Se escrever sobre a realidade já é um
exercício de “fino trato”, faze-lo sobre o imaginário, com requintes de autenticidade, é um enorme teste à qualidade jornalística do autor.
Durante todo este tempo em que li aqueles
exercícios - e com os quais cheguei a dar boas gargalhadas – admiti várias hipóteses para a sua autoria. Uma delas foi Ferreira Fernandes, nome que
acabo de confirmar e que, sem qualquer sombra de dúvida, é um dos grandes da
nossa imprensa.
Tão importante é, que nos quadrantes em que movo,
nunca ouvi uma opinião negativa a seu respeito. Mas, a meu ver, o que nele é absolutamente excepcional, é a sua capacidade de – exercendo simultaneamente a profissão e a
cidadania – criticar sem liquidar e sem ofender.
Ter em Portugal, nos dias de hoje, essa enorme
ousadia e vê-la publicamente reconhecida, é algo que merece o maior elogio.
Bem haja, Ferreira Fernandes, pelos deliciosos
momentos que, no DN, me fez e faz passar. Volte depressa!
HSC
Também me deliciei com os textos de ficção política do mês de Agosto, mas estava longe de imaginar quem seria o seu autor.
ResponderEliminarAgora que o sei, parece quase óbvio. FF é, concordo consigo, um dos nomes grandes do jornalismo em Portugal, o que, hélas, parece ir rareando.
E já voltou, hoje, à habitual coluna da última página, para contentamento de todos os que, como nós, gostamos de o ler.
Um beijinho :)