quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Um retorno às origens?


“…A imprensa internacional está fascinada por Jeremy Corbyn, o “socialista à antiga”. Comentadores e políticos britânicos atacam os seus “anacrónicos valores socialistas”. Promete renacionalizar a grande indústria, os caminhos-de-ferro, o gás e a electricidade, subir os impostos dos ricos, um plano maciço de investimento nas infra-estruturas, a restauração dos direitos perdidos pelos trabalhadores, a gratuidade das universidades e, sobretudo, o aumento da despesa pública e o fim da política de austeridade. Propõe também o cancelamento do nuclear militar britânico e a saída da NATO, tal como a revisão do estatuto britânico na UE. Paul Krugman deu a bêncão ao seu programa económico.
É um anti-americano visceral. Foi admirador de Chávez, apoiou Putin no conflito ucraniano, elogia o Hamas e o Hezbollah. Um dirigente sindical diz que ele é o “melhor antídoto contra o vírus do blairismo.”
… O caso do Labour é uma surpresa mas também o reflexo de uma grande mudança. A crise provocou uma recomposição política, que se traduziu no reforço ideológico dos conservadores, no impasse da social-democracia, no crescimento dos populismos de direita e em fenómenos como o Syriza e o Podemos. Mas também permitiu a ressurreição das “velhas esquerdas” que continuam a pensar o mundo como há 30 ou 40 anos e que, portanto, lhe respondem com velhas receitas que fracassaram. Este é o mundo de Corbyn.”

…Mais do que Corbyn, importam o Labour e os seus jovens. Não têm um novo horizonte político. Recuam da política para o moralismo. Fica uma interrogação inquietante: que se seguirá a uma previsível decepção, ganhe ou perca Corbyn a liderança do partido?    


                    Jorge Almeida Fernandes, no jornal Público

É um "fenómeno" inglês. Mas surge na sequência de outros "fenómenos" a que vimos assistindo noutros países e que, penso, merecem atenção daqueles que se dedicam ao estudo da política. E que interessam, também, àqueles que vivem na sociedade actual e passaram por um doloroso período de austeridade!

HSC

7 comentários:

  1. Ups!!!
    Qual será a marca do cachecol deste?!
    Amigo de Chávez!...Aqui há rapazola rapozola.

    Quando a esmola é grande até o santo desconfia.
    Deve ser padrinho do forty four.

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  2. Este J.A Fernandes mete dó. Faz-me lembrar um rolo de papel higiénico.
    Lá vêm as críticas ao "esquedismo" e outras tretas. O que foi desmantelado e retirado pela Direita inglesa é pouco ou nada importante. Agora o que ele pensa isso é "preocupante e do passado". Patético! É anti-americano? Quem não o é nesta Europa? Muitos, embora não sejam todos. Não vale a pena perder tempo com gente deste teor, como o Fernandes. o que eu gostaria era de ver a UE e por junto o Euro a implodir. E depos cada um por si. E a Alemanha a ver os seus produtos a valorizarem-se, ou seja, a encarecerem e as exportações a cairem. A UE foi um sonho que alguns hoje mataram, por culpa deles. Se esse político inglês por hipótese ganhesse as eleições no R.U e outros tantos no resto da UE seria interessante. Fascinante! Subscrevo muitas das mediadas económicas dele para aqui neste rectângulo à beira-mar plantado. Recuperar a EDP, REFER, REN, GALP, TAP, etc. Ou pelo menos, 51%, por decreto, sem pagar nada! E mais, deixar cair a banca privada que nos estoirou com a economia. E, deste modo, não se nacionalizava. Recebia-se.

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  3. Talvez seja cinismo,o Labour Party foi um nojo quando governou.
    Isto tanto na sua vertente Marxista/ esquerdista/ pseudo socialista por exemplo: social engineering,jobsworth's rules, mais burocracia, tentativa de abafar as criticas com linguagem politicamente correta etc ; como na sua vertente Capitalista, exemplo: bancos descontrolados, jobszillas e dinheiro para os boys.
    Das unicas medidas positivas que me lembro, assim de repente, foi terem tentado que se bebesse mais agua nas escolas e um acesso mais agilizado ao legal aid, claro que devem haver mais,no entanto vacinados estamos e nem o Corbyn me convence.

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  4. "Fenómismos" que resolvem umas situações mas que adensam outras bem piores…
    Para mim, o mais preocupante é que se propagam à velocidade da luz..
    Beijinho :)

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  5. Continuo a pensar que é necessário haver dois pesos na balança política. Se a direita tiver a supremacia, facilmente se resvala para uma sociedade elitista, com mira no dinheiro e profit, esquecendo os valores humanos e as necessidades básicas do povo.
    A Inglaterra é um país ainda excepcional no aspecto saúde, educação e comunidade. Todos beneficiam dum SNS excelente, mesmo os estudantes estrangeiros, os emigrantes e turistas beneficiam dele, sei por experiência própria. Deve ser um dos países onde um cidadão está mais protegido. Mas é claro que isso custa dinheiro.
    A Educação é fabulosa, mas paga-se cara, sobretudo depois do 12º ano. Mas vale a pena estudar lá. Na Alemanha , é tudo grátis, mas a língua dificulta um pouco a integração.

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    1. A pensar como a Exmª Sra. Virgínia lá fora é tudo bom! O melhor será encerrar o País, mas antes vamos todos estudar línguas, com destasque para a alemã. Talvez comecemos a entender o que na realidade Merkl pretende para os países do sul.

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  6. O Sr/srª anónimo/a do dia 20 ás 23.09 deve ser uma pessoa muito infeliz pela forma ressábiada como escreve!

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