O nome é difícil de pronunciar, mas mais difícil ainda é não ficar rendido ao programa de culinária que ele conduz no canal de cabo 24 Kitchen, que se chama Papa Quilómetros. Trata-se de Ljubomir Stanisic, considerado um dos Chef's sensação do momento.
Depois do programa “Masterchef” e de ter lançado o seu próprio livro, oferece-nos agora na televisão um programa no qual não só investiga como descobre os segredos e as tradições das iguarias nacionais.
Mas faz mais. Ao percorrer o país em todos os sentidos, presta um serviço digno de registo ao turismo nacional, já que confeciona as suas receitas quase sempre no meio natural, entre paisagens lindíssimas.
Com uma história de vida que, sendo curta – nasceu a 8
de Junho de 1978 em Sarajevo –, é ao mesmo tempo longa, porque começa num sonho
de criança cuja musa é Rose, a sua mãe, que apesar de cozinhar batatas todos os
dias, conseguiu fazer com que nenhum deles fosse igual ao outro. Quem sabe se não terá sido este o
estímulo para a sua imparável criatividade?
Em Belgrado estudou na Universidade Popular Bazidar
Adzila e inicia uma carreira que o levaria, no seu país, a sub chefe da Padaria e
Pastelaria Skadarilija.
Mas a guerra leva-lo-ia a fugir e, depois de várias peripécias, a vir parar na
tranquilidade do Gerês. Mais tarde encontraria Vitor Sobral, com quem
fica até que, já bem mais seguro de si, decide forjar o seu destino, com um notável
percurso pessoal e profissional, que acumula merecidos prémios.
Será no 100 Maneiras em Cascais que a sua carreira dá um salto e a página do livro da sua vida se vira
definitivamente para o sucesso. Sabe internacionalizar-se e anda um ano inteiro com a família, numa
auto caravana a tentar descobrir os segredos gastronómicos do velho continente.
Volta, abre mais dois restaurantes com o mesmo nome –
o Bistrot e o Nacional - e torna-se um fenómeno televisivo ao qual a Fox
International Channels irá, com o seu Papa Quilómetros, dar uma nova dimensão de internacionalização.
Para os amantes de cozinha, ver um estrangeiro falar a nossa língua como muitos de nós não falamos e a dar a conhecer a nossa história, a nossa gastronomia e o nosso país, é motivo de orgulho. E um prazer para quem, como eu, vê na confecção dos alimentos, uma forma de partilha de amizades.
HSC
Não tenho a certeza se tenho esse canal, mas fiquei cheia de curiosidade. Vou ver se espreito.
ResponderEliminarE por falar em amizade e em partilhas, experimentei outro dia o "seu" Arroz de Pato. Ficou óptimo! :)
Um beijinho, Helena.
Foi no 100 Maneiras em Cascais que tive o prazer de conhecer a qualidade da sua cozinha. Um excelente Chef!
ResponderEliminarP.Rufino
também adoro! ele trata os ingredientes como poucos, com imensa curiosidade, ciência e respeito
ResponderEliminar...velha Europa Europa,.
ResponderEliminarGralhas
Se o J se pronunciar como I, fica mais fácil de ler o nome...
ResponderEliminarMelhores cumprimentos.
Agora, há muitos, variados e desvairados (no bom sentido) programas de culinária e estou a ver mais tv, porque gosto muito desses programas. As possibilidades infinitas dos produtos e de quem os cozinha, fascinam-me. Uns fazem assim, outros assado, outros frito e cozido (palavras apropriadas ao tema, não é) mas mesmo quando é um tipo de cozinha que não aprecio gosto de ver.
ResponderEliminarPorque mesmo assim retiro daí, muitas vezes, alguma ideia para adaptar aos meus gostos e estilo de receitas.
O chef Liubomir Stanizic tem uma irreverência, criatividade, e entendimento da cultura gastronómica portuguesa (não sei se existem semelhanças com a gastronomia da antiga Jugoslávia, sempre ouvi dizer que existiam semelhanças entre os jugoslavos e os portugueses) e da cultura portuguesa no seu todo, que lhe permite fazer receitas criativas, até no próprio nome- 'Estendal do Bairro' (ao que sei vão à mesa uns pequenos estendais com mini molas que prendem saborosas lâminas de bacalhau), 'Santa Sardinha' (junta aqui o fundo religioso da nossa cultura com a sardinha linda), 'Bacalhau à Eusébio', etc.
Gosto muito dele, por esses campos fora, a saborear, a dar a conhecer, a recriar.
Mas... (há sempre um mas...)há uma coisa que não pode ser: mesmo quando está a cozinhar para outras pessoas, amigos, etc., prova com uma colher, e volta a por a mesma colher dentro da taça onde está o preparado. Apesar de estar em ambientes ao ar livre, informais, em condições mais primárias, não gosto desse pormenor.
de qualquer modo um Viva Liubomir!
Cara Helena:
ResponderEliminarConheço o 100 Maneiras em Lisboa, perto do Teatro da Trindade (antigo Bacchus) e recomendo.
Raúl.