“...O
Tsipras de Setembro nada tem a ver com o Tsipras de Janeiro: confrontado
com um iminente cenário de bancarrota e a perspectiva de colapso do sistema
financeiro, conduziu a Grécia ao terceiro resgate externo de emergência em
cinco anos, recebendo um cheque de 86 mil milhões de euros cuja aplicação será
escrutinada até ao último cêntimo pela Comissão Europeia e pelo Banco Central
Europeu. Na melhor das hipóteses, resta-lhe ser o Passos Coelho helénico na
legislatura que vai seguir-se, forçando os gregos ao maior aperto de cinto de
que há memória.
Bastaram
oito meses para silenciar os hossanas ao antigo herói da esquerda radical,
agora forçado a praticar políticas decalcadas de qualquer cartilha
"neoliberal". Já nada me espanta. Nem me surpreenderia até que um dia
destes víssemos Tsipras de gravata.”
Pedro
Correia em Delito de Opinião
Afinal
não é só cá que se fazem recuos... Na Grécia Tsipras também rasgou o "inegociável" Programa de Salónica com que há oito
meses se apresentou às urnas. Bem
digo eu, que em política nunca se devem usar certos prefixos !
HSC
nem em política nem em dependentes financeiros .
ResponderEliminaro que me desagrada é o golpe de rins do político , mantendo o tacho a todo o custo
Tudo na vida é feita de avanços e recuos, mas para mim Tsipras foi correto pondo de novo nas mãos do povo o poder de decisão.
ResponderEliminarMuito se fala dos gregos...quando nós por cá cada vez mais, andamos gregos com a nossa vida!
Na "mouche", cara Helena!
ResponderEliminarE, já agora, reitero a palavra que tão bem combina consigo - admirável! (e não, não é por rimar com irrevogável nem inegociável … ).
Abr!
fatima mp
Boa noite Dra. Helena, pouco ou nada entendo de política, mas neste caso convenhamos que foi o povo que de novo elegeu democraticamente Stripas.
ResponderEliminarClaro que vai governar em condições difíceis, mas o povo que o elegeu antes de lhe conceder o voto estaria decerto consciente das dificuldades que daí adviriam.
Respeitosos cumprimentos.
Es.
Caro /a Es
ResponderEliminarO que eu aqui pretendi focar não diz respeito à legitimidade do voto em Tsipras, que é maioritário, mas sim salientar o facto de ele ter revogado um documento que ele havia declarado ser inegociável, ou seja irrevogável.
Concluindo, uns podem revogar o irrevogável. Outros não. É um mero ponto de vista. Nada mais!