domingo, 22 de fevereiro de 2015

Não será altura?

Quem, de boa fé, assista aos frente a frente da nossa televisão, tem um retrato fiel do papel dos partidos políticos no que, no nosso país, se chama de democracia. O objectivo não é esclarecer, é intoxicar. E se isso for feito com violência verbal, melhor ainda para estimular as já parcas audiências...
Não será altura de acabar com este munus distribuído a comentadores que apenas se dedicam a defender posições partidárias? Muita gente já não vota, porque o diminuto interesse que a política lhes merece, acaba por desaparecer com o teor dos malfadados debates. É deprimente para todos. E se alguns têm a capacidade intelectual de distinguir o trigo do joio, muitos outros morrerão do veneno ingerido. Ou seja, detestam os políticos e afastam-se cada vez mais das urnas dos votos!

HSC

6 comentários:

  1. Em tempos controversos deveríamos envolvermo-nos mais pela politica. Por mais incredível que nos pareça a cada dia que passa, directa ou indirectamente envolve-nos a todos, temos o direito e o dever de participar no nosso país.

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  2. Ó Anónimo das 13:22
    Já percebeu certamente que não publico os seus amáveis comentários com vídeos acoplados. Nada têm de ofensivo, mas parecem procurar um tipo de relacionamento no qual não estou interessada.
    Já deve também ter percebido que a autora deste blog não procura desenvolver qualquer tipo de relações sentimentais com os seus frequentadores.
    Assim, se quiser comentar os temas é bem vindo. Se não, este não é o blog que deve procurar, quer seja a brincar ou não!
    Fiz-me entender?!

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  3. Maria João
    Sempre fui a favor da intervenção cívica a partir organizações não partidárias. Fiz parte de algumas que, atingido o objectivo para que foram criadas, se dissolveram com contas públicas prestadas e transparentes.
    Os frente a frente são tudo menos isso. São formas de propaganda partidária que pretendem fazer-se passar por informativas e esclarecedoras...
    Servem a quem servem!

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  4. Para além do que refere que subscrevo, são ínfimas o número de organizações não partidárias, para não dizer inexistentes. Já fui a uma...pois é...era "não partidária" e a meio saíram várias pessoas e eu também porque queriam vender "gato por lebre" de tão partidária que era!

    Pelo que oiço a abstenção virá mais por parte dos mais velhos...os jovens andam furiosos, sentem-se enganados e acho que irão votar! Não sei!

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  5. "... a comentadores que apenas se dedicam a defender posições partidárias..."
    Mas, 99% dos comentadores, são da mesma área política!Onde está a confusão?
    Sinceramente, acho que este desinteresse se deve, na maioria dos casos, aos políticos que ao longo destes anos de democracia, têm defraudado as pessoas. Só isso.
    Cumprimentos.

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  6. Concordo inteiramente com o que escreve. Apenas acho que este não deve ser um motivo para as pessoas se afastarem da política, porque a política pode fazer parte das nossas palavras, dos nossos gestos, da nossa intervenção, à pequena escala de cada um. A palavra “política” deriva do grego e significa "de, para, ou relacionado com os cidadãos”. Neste contexto, e como a Helena muito bem referiu, existem várias organizações não partidárias que têm uma intervenção cívica muito importante, assim como associações de moradores que contribuem para melhorar a qualidade de vida no bairro, e até o voluntariado é também uma forma de fazer política. Agora, ficar sentado no sofá a conceder tempo de antena a políticos que só destilam ódios e venenos e interpretam os factos à luz dos seus interesses pessoais e partidários, não é participar na vida política do país. É deixar que as quezílias partidárias nos corroam por dentro.

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