não parecia uma mesa minha - posso até comer na cozinha, mas tenho sempre o cuidado de a tornar agradável e cuidada. Desta vez, nem isso, e estivemos as três a aboborar os primeiros raios de sol.
Na verdade pretendi deixar à minha família a possibilidade de ir comer com o pai/avô, sem constrangimentos, porque eu pertenço à velha guarda de desejar a todos muitas felicidades, mas sempre com cada um na sua casa. Não censuro nada as misturas das tuas, minhas , nossas, mas não tenho qualquer vocação para essa prática...
Por tudo isto, desde o dia 23 que ando fora do mundo. Hoje, ao abrir a televisão caíram-me uma série de notícias em cima, desde os comentários ao discurso de Marcelo, até ao de Paula Teixeira da Cruz, passando pela presença dos capitães de Abril e pelas palavras de Manuel Alegre. Foi demais para uma só manhã. Andei o que se chama "aos papeis" porque ouvia as opiniões mais diversas e até julguei que estavam a brincar, quando me disseram que toda a Assembleia da República aplaudiu Marcelo, excepto Arménio Carlos que, como lhe competia, não terá bugido da cadeira onde se encontrava.
Quando pensava que já tinha ouvido tudo, sai-me há pouco um comentador a dizer que para o mês que vem o Ministro das Finanças deveria ter de lançar o seu plano B, porque houve um "descarrilamento" qualquer das contas. Nem ouvi bem. E hoje não vou ouvir, porque quero dormir sem pensar em geringonças ou peças da mesma que não encaixam.
Logo agora que eu estava, finalmente, a gostar tanto de ouvir as notícias e os relatos, apanho com esta carga de nebulosidade?! O tempo que eu vou gastar só a pôr todos estes discursos em ordem.
E, já agora, será impressão minha, ou de cada vez que abro a televisão vejo o presidente da Republica? Antes era só ao Domingo. Agora é todos os dias uma montanha de afecto. Valha-nos Deus que este país vai do oito ao oitenta. Nem dá para respirar. Daqui a pouco já nem me lembro do PM!
HSC
Bom regresso,bons olhos a leiam
ResponderEliminarPedro
Pois é drª. Helena compreendo todo o seu texto.
ResponderEliminarEu também ando meio atordoada com "a política à portuguesa".
E hoje tive necessidade de acordar pelas 7h. da manhã e ouvi
a notícia de que o PR vai visitar todas as freguesias do país,
que são mais de 3 mil...
Em Espanha vai haver eleições só para o final de Junho e na
Irlanda passados dois meses das eleições também ainda não
há governo. Isto está bonito...
Desejo-lhe o melhor dia possível.
Bjs.
Irene Alves
ResponderEliminarHelena
As novidades são mais velozes que o vento, há coisas nas noticias que me deixam atónica, logo prefiro não saber.
O almoço com as amigas no terraço, mesmo sendo frango assado deve ter sido bom, boa vista, a companhia, fazem toda a diferença.
Engraçado saber que decora a mesa só para si, acho isso bonito. Não é costume meu fazer isso. Ao fds tomo o pequeno no banco do jardim, contemplo a natureza, tenho 2 hospedes à porta da minha casa. Um casal de andorinhas não imagina a felicidade que me dá, olhar para elas, depois ver as crias. Aprendi a apreciar as pequenas coisas, no fundo são grandes. Estou desejosa de ir ao lançamento, gosto tanto de a ver, ouvi-la. O Marcelo sabe conquistar, tem carisma, parece-me mais magro simpatizo com ele. O presidente dos afectos, acho importante a cultura do afecto, agora na prática politica não sei se funciona.
NB- Sei que os comentários devem ser breves, desculpe.
Carla
🌷
ResponderEliminar