sexta-feira, 26 de junho de 2015

O Diário da Rita

Depois de "Veneza pode esperar", a Rita Ferro decidiu dar continuidade ao estilo diarístico ao publicar, na passagem para os 60 anos, o segundo volume das suas memórias e reflexões. 
A sala do Corte Inglês onde ontem o livro foi lançado estava cheia de amigos e admiradores. A apresentação esteve a cargo da vereadora Helena Roseta e do realizador Vicente do Ó.
A Rita entrou numa nova etapa da sua vida. E desse outro caminho, muito pessoal, nos dá conta neste livro. 
Uma sua frase - "numa época em que a beleza e a juventude se apresentam como divindades e o dinheiro se revela – dir-se-ia – como a única religião verdadeiramente ecuménica do Mundo, é com a singularidade do indivíduo à margem destes padrões que a grande humanidade se identifica" - põe bem a nu os problemas da sociedade actual e, em particular, os das mulheres que nela gravitam, aprisionadas num corpo cuja idade difere da do coração e da razão.
Cada um de nós resolve o problema do envelhecimento de forma distinta. A visão da Rita é diversa da minha, o que se explica pela diferença de idades que nos separa e pelas características que nos distinguem. Mas ela exemplifica bem a ditadura que apanha uma boa parte das minhas congéneres da sua geração e delas faz um retrato fiel!

HSC

10 comentários:


  1. Só se deixa aprisionar, quem quer, Helena.

    Se no círculo de amigos, jetset, vips ou o que quer que seja nos obrigam a manter as aparências a contragosto, então mais vale ficarmos sós. Nunca percebi porque é que algumas pessoas - mesmo da minha idade ( farei depois de amanhã 69 anos), são tão influenciáveis e vulneráveis no que ao físico diz respeito. Tentei sempre ser eu, mesmo que gordinha, olheirenta ou despenteada...os meus alunos apreciavam a minha espontaneidade. Os colegas? Olhavam-me de alto a baixo por vezes, mas a minha personalidade impunha-se sempre. Não me estou a gabar, apenas a afirmar que não é necessário seguir as modas para se ser alguém.

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  2. Virgínia
    Nem todos somos iguais.
    O aspecto físico sempre me interessou, mas nunca fui escrava dele. No entanto, sei que sob certos aspectos, ele teve alguma influência na minha vida. Nem sempre boa. Mas real!

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  3. Alguma influência?

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  4. Gosto dos livros da Rita Ferro Rodrigues.
    E este interessa-me.
    Estou quase a completar 69 anos.
    Não me sinto com essa idade, embora o meu corpo
    já me dê muitos avisos.
    Nunca fiz qualquer tratamento anti-rugas, excepto alguns
    cremes, que possam estar dentro da minha minguada reforma!!!
    Mas considero que não estou muito mal.
    Tenho aqueles cuidados básicos.
    Às vezes penso: gostaria de ter algum dinheiro que pudesse
    ser só para mim, para tratar melhor do meu corpo.
    Como não tenho, vou fazendo o que posso, dentro das
    m/possibilidades ou pelo menos não o estragando...
    Bj. e bom fim de semana.

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  5. Silenciosamente ouvindo
    Não é da Rita Ferro Rodrigues que se trata, mas sim da RITA FERRO:
    A primeira é apresentadora de tv e a segunda é escritora!

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  6. Peço imensa desculpa Rita Ferro tem razão.
    Obrigada pela sua correcção.
    Bj.
    Irene Alves

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  7. O aspecto físico também sempre me interessou, mas nunca fui escrava dele.
    No entanto, acho que é uma questão de respeito por mim e pelos outros. Não custa nada, ter um aspecto cuidado, lavada, penteada, vestida com cuidado e elegância ( não luxo). Também pelos meus filhos que gostam de ver a Mãe bonita.
    Se tivesse dinheiro, acho que gostaria de fazer alguma coisa mais por mim, ter mais tempo para mim, claro, mas não me tira o sono, francamente...
    Resumindo: gosto de me ver bonita! É pecado?
    Bjs

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