segunda-feira, 11 de maio de 2015

Intervenção cívica

Os cinco anos que este bogue tem de existência, fizeram-me pensar seriamente que há muita forma de intervir na sociedade em que vivemos, independentemente dos partidos. 
Com efeito, sob o manto diáfano da democracia partidária, tenta mostrar-se aos portugueses que só através deles é que se pode fazer intervenção cívica. Não é verdade. 
A sociedade civil pode e deve faze-lo, através dos meios ao seu alcance. E aqueles que, como eu, não apreciam partidos, mas amam o seu pais - tanto ou mais do que os políticos - e possuem uma voz que alguns respeitam, têm a obrigação de dizer o que pensam, denunciar injustiças e louvar o que entendam mereça ser elogiado. Cada um de nós, no seu mister ou no seu lazer, pode fazer o que chamo de "voluntariado de intervenção" que, por ser pro bono, até tem maiores possibilidades de ser autêntico.
Portanto não me venham com a lenga - lenga de que não há democracia sem partidos. Há. O que não há é "politiquice" sem eles!

HSC

17 comentários:

  1. Quem como eu, não tem o dom da escrita diz:
    Faço minhas as palavras de quem sabe escrever e tem voz que é ouvida e respeitada.
    Obrigada Doutora Helena.
    Maria Isabel

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  2. Cara Helena
    Estou 100% de acordo e, como tal, praticando o "voluntariado de intervenção"...
    Só que, de tempos a tempos, temos de escolher entre uma dessas entidades partidárias, os votos nulos ou brancos, ou ainda a abstenção, cada um desses "votos" com o seu significado, sabendo contudo que, se escolhermos entre um dos partidos, o nosso voto, especialmente quando é no vencedor, não é tomado como uma responsabilidade pelos eleitos mas como um cheque em branco que lhes passamos... E são eles que decidem das nossas vidas (por vezes da nossa morte).
    Será de "bom tom" refugiarmo-nos no "voluntariado de intervenção", ficando com a nossa consciência tranquila, sem procurarmos as necessárias sinergias para contermos esse cancro que vem destruindo a democracia e o nosso querido país?

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  3. Concordo em absoluto e eu faço a minha quota parte, intervindo, denunciando e opinando entupindo as caixas de correio electrónico dos visados.

    Já tenho mudado algumas coisas e outras nunca tiveram resposta...mas não desisto, porque "tanta vezes o cântaro vai à fonte que um deixa lá a asa":)

    Uma boa noite

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  4. João Almeida
    Aquilo que eu disse é que o facto de se não pertencer a um partido - e eu não me revejo em nenhum - não nos isenta de fazer o nosso trabalho enquanto cidadãos. E, também, de 4 em 4 anos, apoiar ou punir os que prometeram e não cumpriram. Em 40 anos desta democracia que temos só não votei uma vez. Mas sempre que o fiz foi para cumprir um dever e escolher o mal menor. E nunca me coibi de criticar aqueles a quem dei o meu voto, quando me senti enganada.
    No entanto, acredito que faço mais com a minha palavra do que com o meu voto...
    E conheço muito boa gente de quem poderia dizer o mesmo, porque a sua palavra é exercida de forma contínua e sem contrapartidas.

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  5. Concordo totalmente consigo.Mas eu
    tenho votado sempre, mas quase sempre pensando que é o mal menor. Não consigo perceber coisas desta democracia,como
    uma operação às cataratas demorar de
    2 a 3 anos no Serviço Nacional de Saúde!!! E para os diabéticos pode
    significar a cegueira...Não será também
    cegueira dos políticos? Eu faço sempre uso de tudo o que posso para dizer o que penso. Cartas aos ministros adianta? Nem respondem...
    Nas redes sociais eles sabem o que por lá vai? Blogues eles lêem?
    Enfim, a nossa capacidade de reacção está muito limitada.
    Os meus cumprimentos.
    Irene Alves

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  6. Bom dia Helena!
    Não tenho partido, tenho empatia, por diversas pessoas de partidos diferentes. Mas em homenagem a uma pessoa, voto no seu partido, do qual, também me identifico com alguns ideais.
    Se cada pessoa ( políticos) se junta-se, em prol de fazer uma sociedade mais justa, apostar no desevolvimento do país, talvez não houvesse esta desconfiança na política. Os episódios de corrupção com pessoas ligadas a este meio, são factores muito negativos.
    Opino igual à Helena, devemos todos nós fazer o voluntariado de intervenção. Faço o meu, a meu ver pouco, mas não tenho meios para mais. Logo o pouco que faço, já é uma partícula, quanto mais partículas melhor.

    Carla

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  7. Infelizmente desde o 25/4 que a direita em Portugal parece envergonhada.
    Só se é aceite se se for de esquerda. Os jornais e os media em geral apresentam muitos mais editoriais conotados com a esquerda do que com a direita, daí a opinião pública ser constantemente manipulada.
    Podemos ter opiniões e expressá-las em blogues, mas o que afinal conta é o voto na urna e esse terá sempre de se fixar num partido ou coligação.

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  8. NOMEAÇÕES E CONTRATOS António Costa emprega 30 'boys' do PS na Câmara de Lisboa 05 de julho, 17:36 A Câmara Municipal de Lisboa dá emprego a, pelo menos, 30 'boys' do PS. A maior parte são familiares de deputados, autarcas e militantes históricos do partido socialista. O município liderado por António Costa justifica que a filiação partidária não pode lesar pessoas.

    Ler mais em: http://cmtv.sapo.pt/atualidade/detalhe/antonio-costa-emprega-30-boys-do-ps-na-camara-de-lisboa.html

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  9. Há algo em que acredito: muitos grão de areia fazem uma praia.
    Se um dia a abstenção rondar os 70%, bem podem eleger governo que ele não governará.
    Infelizmente a abstenção é o único sinal que, estatisticamente, compromete os resultados eleitorais. Os que governam tiveram uma abstenção de cerca de metade do país...

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  10. Devia haver uma lei eleitoral que não admitisse abstenção superior a 30%, por exemplo. A abstenção só expressa indiferença e não é suficientemente valorizada.

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  11. Por acaso acho que a comunicação social dá muito enfase à direita. E nem sempre são imparciais. Veja-se a entrevista de José alberto Carvalho a Antonio Costa. Parecia 'comprado'. Estava ali nitidamente a tentar esmagar AC. Por momentos o entrevistador até parecia Manuela Moura Guedes versão masculina. Nem deixava o homem falar. Certamente uma estratégia ao agrado do amigo Marcelo da TVI, uma lástima diga-se de passagem.
    Bom, seja quem for que ganhe as eleições, que não seja PPC.

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  12. Também concordo consigo.
    É também por isso que acredito em independentes que infelizmente só se podem apresentar para um cargo, o de PR.
    Gostaria de os ver a concorrer às legislativas...

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  13. http://youtu.be/St6jyEFe5WM

    A

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  14. Este post revela bem o múrmurio excelente que um blog pode ter.
    Bom dia para si cara Dra.
    Sara

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  15. É isso aí...e estou aí.

    :-)

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