segunda-feira, 30 de junho de 2014

A perda maior

Ao fim de semana raramente ligo a televisão. Por isso, só hoje, no noticiário da manhã, tive conhecimento do que se passara com o filho de Judite de Sousa. Fiquei completamente gelada e ainda não recuperei completamente do choque.
A morte de um filho é algo tão íntimo, tão privado, que deve ser chorado na maior solidão. Eu sei que isso não vai ser possível com a Judite, como não o foi comigo, quando o Miguel morreu. É o preço a pagar por ter certas profissões.
E, se abordo aqui este assunto, é apenas para dizer que acredito na força anímica da mãe do André e que gostaria muito, se a conhecesse melhor, de lhe dar o mais apertado e sentido abraço do mundo! 

HSC 

33 comentários:

  1. Isto é que não dá comentário.

    A dor de uma mãe "orfã" de um filho,não tem tamanho. A minha solidariedade com todas as mães que já passaram por isto.

    Abraços para todas

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  2. Há muito que intercalo perspectivas. Se por um lado considero o luto um choro intimo e de circulo fechado, por outro sinto muitas vezes que existem pessoas que preferem o apoio social. No caso em questão, na maior das perdas que se pode ter, nem sei bem o que ache quanto ao assunto, mas julgo que será mais ou menos o mesmo. A sensibilidade de quem está próximo no acompanhamento da situação, talvez seja o adequado. Um estar sem impor, um respeito, um ombro, só se for pedido. Digo eu, considerando que pouco sei...

    Um beijinho Helena.

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  3. O título deste 'post' diz tudo.
    Ninguém merece uma coisa assim.

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  4. É para mim inimaginável a dor de quem perde um filho e desejo muito que o seja sempre!
    Arrepiei-me quando soube, senti-me solidária com Judite de Sousa. É contra natura os filhos partirem antes dos pais, mas infelizmente acontece.
    Espero que a Judite recupere e encontre forças para prosseguir o seu caminho.
    Beijinho
    FL

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  5. Tenho a certeza que a Judite ia gostar do seu abraço, do seu olhar, por vezes basta um olhar para perceber o que vai na alma... a sua dor é a ela!
    A Judite ficou sem a sua estrela maior, dedicou-lhe o seu último livro estas palavras dizem tudo!!

    O meu filho é o homem da minha vida. É o único homem que nunca me desiludiu.

    Só desejo à Judite a força que a Helena transmite aos seus leitores..nem todas as mães a têm.A minha madrinha ficou sem o seu filho unico hà 7 anos para ela a vida deixou de ter significado...

    A letra do Pedro Abrunhosa diz muito...

    Quem me leva os meus fantasmas?
    Quem me salva desta espada?
    Quem me diz onde é a estrada?
    Quem me leva os meus fantasmas?
    Quem me leva os meus fantasmas?
    Quem me salva desta espada?
    E me diz onde e´ a estrada

    Carla



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  6. Um abraço para si, também, do tamanho do mundo. Tenho 70 anos, apenas um filho, mas não imagino a dor, quer por doença como o Miguel (de quem era muito Amiga), quer por acidente, como esta do André.
    Acabo de ver a sua maravilhosa entrevista no «Baseado numa história verídica» - grande Mulher e grande exemplo (deviam repetir em horário nobre, em vez do comentário do comentário dos treinadores de bancada, tanto do futebol como da política). Seria pedagógico...

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  7. Este fim de semana lembrei-me que li há uns anos uma crónica da Inês Pedrosa, publicada na revista do Expresso, e fui à procura. Era sobre outra mãe e sobre outro filho, mas era sobre todas as mães e todos os filhos.
    Nestas alturas restam, de facto, as palavras. Que não mitigam a dor, mas dão um amparo.
    Partilho consigo, com um forte abraço:

    http://expresso.sapo.pt/a-morte-do-filho=f445725

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  8. Mau demais para ser verdade...
    Muito,muito triste.
    Kkkkkkkk

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  9. Dra. Helena, se puder dê-lhe esse abraço!
    Um beijo,
    Ailime

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  10. Que dizer,quando tudo que se diga é Nada...
    É reaprender,é sobreviver.
    É uma dor que desatina em doer.
    Só a Luz divina há-de ajudar,a fé,a oração....
    Uma benção de união de almas que se amam,para este Amor Maior de Filho e Mãe.
    Fátima

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  11. Quando se fica sem o Melhor que se tem,é o vazio ...
    Viver "em vazio",é a maior provação do ser humano.
    Muita Luz e Força para superar tanta dor.
    FT

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  12. “A morte de um filho é uma gravidez às avessas
    volta pra dentro da gente
    para uma gestação eterna.
    Aninha-se aos poucos
    buscando um espaço
    por isso, dói o corpo
    por isso, o cansaço.
    A morte de um filho é essa gravidez ao contrário,
    E como numa gestação ao contrário
    a dor do parto é a da partida
    de volta ao corpo pra acolhida
    reviravolta na sua vida.
    A morte de um filho é essa gravidez ao contrário
    mas com o tempo, vai desinchando
    até se transformar numa semente de amor
    e que nunca mais sairá de dentro de ti.”
    Bruno Gouveia
    DrªHelena vá dar esse abraço a essa mãe,a dor dela é a sua,melhor que ninguém a entenderá,e um abraço custa tão pouco e faz tão bem...
    bj em seu coraçao
    Tuxa Duarte

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  13. Senhora D. Helena

    Um abraço forte, sem palavras, para si e para a D. Judite de Sousa. Não conhecia o André, conhecia o Miguel e sei que a Senhora neste momento está com o coração muito apertado. Força e coragem para ambas. Bem Hajam!

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  14. Ailime e Tuxa
    Se eu fosse hoje dar à Judite de Sousa o meu abraço, a comunicação social não perderia pitada do encontro. E isso, é o que menos quero.
    Hei-de tentar dar-lhe esse abraço quando possamos estar as duas sem mais ninguém à nossa volta.
    Mas fiz-lho chegar, sincero, por comum amigo.

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  15. Perder um filho único é perder o Norte,o Sul,o Este,o Oeste.
    É ficar á deriva num mar tempestuoso de escuridão.
    Que a fé que move montanhas,mova esta mãe - e todas que passam pelo mesmo -,para a Luz serena de paz.
    Que Nossa Senhora de Fátima o receba.
    :-(

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  16. Um filho é parte de nós e para as mães que têm de conviver com a dor da sua partida extemporânea o vazio toma conta do corpo e da alma.
    Valha-lhes a Fé e a Esperança de que poderão um dia juntar-se-lhes.
    Eu acho que mesmo sem os verem eles estão sempre presentes nas suas vidas.
    Mas tentar aprender com a Helena a ter força,ânimo e vontade de seguir em frente pelos outros membros da família, será certamente a melhor maneira de lembrar quem partiu.
    Que Deus ajude a Judite neste momento de dor e angústia para que possa seguir em frente.
    Um abraço para si

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  17. Lembrei-me de si, Helena, quando soube deste acidente que me deixou prostrada. Serão poucas as pessoas com uma força anímica tão grande quanto a da Helena.

    Uma dor destas não é maior ou menor por ser filho único ou não. É uma dor que imagino desmesurada pois só de a imaginar já eu fico aterrorizada.

    Disseram-me que a Judite de Sousa teria saído do hospital em cadeira de rodas e eu não sei se é verdade ou não. O que sei é que imagino que a vida toda se esvaia perante um desgosto tão imenso. Nunca na vida a Judite deve ter imaginado que isto um dia poderia acontecer e mesmo estando habituada a todas as notícias e a todas as desgraças, uma coisa destas deve ter sido uma morte dentro dela.

    Provavelmente ela também pensou em si e na sua força para enfrentar uma desgraça sem tamanho. Talvez, pensando na forma estóica como tem conseguido viver com o seu Miguel dentro de si, a Judite consiga reunir forças.

    Um abraço, Bárbara Helena.

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  18. Boa noite Drª Helena.

    Agradeço a sua disponibilidade e gentileza ao pedido que lhe fiz, pois recebi hoje o mail do Sr. José Carvalheira.

    Ao qual já respondi com os dados que me foram pedidos.

    O meu muito obrigada.

    Helena Fernandes

    P.S. Mais uma vez peço desculpa por utilizar este meio de contacto.

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  19. Nesta hora de dor quem de nós não gostaria de lhe dar aquele abraço.
    Para a mãe ainda é um sonho do qual só irá acordar passado mais tempo .
    Dor Sem Fim .

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  20. Boa noite Ex.ma Sra Dra.
    Que o Espírito Santo proteja todos os que sofrem pela perda de um filho.
    ES

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  21. Querida Helenamiga

    Perdi o meu irmão mais novo (éramos três) que se suicidou. Foi-me muito difícil, tanto mais que estava no Brasil quando me telefonaram a dar a triste notícia. Ele tinha acabado de fazer 33 anos.

    Criei o filho que deixou como se fosse o meu quarto, pois como sabes tenho três. Foi o que pude fazer e fi-lo de bom grado porque me saiu um bom "filho"

    Conheci a Judite quando veio do Porto durante a "Tempestade no Deserto" que por diversas vezes comentei na RTP. Ela e o José Alberto de Carvalho.

    Morou no meu "bairro" e por vezes trocávamos uns olás. Agora, ainda não fui capaz de lhe ir dar o abraço a que dizes maior do que o Mundo. Estou a ganhar coragem.

    Qjs

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  22. Perdi o meu filho em 2010 com 25 anos. Uma escuridão colou-se a saudade dói nada é como dantes tudo é diferente... fiquei órfão de alguém tão especial.
    Este blog tem sido um alimento tem sido aquele abraço mas tudo está a ser tão difícil e como qualquer perda de filho me toca tanto.
    Não tenho palavras só pensamentos e orações. Como é difícil sobreviver!!!

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  23. Bom dia Helena,
    Não consigo deixar de pensar na Judite, como pensei em outros momentos em outros pais que conheço... os filhos são o nosso alimento, a nossa inspiração, a força quando a perdemos...
    Não existem palavras que confortem esta dor, mas existem pessoas que passaram por o mesmo que podem partilhar os mesmos sentimentos...partilhar as emoções, aliviam a alma, a cura pela fala...essa dor numca vai sarar mas existem profissionais que nos ajudam a compreender melhor tudo...
    Envio um caloroso abraço a todos os pais que estão a passar pela dor maior...



    "Torne o resto da sua vida tão significativo quanto possível..
    Consiste apenas em agir levando os outros em consideração.
    Assim, encontrará paz e felicidade para si mesmo."
    Dalai Lama

    Carla

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  24. Que o André encontre hoje o caminho do céu e seja a estrela que guie os seus pais,família e amigos.
    A paz do Senhor esteja com todos.
    CS

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  25. Acho que não aguentava a perda dum dos meus filhos. Desde que me separei, são eles a razão de ser da minha vida, sobretudo a minha filha que sofre de esquizofrenia. Saber que eles estão bem é para mim um tónico, pois sem isso, não sou feliz, nem consigo imaginar-me a gozar a vida...
    Depois de os ter "nunca mais a vida foi igual". Os meus filhos e netos são a minha alegria. Embora reconheça que renunciei a muito por eles e que me desliguei da vida social, dou-o por bem empregado. Eles contam comigo. E eu com eles.

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  26. Pode um grão de areia suportar uma dor do tamanho do universo?!
    A minha palavra,como os pais pediram - André.
    Teresa

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  27. Na Igreja do Colégio São João de Brito, foi, há instantes,rezada uma missa de corpo presente. O corpo do jovem será transportado para cemitério do Alto de São João, em Lisboa, e será cremado às 16h00.

    O adeus a André que se 'limita' ao corpo. Porque quero acreditar, acredito, que o espírito do André seguirá um rumo diferente: a Luz.

    Judite está muito abatida e a família teme por ela.
    Que tenha muita Força.

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  28. Não são precisas palavras para todas as mães se comunicarem num momento como este. Não preciso conhecer pessoalmente a Judite para lhe enviar toda a minha solidariedade e todo o carinho do meu coração. Que Deus lhe dê força, coragem, alguma luz que a inspire. Que bom, Helena, que lhe enviou o seu abraço, acredito que esse abraço seja muito reconfortante para ela, talvez como poucos outros. E que no seu abraço, tão especial, Judite receba muitos outros abraços, também o meu e os de todas as mães que neste momento gostariam de lhe aliviar a dor e confortar. O meu abraço para si também.

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  29. A perda que assombra qualquer pai, qualquer mãe ... nem todos a ultrapassam, o que é compreensível, admiráveis os que conseguem manter acesa a luz dentro de si.
    Um bem haja!
    Cumprimentos,
    Cláudia

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  30. Estranho muito que nunca se fale do pai.
    Desculpem a minha ignorância

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  31. Sempre que isto acontece revivo os momentos de dor que passei há uns anos com uma aluna.
    Cuidei da menina desde os 3 anos e aos 7 "iraram-ma" foi muito duro, não sabia o que fazer, o que pensar, o que sentir, foi um choque enorme que não têm comparação com a dor de perder um filho: por muito que gostemos dos nossos alunos nunca serão como filhos.

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  32. Tenho muito medo da morte. Da minha e daqueles que me são muito queridos. A dor da perda é irreparável, e também já me tocou.
    A frase “respeitem a minha dor” que Judite de Sousa proferiu aquando do trágico acontecimento, (que muito lamento) chocou-me.
    O que me aflige é pensar que a extensão da dor não afecta os pobres, os desamparados, os desprotegidos, os incultos, o Povo. Que tanto a Judite de Sousa como a TVI gostam de expor em directos e reportagens, nos telejornais e afins.
    “Respeitem a minha dor”, deve ser a frase que todos devem fazer respeitar! E a jornalista Judite de Sousa deve pensar muito bem nisso quando voltar ao trabalho.
    Pareço cruel, mas não é essa a minha intenção. É chamar a atenção do cuidado que certos assuntos requerem quando são tratados e, principalmente, quando são tratados em televisão. Porque aí temos a exposição total, ao ponto de chegar a ser atroz. Onde está o respeito?
    É cruel a forma como tratamos o nosso Povo, a populaça, como o expomos à crueldade de um valor maior - audiências e dinheiro.
    Mas quando nos toca a nós, a coisa muda de figura...

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