Como era de esperar, os brasileiros não estão satisfeitos com o "acordo" ortográfico. E avançam já com novas sugestões para desfigurar ainda mais a ortografia portuguesa: eliminar a consoante H no início das palavras e substituir CH por X.
Genial. Homens honestos tornam-se omens onestos da noite para o dia e a honra encurta-se para onra. Tudo a golpe de engenharia legislativa liderada por analfabetos funcionais.
Mais fantástico ainda é o método sugerido para aprovar o novo pacote de alterações ortográficas: organizar uma "videoconferência". E porque não por SMS para encurtar razões?
Mais fantástico ainda é o método sugerido para aprovar o novo pacote de alterações ortográficas: organizar uma "videoconferência". E porque não por SMS para encurtar razões?
Ou muito me engano ou não tardarão uns imbecis a defender o mesmo por cá. Há (ou "á"?) gente capaz de apanhar qualquer comboio - ou trem - desde que esteja em andamento.
(Pedro Correia hoje no blog Delito de Opinião)
A reprodução do texto acima, mostra mais uma nova barbaridade com a língua portuguesa. Por favor, cliquem nas duas palavras a vermelho para verem, com os vossos próprios olhos, até onde os nossos amigos brasileiros pretendem chegar. Eu fiquei incomodada, sobretudo com a proposta de "hoje" se vir a escrever "o je", que só pode vir da cabeça de um senador de "umor" muito atormentado!
HSC
Eu não posso acreditar...
ResponderEliminarBoa tarde, Dra. Helena.
ResponderEliminarNão tenho por hábito, nunca tive, de resto, comentar qualquer post, pese embora ser uma assídua leitora de Blogues, nomeadamente o Fio de Prumo. No entanto, hoje, quando me deparei com este não pude deixar de o fazer. Faço-o apenas para mostrar a minha indignação pelo que considero uma aberração.
De facto, esta proposta é, no mínimo, indecente! Mas, afinal, o que querem fazer com a Língua Portuguesa? Desvirtuá-la (ainda mais!)?Não será esta uma das razões da nossa pequenez? Um povo que não tem orgulho na sua História e não defende a sua língua é um povo sem futuro. Como disse um dos génios das palavras ditas e escritas em Português: " A minha Pátria é a Língua Portuguesa." Então, que sejamos nós, os Portugueses, a lutar pela nossa língua! Valerá a pena? Mais uma vez, indo ao encontro das palavras do Mestre: " Tudo vale a pena se a alma não é pequena."
E a alma lusitana nunca foi pequena!
Maria S.
Não tarda, chegamos ao Tupi e à gramática do Anchieta.
ResponderEliminarAs penas eu já comprei, só falta arranjar uma costureira, bem moderna e original...
Beijinho :)
Cara Helena, nem todos os brasileiros irão aplaudir esta barbaridade. Quando li sobre esta proposta nem queria acreditar. E esclareço que também sou contra o famigerado AO assim como muitos amigos.
ResponderEliminarSimplesmente RECUSÁVEL. Haja no
ResponderEliminarGoverno quem defenda a língua
portuguesa.
Bj.
Irene Alves
E Helena passa a escrever-se Elena?
ResponderEliminarnão creio que a ideia avance, tal ela é estravagante.
ResponderEliminarrelativamente ao nao resta-nos a liberdade de escrevermos segundo as nossas preferencias, ao menos isso.
creio que o melhor sria cada país escrever à sua maneira e as diferenças seriam pontuais. não sei como fazem com o inglês o ru, canadá, eua, australia, quenia, etc; ou os francófonos. mas não deve haver estas historias tragico-cómicas de desentendimentos e forçar entendimentos.
Ai Helena , palavra de honra mas se me fazem uma coisa dessas , a mim que ja custa entender os textos com o acordo da forma como está...vou sentir-me uma idiota e desisto do que mais gosto de fazer. Ler e escrever. Isto exige um golpe de estado!!! Minha rica lingua!!! Tirem me tudo! Menos a lingua!
ResponderEliminarCara Helena.
ResponderEliminarMais uma vez,subscrevo totalmente o post contra o AO.
É uma aberração,destruir a nossa língua materna.
A língua Inglesa não adoptou as expressões americanas como "going" não passou a "gonna" ente outras.
Sempre com amizade.
ResponderEliminarMas para que é que é preciso acordo?
Os Ingleses nunca fizeram acordos com os EUA e lá escrevem sem ll ( traveling, modeling) ou sem u ( neighbor, labor). Não é obrigatório , nem necessário que os povos falem todos - e escrevam - a mesma língua sem tirar nem pôr!!
Isto é uma aberração e este povo é incapaz de se mexer para reclamar o património que é seu desde o início.
Estão-se nas tintas, pois assim como assim, se as pessoas dão erros têm alibi para os dar. Tudo é permitido.
Bom Domingo!
Os mentecaptos que apoiaram e escrevem com este aborto ortográfico serão amanhã os mesmos que irão aderir a mais esta possível imbecilidade.
ResponderEliminarO A.O jám é uma anormalidade de cretinos, agora haverá que "melhorar" o que se assinou.
O Mundo está cheio de gente estúpida. E assim vai continuar.
Leio com gosto os seus livros, pelo que escreve, como escreve e porque ainda mantém uma escrita anti-A.O.
Uma das coisa que nenhum imbcil me consegirá explicar é porque diabo os meses passaram a escrever-se em minúsculas. Outubro, outubro.
J.Silveira
Eles (senadores no Brasil, deputados em Portugal) podem aprovar o que bem quiserem. Nós podemos aceitar ou não. Por mim, vou continuar a usar a escrita que me foi ensinada. Azar!. Se quiserem mandem-me multas, que vou inventar um suporte ao lado do papel higiénico para as pendurar e usar na falta do último.
ResponderEliminarContem comigo para a revolução.
Deixemos os brasileiros escrever como desejarem. Façam como queiram, são cidadãos de um país independente e a sua língua é o brasileiro, um português diferente do nosso. O que não consigo visualizar é a razão de irmos atrás como se também tivéssemos nascido em 1500 como nação e fôssemos irmãos da mesma barriga. Acontece que nem eles se sentem nossos irmãos nem o inverso. Não vislumbro razão válida que me leve a aceitar a mudança na língua mãe só porque as derivadas o exigem - uma delas, que se os angolanos e moçambicanos e o mais se metessem tb a reivindicar...como seria?
ResponderEliminarSou contra o AO e recuso-me a considerar credível a nova proposta do Brasil. Mas quando é que esta gente que pode e manda acorda?! Bolas que é demais.
Não me parece que se deva deixar o tema para os portugueses em geral. Porque, em geral, escreve-se pouco e mal, lê-se menos, e o ambiente não é de preocupação com a educação das massas. Parece-me mais o inverso. Atordoá-los é que dá. Pensar dá trabalho a quem pensa e muito mais ao resto do mundo.
O povo é sereno.
Peço desculpa, este assunto tira-me do sério.
É impressionante:
ResponderEliminarQuerem matar a Língua Portuguesa.
Se as novas sugestões, vou deixar de saber ler: da lista (a ler a coluna de novas sugestões) dei pelo menos 10 erros de leitura.
Pretendem voltar ao formato silábico (o je) para não falar em outras sugestões, ainda mais escabrosas.
Um beijinho,
Vânia Baptista
Estimada Helena
ResponderEliminarA facilidade com que se maltrata a língua portuguesa põe-me doido.
A ideia do tal deputado deve ter surgido na sequência de uma noite mal dormida. Pesadelos pelo caminho, admito.
E nada mais digo para não cair na tentação de ser inconveniente, o que não devo ser, de todo.
Cumprimentos
Uma língua tem um poder orgânico enorme, tem uma história secular, marcada por incalculáveis acontecimentos, entre os quais o surgimento de dicionários e outras normas instituídas, que lhe definem os contornos.
ResponderEliminarUma língua é muito mais do que normas instituídas.
Quando estas não são corretamente estabelecidas, a pujança orgânica não deixa de prosseguir o seu caminho.
A uniformização de uma língua é completamente impossível.
Já a marca inexorável dos tempos, reflete-se nas línguas, sem dó nem piedade.
Hoje, a pressão imensa da internet, dos telemóveis, etc., levam a uma abreviação muito acentuada das palavras.
Embora as convenções se mantenham, o uso e abuso das abreviações escritas e faladas, tem uma influência enorme.
No caso da língua inglesa, as suas normas ortográficas, têm 2 centros principais: o inglês britânico e o inglês americano.
O inglês britânico dominava a nível internacional, no ensino por ex., mas, a partir de certa altura, alguns países passaram a ensinar o inglês com as normas americanas.
Suspeito que isso tb se tenha passado com o português de Portugal e do Brasil.
Amigos brasileiros, profs universitários, estão absolutamente convictos de o português é melhor falado no Brasil do que em Portugal onde, segundo eles, comemos sílabas e limitamos arbitrariamente o uso gramatical (não dizemos 'vós sois', 'estamos fazendo', etc.)
Embora saiba que tenho de fazer esforços de entendimento, aprendizagem e actualização, há certas regras do AO que me são confortáveis:
Deixar cair o que não se pronuncia- cc, cç, ct, pq, pc, pt;
suprimir acentos gráficos como em veem, leem.
Já a supressão do acento como em para de parar, estabelece confusões com para, preposição.
A queda do hífen tb não me parece interessante, uma vez que em certos casos, temos de dobrar a consoante. Além de que existem casos em que o hífen se mantém- bem-me-quer.
Mas, como em tudo, quando se entra em excessos 'o corpo é que paga'.
Sem esquecer que muito do AO são jogos de poder.
Em Portugal muda 1,6%, no Brasil 0,5%.
Tudo isto faz emergir um atávico desconhecimento de ambos os países, e baseia-se em preconceitos e esteriótipos.
Antes de levarem a cabo um AO, os dois países deveriam preocupar-se com um MCM ( melhor conhecimento mútuo).
Acho que anda tudo doido...
ResponderEliminarMas, talvez o problema seja meu...se calhar sou eu que estou?!
Sinceramente! Só sei que já nada sei!
Tenha um bom domingo.
Lá se vai o h grande - H - dos homens.
ResponderEliminar:-)))
Melhor dançar para alegrar.
http://youtu.be/_yExwkQYcp0
Bom domingo dra Helena.
:-(((
Perguntem ao Prof. Malaca, um "omem onesto". Ele sabe por que criou o monstro ortográfico ;-)
ResponderEliminarNão me interessa o 'purismo' da língua (nesse caso ainda se escreveria pharmácia)e penso que temos de saber mudar com os tempos.
ResponderEliminarMas, como é nosso hábito, avançamos às cegas, sem AVALIAR o que se tem passado desde a assinatura do AO com os Palop em 1990 (incluindo posteriormente Timor-Leste). Não esqueçamos que a Lusofonia tem cerca de 250 milhões de habitantes, mas será que todos falam 'português', quem fala português consegue ler qualquer tipo de 'português'.
O que se tem verificado é que o 'acordês' como tem sido chamado (ou'babilonês') não se tem concretizado, variando muito a sua aplicação de país para país.
A utopia dos que acreditavam que o AO aproximaria os países, desenvolveria a cultura, a economia, a solidariedade, não se tem verificado.
Pensaram alguns que o acordo suprimiria a necessidade de tradução, e que as obras dos nossos autores circulariam mais facilmente nos outros países lusófonos. Mas o AO não teve qualquer impacto na exportação de livros. A nível mundial, os escritores brasileiros são mais conhecidos e o português do Brasil é aprendido por maior número de estrangeiros. O português do Brasil tornou-se dominante relativamente ao português de Portugal? Queremos apanhar a boleia? Quem tudo quer tudo perde?
Na comunidade científica, em inúmeros eventos e actividades culturais e sociais, toda a gente fala inglês. Isso não determina que se faça um AO com o Reino Unido ou com os EUA.
Um AO hoje não me parece necessário, contudo uma avaliação, revisão e actualização da língua, já é outra coisa.
purinho purinho era falarmos latim, ai não, espera lá, mas falávamos o latim popular ou o erudito?
ResponderEliminarSe calhar temos de ir mais para trás e falar o celta e mais o ... 'coiso'.
Eh pá mas o latim tb não convém porque o império romano caiu e dos fracos não reza a história.
Ah já sei com as invasões dos povos bárbaros (esta palavra é racismo chapado)tivemos influências eslavas, iranianas e germânicas. É isso, um AO com os germânicos, a SrªDª Merkel ia gostar, e ficávamos na mó de cima. É isso, com os árabes nem pensar, e com a Galiza, o galaico-português, bem, foge, que de Espanha nem bons ventos, nem bons casamentos.
Os portugueses sentem com razão que o AO acentua o domínio do português do Brasil, que se tornou privilegiado a nível internacional.
ResponderEliminarMas esse não é o principal receio, as pessoas temem cometer erros ortográficos depois do acordo ser efectivado.
Sublinhou-se isso recentemente quando da falada avaliação de professores e dos hiper criticados 'erros ortográficos' que deram.
Pessoalmente acho muito importantes os estudos comparativos das variedades linguísticas de cada país da lusofonia, para que as particularidades não se percam.
Lembro-me que há uns anos Lindley Cintra estava ligado ao início deste processo, um linguista de alegada capacidade científica.
Existe uma francofonia, uma hispanofonia, etc., é importante que exista uma lusofonia.
Muito do que se diz sobre a AO não corresponde à verdade. Por exemplo, muito se falou de fato e facto, mas nos casos em que a consoante é dita, não existem alterações. Apenas caiem as consoantes mudas e deixemo-las cair.
Mas sei que não podemos ficar só no reino cor de rosa da 'ciência neutra'.
O que vai perder Portugal com o domínio do 'brasileiro' ? É importante pensar nisso, mas Portugal não pode ficar isolado, a verdade é essa. Ganhamos com a aliança, perdemos com a competição económica, pois é.
Decrete-se que a língua portuguesa se resuma a simples estalidos como a dos bosquímanos e que o cozido à portuguesa seja reduzido a uma pastilha efervescente.
ResponderEliminarMuito mais prático!
Que o 'a' deixe cair a perna e o 'b' o braço, e por aí fora. Para quê tantas pernas no 'm'?!
A concretizar-se (?!), simplesmente uma VERGONHA NACIONAL a juntar a muitas outras, como o foi, por exemplo A EXEMPLAR DESCOLONIZAÇÃO (!!!!????), ENTRE OUTRAS TANTAS....
ResponderEliminarUm povo com 900 anos de HISTÓRIA e com tão pouca auto estima, é simplesmente UMA TRISTEZA....
Tinha muito mais a dizer, mas por vezes, o que fica por dizer é o melhor...
A ILETRACIA a comandar...
Cumprimentos, Drª Helena.
Maria
Inacreditável. Será que não há quem coloque um "basta"?
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