sábado, 27 de junho de 2015

Madame Bovary


Ontem fui ver a Madame Bovary que foi talvez o primeiro romance que li. E fi-lo muito cedo numa época em que os amores são sempre românticos. E que quando não correm de feição acabam, por norma, com pelo menos, uma morte. Este não foge à regra...
Já Chabrol, há uns anos, se tinha dedicado a filmar esta tragédia de Flaubert. O filme de agora é realizado por uma mulher, Sophie Barthes*, e todo o ambiente que se respira denota esse olhar feminino sobre o drama.
A protagonista, Mia Wasikowska é, talvez, para meu gosto, demasiado fria, o seu primeiro amante demasiado imberbe e o segundo, o conde, com demasiados tiques de classe.
Co-produção da Bélgica, Alemanha e Estados Unidos, possui uma fotografia soberba e um acompanhamento musical muito bem escolhido. O enredo, esse, todos conhecem.
Não sendo uma obra prima é uma película que vale a pena ver, agora que as salas de cinema, à tarde, estão quase vazias e onde a temperatura é amena..
Um pormenor que me causa algum "incómodo" - só deve acontecer comigo -, é assistir a um romance de Flaubert, no qual toda a gente fala em inglês!

HSC

* Nota: estreia-se na longa metragem, em 2009, com Cold Souls.

4 comentários:

  1. Boa música e boa fotografia são duas premissas importantes para me cativar num filme.Vai para a minha lista a ver brevemente.
    FT

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  2. O facto de o filme ser falado em inglês também me
    causará alguma "estranheza".Não é única, acredite.
    Boa tarde.

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  3. Não, não é só consigo, sim, se fosse falado em francês também achei que seria MUITO MAIS interessante! Vi-o com a minha neta, mas como a educação actual é anglofona ela não achou que isso fosse importante...

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