segunda-feira, 2 de março de 2015

Os obcecados

Já aqui escrevi por mais de uma vez que ser mãe não implica nem perder autonomia, nem sequer deixar de ter pensamento próprio.
Fui mulher, mãe, nora e cunhada de políticos. Um karma que não escolhi, mas que a vida, infelizmente, escolheu por mim. Nada a fazer. Acresce, para alindar o quadro familiar, que nunca me identifiquei com o pensamento de nenhum deles, nem tão pouco a matéria em causa me provocou especial interesse. 
Fui muitas vezes aliciada para as fileiras da esquerda - curiosamente a direita temia a minha frontalidade - e a todos disse não. E, julgo, poderia até ter dito nunca ou  jamais porque, de certo, me não arrependeria.
Fui mãe de um homem de esquerda e sou-o de um de direita, seja o que for que esta idiota distinção queira dizer. A Pide, no passado, bem tentou incomodar-me. Como agora, os pseudo esquerdistas ensaiam, por vezes, fazer neste blog, vergastando o meu filho. 
Para além de grosseiro é absolutamente inútil. Como diz o ditado, esquecem-se que "viro frangos há muito tempo". O tempo suficiente para que as vozes dos burros não cheguem aos meus ouvidos.
Os que me lêm com alguma regularidade sabem o que penso deste governo, no qual não votei. E se publico hoje o comentário - o último - é para permitir, caritativamente, ao seu infeliz autor, o derradeiro orgasmo intelectual que isso lhe deverá proporcionar. Aproveite-o bem!

HSC

8 comentários:

  1. Para mim o que conta é que a Helena é uma pessoa que muito admiro pela sabedoria, inteligência, verticalidade, lucidez, sentido de humor e … aristocracia! Sim, porque para mim uma aristocrata é alguém que não se deixa corromper pela vulgaridade que a rodeia. Gosto muito de si :)

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  2. Cara HSC :
    Hoje, estou um autêntico e abominável cusco.
    Consultei o seu perfil, descrito na respectiva "ficha técnica" deste blogue, e confesso a minha ignorância, em relação à sua orientação política.
    Politicamente centrada ????????

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  3. Estimada Helena
    Faz-me confusão ver uma senhora como você, perder o precioso tempo a pensar em escumalha (perdoará o termo).
    Cumprimentos

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  4. Correia da Silva
    Como classificar alguém para quem uma certa esquerda está invariavemnte à minha direita?!

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    Respostas

    1. Bom, sendo assim.....
      Correcto e afirmativo!!!!!!
      Ufff...!

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  5. Não adianta Dª. Helena, deixe p'ra lá e nunca deixe de ser quem sempre foi e é, e como disse já em tantos post's...perto de si e em reunião familiar, a política fica à porta!

    Mãe sofreeeeeeee, bolas:)

    Beijos

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  6. Se fosse homem não tinham tanta «coragem» para a agressão... É isto Portugal. Detestam quem pensa pela sua cabeça. É mais fácil o insulto. Depois há sempre o velho problema da falta de educação em geral e de educação cívica nem vale a pena falar. Eu, que sempre fui de esquerda e, embora mulher livre, nunca feminista assanhada, estou farta de os ouvir.Relembro aquele escrito do seu filho Miguel, que me ensinou a gostar do seu filho Paulo:
    «As atitudes têm de servir para algo mais do que conquistar votos ou justificar passado. Têm de ajudar a inventar um futuro onde as pessoas possam crescer não em função do que têm mas do que podem ser. E isso depende de vocês. Felizmente não depende de mim...» (escrito em 1999).
    Não percebi qual foi desta vez a agressão, mas só revela o carácter do autor. Continuação da total solidariedade consigo desta mãe.

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  7. Cara Dra. Helena
    A mediocridade intoxica o pensamento.
    Infelizmente, neste mundo globalizado da blogosfera é-nos cada vez mais difícil fugir ou fechar os olhos ao insulto.
    E se me permite, deixo-lhe aqui um pensamento:

    As long as you're honest and you articulate what you believe to be true, somebody somewhere will become your enemy whether you like it or not.”
    ― Criss Jami, Killosophy

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