Fui ver o filme Alice que, no original, tem o título bem mais expressivo "Still Alice". É uma fita pesada, que aborda o terrivel flagelo da doença de Alzheimer que surge numa mulher de cinquenta anos cuja profissão era ensinar linguística.
A interpretação de Julianne Moore é de facto arrebatadora e compreende-se que seja candidata ao Oscar. Mas a película é lenta e por vezes torna-se repetitiva. Infelizmente tenho um familiar com este mal e por isso sei dar algum valor não só a quem passa por ele, mas também aos familiares que rodeiam os doentes.
Há filmes que "devemos" ver e Alice tem tudo para poder ser considerado um deles, quando aborda uma patologia em que cada um deixa, progressivamente, de ser quem era ao perder as suas memórias e referências.
A actriz - um dos raros rostos não plastificados e que comove pela naturalidade - tem um desempenho notável, sobretudo na fase final da doença, com o seu olhar perdido e vazio para tudo e todos que lhe foram queridos.
Alec Baldwin - que sempre considerei um pouco "canastrão", mas tem melhorado com o aumento do peso e da idade -, não está mal no papel de marido que convive com algo para que não tem, manifestamente, capacidade. Enfim, um drama que importa ver, apesar de não ser um grande filme.
HSC
Olá,
ResponderEliminarAndo a preparar-me para ver o filme.
Conheço bem de perto a doença e fiquei extremamente impressionada com o livro. Quando o li ainda se chamava "Ainda Alice", título que acho muito mais adequado que este "O meu nome é Alice" ou o Brasileiro "Para sempre Alice" (acho que foi assim que ficou por lá). Infelizmente a editora decidiu mudar também o nome do livro...
Patrícia
Uma crítica que coincide um pouco com a minha. Estou a ler o best seller no Kindle e verifico que é muito melhor e mais profundo que o filme. Acho que lhe falta substância , embora o problema central seja muito forte e a actriz do outro mundo.
ResponderEliminarO que gostei mais foi dos processos usados por Alice para se ir testando todos os dias...a consciencialização de que tudo é irreversível.
O livro passa-se em Harvard e adoro as descrições de locais que percorri das duas vezes em que lá estive quando o meu filho trabalhou no MIT. Infelizmente no filme mudaram para NY.
O meu marido propôs-me ir vê-lo mas eu não estou disposta. Para quê sofrer com esta possibilidade futura? Infelizmente atingiu o meu sogro e isso a mim basta-me para ser sensível ao problema! A minha sogra, tem certamente um cantinho no céu ( se ele existir! ) por toda a ternura com que o tratou!
ResponderEliminarOntem faleceu um familiar meu com essa doença que acompanhei de perto. Acho que é terrível e maior o desgaste para quem cuida do que para quem padece. Claro que no inicie foi-se apercebendo, mas esteve mergulhada no seu mundo durante 4 anos. Apanhou a gripe e uma consequente pneumonia, foi hospitalizada e uma bactéria hospitalar foi o seu fim.
ResponderEliminarNão seria capaz de ir ver o filme, porque noutras épocas talvez sim...mas já basta ver desgraças a todos os níveis, que todos os dias assola este país!
Um abraço
Concordo com a sua análise, Helena, e acho que deve ver "Amour" (mas só daqui a algum tempo, que duas doses destas não se aguenta...)
ResponderEliminarAgora uma comédia (mas das boas, claro!... ;)
Beijinho
Gosto de Julianne Moore, mas não vi Ensaio sobre a cegueira. Still Alice, acho que verei. Está mais ou menos decidido. A aceitação dos irreversíveis do corpo é difícil; mas a dos da mente...é do mais triste.
ResponderEliminarConvenço-me que à medida que o tempo passa e a doença os arrepanha mais se acendem os efeitos colaterais.
(Foi diagnosticada essa doença á minha Mãe).Embora não goste de coisas tristes, gostaria muito de ver esse filme,pela interpretação. Mas estou sem coragem. Um dia...
ResponderEliminarVW
Não acho que seja um filme por aí além. Sinceramente. E não tem nada a ver com alguma falta de sensibilidade que possa ter em relação à doença só achei mesmo o filme sem intensidade.
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