terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Portugal, esse desconhecido







Cada vez me convenço mais de que o nosso país é uma verdadeira caixinha de surpresas e que muitos de nós desconhecemos uma boa parte do que de muito bom aqui se faz.
Recentemente falei-vos das óptimas compotas da Casa de Severi. Agora tive uma nova surpresa, quando uma amiga que vive no estrangeiro, me mostrou uma lindíssima carteira feita em Portugal, cuja marca eu desconhecia. De facto, tratava-se de um acessório de altíssima qualidade onde se misturavam - com bom gosto e excelente design - uma bela pele, seda bordada, filigrana e crina de cavalo. Tudo nacional. Tudo manufacturado. Fiquei conquistada com a peça e resolvi ver onde poderia encontra-la. Eis o que descobri.
Primeiro o nome - ÂME MOI -, evocador de estados de alma que são, afinal, aqueles que, em grande parte dos casos, nos levam ao impulso de comprar. Depois, a história. Trata-se de uma empresa familiar, sediada em Famalicão, que se dedica ao fabrico de carteiras e que tem na Mulher toda a inspiração de que carece para inovar. Até agora tem trabalhado essencialmente para a exportação, mas na actualidade já possui na Lojas das Meias um ponto de venda.
O target desta empresa, que nasceu há apenas um ano, é o mercado de alto luxo feminino, onde utiliza materiais como a pele vegetal, as pedras preciosas e a madeira mais nobre.
O seu sucesso permite ver as carteiras da Âime Moi - desenhadas e fabricadas em Famalicão - nas Feiras Internacionais de produtos topo de gama, ao lado de Bentleys e de Rolls Royce… o que não pode deixar de nos fazer sentir uma certa forma de orgulho.
Aqui está, pois, um bom exemplo do que, afinal, as agências de notação classificam como triple A. Só que, aqui e para vossa surpresa, essa expressão será antes âme moi, âme toi, âme nous!

HSC

26 comentários:

  1. Malas bonitas, sim, mas...
    Tal como se pode verificar no site em http://amemoi.com/page.php?id=1 , o conceito é influenciado pelo espetáculo tauromáquico. E as peles utilizadas não são apenas vegetais. São usadas, peles de crocodilo e de vaca, pelo menos.
    Maria

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  2. Helena,
    adoro malas, essas são lindas!
    Comprei há pouco tempo umas botas da Sofia Costa, foi amor à 1ª vista e o melhor estavam com 50% :), temos produtos de excelente qualidade!
    Só penso, que o nome devia ser português e não francês!

    Carla

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  3. O mundo das malas não me conhece. Mas as peças parecem-me bem. E artísticas. Presumo que façam pendant com um Bentley que nem sei que carro seja, mas há de ser um bom carro. Salvo serem comercializadas na Loja das Meias onde por acaso também não entro. Imagino que o preço não seja bem para o meu popular.

    Mas as estatísticas dizem que os ricos estão mais ricos. Portanto, não terão problemas de venda. E são na verdade bonitas.

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  4. "Maria das 14:21"
    Qual é o problema de serem feitas de pele de vaca?
    Nunca vi ninguem comer a pele da vaca...só a carne. Por isso o animal tem de ser esfolado. Acho bom aproveitar tambem a pele, é um modo de reciclar.
    Maria M

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  5. Tenho a certeza de que eu e uma dessas malinhas seríamos as melhores amigas :)

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  6. Maria
    Quando se quer conquistar mercados externos é difícil produzir produtos alta gama usando "só" peles artificiais, porque os concorrentes directos apostam justamente na qualidade daquelas que utilisam.
    E quanto à festa brava, todos sabemos como as opiniões se dividem ...

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  7. Será que acerto?!
    A 1 é a sua opção Inverno.
    A 3 é sua opção Primavera.

    O material é muito bom,o design soberbo,e primam pela elegância.Bom gosto.

    Oui j'aime.
    ?!

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  8. Sobre a festa brava, presumo que virá à baila a tradição. E aqui temos de respeitar, tal como temos de respeitar as tradições dos paises onde é tradição apedrejar mulheres até à morte. E sobre a pele de vaca, em resposta à gentil senhora que se manifestou, eu apenas disse que a marca não utiliza apenas pele sintética. Mas siga a marinha, o post é sobre malas giras. E, pelos vistos, o que nao faltam é ricos para as comprarem. Pena eu não ser um deles ...
    Maria

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  9. Anónimo das 21:58
    A primeira é para um jantar especial e uma toillette a condizer. Ou, então, soberba loucura, para pôr com jeans e camisa de seda e um casaco de grande qualidade. Tudo versão casual chic.
    A terceira e quarta são uma perdição e entre as duas seria difícil a escolha. Na minha idade optaria pela 3, mas a 4 é lindíssima também.
    Enfim, sonhar com o que é nacional, neste caso, é uma devoção!

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  10. Caros comentadores
    Esqueci-me de vos confessar que tenho uma "panca", como diz o meu neto André, por carteiras e sapatos. Todos temos as nossas debilidades...
    Mas trato-as com tanto carinho, que vão durar mais do que eu!

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  11. Acertei!
    E a toillette é um "must" como refere.E não me admiro.
    C'est parfait votre décision.

    Sem dúvida uma devoção que j'aime beaucoup.
    Bonne-nuit étoile Polar

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  12. Senhora,não importa o tempo que duram,mas as estórias que guardam no interior. :-)
    Se calhar fui politicamente correcto e ...massudo ou maçudo :-)))

    Com a 1 poderia assistir a um concerto de dodecafónica.
    Com a 3,num casual Chic,um fim de tarde a contemplar o mar e com um Gin Tonic.
    Tentação esta devoção.
    :-)))

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  13. Bom dia Helena!
    A minha "panca", são as sandálias sapatos, botas, malas!!
    Sou perdida, a última mala que adorei estava no Corte Inglês, o preço fora de questão mais de 500 €.
    Nem que eu fosse milionária a compraria...

    Carla

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  14. Maria

    não comungo desse respeito pela tradição quando existe nfracção aos direitos humanos. Que é isso de andar a apedrejar mulheres até à morte? Malvadez que merece castigo e aliás não se devia permitir. Seja onde for que seja.

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  15. Nem mais,cara Bea!
    Maria,como se pode ter respeito por uma tradição de apedrejamento -seja a quem for- até á morte?Actos destes merecem é ser combatidos,anulados,evitados.
    São bonitas as carteiras.

    Sara

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  16. Pois bea, não percebeu a ironia. Abomino todas as tradições que fazem sofrer seres sencientes.
    Maria

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  17. Ó Maria, onde nós já vamos. Começámos por umas belíssimas carteiras - vê-las ou ver um quadro não quer dizer que se possa comprar - e já estamos a falar de apedrejamentos...
    Entendamo-nos: as carteiras são topo de gama, feitas para um mercado de luxo, destinam-se a exportação e trazem dinheiro e trabalho ao país. Se forem compradas em Portugal, por quem possa, é muito bom, porque é dinheiro que circula e não sai para fora, em importação de malas estrangeiras eventualmente de menor qualidade.
    Por isso, creio, são exemplos destes que nos podem ajudar a sair da crise. Que devemos apoiar e dar a conhecer. Essa é uma obrigação que sinto e me esforço por cumprir!

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  18. Ui bea, não percebeu a ironia. Também abomino tradições que desrespeitam os direitos dos seres sencientes.
    E tem razão Dra, as malas são giras.

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  19. Muito bonitas as carteiras.E a segunda fez-me lembrar a duquesa de Alba.A terceira a si.Eu ficava-me pela primeira.Que tenham sucesso pois Portugal ganha com isso.
    Joana

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  20. Maria,entendida agora a ironia.Distração.
    Sara

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  21. Andamos conforme as modas que nos impõem e se a personalidade for conhecida então a moda é ainda maior, sempre assim e sempre será, No Verão foi a moda da solidariedade com um balde de água, uma estupidez a todos os níveis, os jornais, rádios e televisão ajudaram na festa, depois a estupidez do balde de água passou para os outros que acharam piada, porque foi o fulano tal, mais ou menos conhecido que começou e é falado no facebook, se eu não fizer não estou na moda, mas quero estar, e ser solidário, pergunto eu, solidariedade de quê e porquê? Se querem mostrar essa solidariedade façam-na agora em pleno Inverno o mesmo que fizeram no verão passado, porque a solidariedade mostrasse tanto no verão como no inverno, não é assim, eu continuo a achar a ideia estupida,
    Agora a moda é o grito do nosso conhecido homem que se tornou “viral na internet” se fosse eu a fazer isso todos me achavam maluco e doido (sou médico de profissão)mas o homem é conhecido e pode fazer tudo e toleramos tudo, então em vez de um, temos vários Johnny Weissmuller, e eu que critico e acho uma estupidez atroz sugeria aqui uma nova moda que era andarmos de tanga a gritar, (temos que ser solidários com os dois homens) é o grito vitória, um gesto que expressa gratidão! mas desta vez de tanga, com uma ou outra coreografia fica um gesto bonito e é simpático, já agora com o balde de agua fria, o grito é mais real e seremos solidários com a classe que represento

    Nota: o grito do Johnny Weissmuller é uma representação, o outro grito, não foi nada e não é nada, no contexto que foi feito não sei o que é, mas se uns acham graça quem sou eu para criticar seja o que for, só quero que as pessoas sejam solidários comigo,
    Amado Amoroso

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  22. Amado Amoroso
    Como comentei no post sobre o Ronaldo, o grito que ele deu é o grito de vitória do Real de Madrid.
    Foi, por isso uma homenagem ao seu clube e aos seus colegas!

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  23. Olá D. Helena. Traduzir é com "z". Gosto muito de si. Uma mulher cheia de garra.Beijinhos

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  24. Maria Fernandes
    E onde está o traduziu que não o encontro?

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  25. "Quando se quer conquistar mercados externos é difícil produzir produtos alta gama usando "só" peles artificiais, porque os concorrentes directos apostam justamente na qualidade daquelas que utilisam"
    .
    Acho que era "utilisam" que é com Z e não "traduzir". Mas quem nunca se enganou? Então, no teclado , é muito frequente. Beijinho Helena

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