domingo, 18 de outubro de 2015

A Maya grega


O economista e ex-governante Varoufakis, que se demitiu no dia 6 de Julho, antes de a Grécia chegar a acordo com o Eurogrupo para um novo resgate ao país, foi o conferencista convidado da aula inaugural dos doutoramentos que o Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra desenvolve em parceria com outras universidades portuguesas e estrangeiras.
Já esta semana, o polémico ex-ministro havia afirmado que Portugal estava tão falido como a Grécia. E em entrevista ao jornal Público, Varoufakis defendeu não haver qualquer recuperação económica por terras lusas, avisando, qual pitonisa, que, mais cedo ou mais tarde, terá de haver uma renegociação de dívida. 


Porque será que com toda a sua capacidade cognitiva e divinativa, Yanis não voltou para os EUA onde, certamente, Obama não deixaria de o ouvir? Não se entende que tenha ficado por esta Europa tão decadente!


HSC

23 comentários:

  1. Bem, basta olhar para o valor da dívida e para o facto de não haver, de facto, democracia na Europa (a vontade dos eleitores é secundária e os principais órgãos Europeus têm à sua frente pessoas que não foram eleitas para os cargos) para perceber que ele, se calhar, não estará assim tão longe da verdade!
    ...infelizmente!

    :)

    ResponderEliminar
  2. Bem perguntado, HSC !


    Melhores cumprimentos.

    ResponderEliminar
  3. CN Gil
    Nunca fui europeista, nem mesmo quando os objectivos eram mais puros. Trabalhei anos nesta área e isso só acentuou o meu cepticismo.
    O que diz é uma boa verdade. O problema de Varoufakis - ambos somos de formação econometrista - é a leitura quase esquizofrénica como ele encara e usa a economia, que está longe de ser uma ciência exacta!

    ResponderEliminar
  4. Claro que deveria regressar aos USA!
    Tanta arrogância, tanta vaidade, tanta" sabedoria" é demais!
    Deveria ser mais contido, sobretudo para bem do seu País.

    ResponderEliminar


  5. A pagar 55.000 euros para o senhor cá vir, a universiade vai à falência.....antes do país!!

    O que é uma leitura esquizofrénica, Helena? Odeio ver esta palavra ser utilizada levianamente pelos media a toda a hora. É que quem sabe o que é essa doença na real, fica sem palavras....

    ResponderEliminar
  6. Virgínia usei a expressão no sentido metafórico. O de alguém cuja análise e discurso cabem nesta curta definição da doença :
    "Foi Emil Kraepelin que com uma equipe de psiquiatras, da qual fazia parte Alois Alzheimer, quem primeiro delineou, no final do século XIX, os primeiros conceitos da esquizofrenia.
    Alguns anos após a definição original de Kraepelin, Eugen Bleuer rebatizou este distúrbio de “esquizofrenia”, que significa “mente fragmentada” e estudou-o de forma sistemática."

    Se, de algum modo feri a sua dor, peço-lhe já desculpa. Mas, de facto, o discurso que eu ouvi parecia vir de alguem cuja mente estava bastante fragmentada.

    ResponderEliminar
  7. Ahahah!…
    Alerta ao Srº Varoufakis!::
    Por favor, volte a baralhar as cartas, porque o Mercúrio deve estar retrógrado; Não tome atitudes precipitadas…

    Beijinho :)

    ResponderEliminar
  8. Pois é senhora, o pior é que ele tem razão...!

    ResponderEliminar
  9. Pois ao deus grego Yanis,so me apraz dizer: ESTÀ BEM ABELHA!

    ResponderEliminar
  10. O desconhecimento da doença faz com que se use a palavra esquizofrenia du modo corrente e ofensivo para quem lida com uma pessoa com essa doença todos os dias. Há três anos que a minha filha está perfeitamente bem, melhor do que muitos jovens que por aí vejo, ajuda-me imenso, transmite-me imensa paz, é um doce como pessoa. Sou um privilegiada.
    Quanto a mentes fragmentadas, há-as por aí aos montes, não dizem coisa com coisa, é ver estes programas de política...

    Não me feriu até porque não tem obrigação de saber da minha vida....falo disto com à vontade.

    ResponderEliminar
  11. Cara Helena,

    Em nada subscrevo as ideias do Sr. Varoufakis. No entanto, em relação a estes pontos especificos (a questão da situação Portuguesa e a democracia(?) Europeia) tenho de seguir aquela máxima de um personagem qualquer de um filme americano velhinho cujo o nome jánão me lembro:

    -When he's right, he's right!

    E, infelizmente, neste caso, ele têm razão. Não há uma democracia Europeia (nem haverá enquanto o presidente da comissão e o do BCE forem eleitos como são e o parlamento europeu for um verbo de encher) e no caso Português, se toda a população prescindisse das suas prestações sociais e reformas, e os que trabalham entregassem ao estado todo o dinheiro que ganham, ainda assim demoraríamos, pelo menos, quase ano e meio para pagar a dívida!
    Não tenho grandes conhecimentos de Economia, mas acho que isto é a receita para uma potencial catástrofe! Basta os juros variarem um bocadinho para cima e lá vamos nós outra vez...

    Enfim...
    ...é o que temos...

    :)

    ResponderEliminar

  12. Bom dia Helena
    A universidade estava cheia e apludiram de pé. Disse algumas verdades, por detrás da crise grega existem muitas nublosas coisas invisíveis, que só alguns as sabem. Algumas, Mayas acertam na provisão futura, outras ficam perdidas no tempo/espaço. Como muita coisa, o fica.

    Gostei de a ver ao lado da Fátima, como sempre elegante e com um sorriso que contamina qualquer um.

    " Existem na vida de todos nós pessoas que nos marcam para sempre. Umas, pela presença constante. Outras pelas sementes que largam no nosso caminho".
    HSC

    Carla

    ResponderEliminar
  13. Ó Anónimo das 00:03
    Como já disse na resposta a outro comentarista, Yanis tem alguma razão no que respeita às democracias europeias.
    Eurocéptica convicta há muitos anos, o que me tira do sério é este senhor vir dar lições às nossas Universidades, pago a peso de ouro, e ainda se dar ao luxo e ousadia de criticar não só os que o tornaram conhecido, como ainda por cima, dar bitaites na casa de quem (in)sensatamente o convidou. Que volte para os EUA onde, parece, não o querem voltar a ver...

    ResponderEliminar
  14. O título do post, fez-me lembrar o José Rodrigues dos Santos. :D

    ResponderEliminar
  15. Muitas mentes ressabiadas por aqui. Ouviram com atenção o que ele disse? Pois oiçam e não falem só pelos títulos dos jornais. Há muitos economistas, é verdade, mas não quer dizer que todos sejam bons economistas. Como em todas as profissões, é preciso estar no terreno e 'meter as mãos na massa'.

    ResponderEliminar
  16. Ó Anónimo das 11:03
    Se a intenção foi apoucanhar, saiba que apesar de vender bem os meus livros o JRS vende muito mais. Logo seria um elogio...

    ResponderEliminar
  17. Carla
    Eu ouvi tudo. E também vi uma Universidade cheia de jóvens. Era, aliás, para eles que Varoufakis falava.
    Vamos esclarecer um ponto.
    A especialização do conferencista é em econometria, que é também a minha. Ou seja, em termos comuns, aquilo que aprendemos foi a aplicar os conceitos matemáticos à economia.
    Talvez por isso eu o oiça com ouvidos diferentes da maioria das pessoas e lhe exija uma precisão que outros não exigem. Ora deste ponto de vista é que o discurso de Varoufakis me pareceu errático e descoordenado com os múmeros com que ambos trabalhamos.
    Mas esta é apenas a minha opinião técnica já que a política nada me diz e no caso dele ainda menos.
    Creio que ninguém já se lembraria deste ex-governante se ele se não tivesse tornado num sex símbol da moda casual, da motorizada de alta potência, do cachecol da Burberys e dos casacos à Mao...

    ResponderEliminar
  18. No terreno já ele está e bem apetrechado - só marcas e boa vida á vista de todos os não cegos -,e com as mãos na massa também pois ganhou uma autêntica fortuna,paga por quem?!
    Esperto sou eu e bato palmas a estes estudiosos de Universidade.Para alguma coisa se diz que é - Curso Superior.
    Será de malandragem?

    José

    ResponderEliminar
  19. O que nāo se entende é que seja adorado/endeusado por tantos!!
    Acompanhei atravez das ediçoes inglesas dos jornais gregos a sua ascençāo e queda, li a entrevista que deu ao público e concluí que também ele tem uma cassete na cabeça...

    ResponderEliminar
  20. Portugal estaria falido se nos últimos quatro anos o 44/33 lá continuasse.Teríamos TGV e se calhar mais Magalhães,etc,etc.Por isso é que gostam de excesso de velocidade,para não serem apanhados nas transgressões.Por isso o Soares diz á Guarda:"ó seu guarda ,vá-se embora,não queremos aqui a guarda".Por isso são arrogantes e sem humildade quando sentam no poder.
    Lembram-se deste episódio?! Triste.
    Prefiro os Silvas,se prefiro...aos palhações como este Yanis e outros que dão á Costa.

    Diogo

    ResponderEliminar
  21. Queda do Varoufakis? eh eh, Dalma, a senhora passou-se?

    ResponderEliminar
  22. Olá,

    Li o seu post, bem como os comentários feitos e pergunto:

    Então Varoufakis é o culpado de o convidarem para a palestra?

    Não se sabia já que é uma pessoa polémica?

    Queriam que dissesse bem dos portugueses e de tudo o que por cá se passa?

    Não é a primeira vez que isto acontece e não será a última!

    Pelo que lhe pagaram?! - somos beneméritos, depois não há verbas para outras coisas básicas. Enfim!

    Um abraço,

    ResponderEliminar
  23. A mim choca-me que paguem tao mal aos professores e a todos os funcionários das nossas escolas, que não existam condições para se trabalhar com dignidade , mas depois já há dinheiro para pagar 55 000 por uma hora.
    Quantos ordenados e quantas bolsas de estudo se conseguia pagar com esse dinheiro ?

    ResponderEliminar