segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Medo versus perigo

"O medo não é real. É um produto de ideias que você cria. O perigo, esse é real mas o medo é uma escolha."


Esta frase pertence a um comentador e foi feita num outro blog a propósito dos acontecimentos em Paris. Pareceu-me curiosa e embora não concordando inteiramente com ela, julgo que merece atenção. Em especial no momento que atravessamos
O medo só é uma escolha, quando essa escolha existe, ou seja quando há alternativa. Ora todos nós sabemos que para muitas pessoas não há alternativas. Umas vezes porque são psicologicamente mais frágeis, outras vezes porque não têm a capacidade de perceber que existem outras escolhas. Por mais iguais que a lei nos queira considerar, ela não consegue estabelecer padrões comportamentais do mesmo nível para toda a gente. E, sabe-se, o medo também depende  daquilo que somos no campo social, psicológico e cultural. Há, de facto, pessoas que, infelizmente, não têm a possibilidade de optar porque não estão habilitadas a faze-lo. Para essa pessoas medo e perigo são uma e a mesma coisa, não possuem as ferramentas que lhes permitiriam fazer a distinção.
Felizes aqueles que têm o discernimento, a capacidade psicológica, a vontade e a força para se não confundirem. E, como o medo face ao perigo é inato, cabe a todos os favorecidos por essa aptidão, ajudar e não julgar. Porque só desse modo, estendendo-lhes a nossa mão, eles poderão eventualmente tornarem-se mais capazes e sentirem-se mais fortes!

HSC

11 comentários:



  1. Já senti medo a sério mais de uma vez, mas o perigo não era real, era desconhecido. Daí ser difícil superá-lo. Quando somos surpreendidos e se quebra a rotina habitual, é fácil deixarmo-nos vencer pelo medo. A incerteza é mais perigosa do que o perigo real.

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  2. The anser is in your hands.

    http://youtu.be/isLVOuQdwBQ

    A

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  3. Olá,

    Confesso, que fiquei um pouco confusa com a frase.Não estou inteiramente de acordo, parece-me até, que medo não é versus de perigo!?
    Posso sentir medo por uma situação de perigo, ou não!
    Quantas vezes sentimos medo por algo que desconhecemos, mas sentimos!
    Quantas vezes perante o perigo de uma situação, não temos medo!
    Agora há é perigos e perigos, medos e medos!

    Um abraço,

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  4. Bom dia Helena
    Texto maravilhoso, de quem sabe muito sobre a psique humana,nem todos tem esse atributo, nem mesmo alguns psicoterapeutas.
    Hoje sei a diferença entre o medo/perigo. Muitos medos tem raízes inconscientes, quando debitados desaparecem.
    Obrigado por partilhar a sua sabedoria, felizmente hoje sou das que têm o discernimento, mas para isso tive que trabalhar muito, ainda o trabalho.

    Magnífico
    Felizes aqueles que têm o discernimento, a capacidade psicológica, a vontade e a força para se não confundirem. E, como o medo face ao perigo é inato, cabe a todos os favorecidos por essa aptidão, ajudar e não julgar. Porque só desse modo, estendendo-lhes a nossa mão, eles poderão eventualmente tornarem-se mais capazes e sentirem-se mais fortes!

    Carla



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  5. Susana Vaz
    É muito rápida a fazer juizos sobre os outros. Espero que tenha a mesma rapidez a faze-los consigo. Ou considera-se um modelo de virtudes?!
    Mas, sobretudo, não perca tempo a ler este blog e tenha a delicadeza de ir bolsar os seus comentários noutros locais em que eles decerto serão muito bem vindos.

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  6. Madalena
    Quando utilizo aqui a expressão "versus" não é por considerar medo e perigo como antónimos. Uso a expressão ligada aos acontecimentos de Paris.
    Mas sempre lhe digo que quem tem medo de alguma coisa é porque atribui a essa coisa algum grau de perigosidade, de risco, de insegurança, que, no fundo, são formas de perigo.

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  7. Olá,

    Dra.Helena o que me deixou confusa, não foi o título ou o texto do seu post, mas sim a frase do comentador. Mas já passou!

    Agradeço a sua atenção, no esclarecimento.

    Desejo-lhe um bom dia,

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  8. Bom dia Helena
    Estou a gostar de ler O Amor é difícil, achei imensa piada à sua expressão, quando viu o seu neto com as rastas.


    Carla

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  9. Já agora...

    Fallaci concludes with three warnings. First, it's a mistake to believe that Islamic terrorism is the main weapon of the war Muslims have declared on us. Terrorism is only the bloodiest and most barbarous aspect of this war. The most pernicious and catastrophic aspect is the religious war, beginning with immigration. Immigration, not terrorism, she says, is the Trojan Horse that has penetrated and transformed Europe into Eurabia. Citing Bernard Lewis, she warns that by 2100, the whole of Europe will be numerically dominated by Muslims .

    Second, Fallaci warns that multiculturalism will not moderate Islam and certainly not the fib of integration. In Europe-Eurabia, the other immigrants more or less integrate. Muslims don't. They don't even care to learn our languages . Glued to their mosques, to their Islamic Centers, to their hostility, better yet their abhorrence and contempt for the West, they only obey the rules and the laws of the Sharia (pp . 301-302).

    Third, contrary to one of her admirers, Daniel Pipes, Fallaci rejects the idea of a Moderate Islam. Moderate Islam is another invention of ours. Another illusion fabricated by naivetor Quislingness or misplaced realpolitk. Moderate Islam does not exist. Islam is in the Koran - in nothing but the Koran.

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  10. Ó Observador só se for consigo. Eu tenho medo de várias coisas. O que não me deixo é dominar por ele!

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