sábado, 31 de maio de 2014

Do virtual ao real


No meio desta aventura que é a blogosfera, ganhei alguns amigos. Ontem decorreu um animadíssimo jantar que me juntou com quatro comentadores habituais deste blogue. Falámos de tudo o que aqui se ventila, contámos peripécias da vida de todos nós, abordámos a política nacional, comemos bem e bebemos melhor.
Sempre gostei de conhecer pessoas quando lhes sinto afinidade intelectual ou afectiva. Era o caso, uma vez que, individualmente, eu já tinha tido oportunidade de conhecer todos nos meus lançamentos. Mas entre si só se conheciam dois a dois, o que tornou o encontro muito divertido.
Acabaríamos às duas da madrugada com uma verdadeira surpresa. Um dos participantes havia deixado as luzes do carro ligadas e por isso a bateria fora à vida. Salvou-nos um previdente comentador que tinha no seu carro tudo o que era necessário para carregar a bateria. A segunda surpresa havia de chegar quando, passados 20 minutos sobre esta contastação, verificámos que o empregado do parque de estacionamento pese embora tivesse sido informado  do que se passava decidiu, sem avisar ninguém, ir-se embora e deixar-nos fechados no parque...
Enfim, uma aventura digna dos tempos que atravessamos, em que o profissionalismo e a solidariedade perante uma situação inesperada não existem e um empregado resolve sair sem cuidar de dar qualquer ajuda ou se importar com o que pudesse acontecer-nos. Pelo menos não conseguiu estragar-nos a alegria do jantar...nem evitar que a amizade virtual que já nos unia, se tornasse um pouco mais real!

HSC

13 comentários:

  1. Há quem diga que a blogosfera não presta. E invoca uma série de 'defeitos' que no seu entender a colocam num cenário quase dantesco.

    Não tenho essa ideia. A blogosfera é fita, dia a dia, passo a passo, por seres humanos. Logo, imperfeita. Contudo, nem por isso lhe retira a seriedade que a maioria das pessoas lhe imprime.

    Gosto desses encontros onde o principal é um convívio são, onde se conversa de tudo, em tom sério e muito a sério.

    Os meus cumprimentos, estimada Helena. Com votos de um bom fim de semana.

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  2. Há cerca de 20 anos, numa visita a um familiar em Zurique, aconteceu algo parecido. Recordo que o meu cunhado deu conta do que aconteceu à polícia e, em cerca de 15 minutos, estava tudo resolvido. Mas foi na Suíça...

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  3. O episódio "parque de estacionamento" é na verdade um triste indício de um tempo feito de egoísmos, indelicadezas e desumanidades - e por isso tem que ser denunciado, mas também não deixa de ser um episódio rocambolesco que veio "apimentar" ainda mais uma noite especialmente alegre e divertida.
    E o que há nela de mais enternecedor é para mim uma recente descoberta. Eu sabia que as amizades são fruto de uma casualidade qualquer, que há pessoas a quem sentimos que alguma coisa nos liga, que há afinidades, empatias e cumplicidades que se vão fazendo afecto e que não sabemos, não podemos, nem precisamos de explicar.
    Mas só há pouco descobri que elas podem também começar pelas palavras e só depois materializarem-se num corpo e confirmaram-se no fundo de um olhar.
    E essa é uma magnífica e enriquecedora descoberta... :)

    Gosto muito de si, Helena!
    Um beijinho
    Isabel

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  4. Gostei particularmente do à-vontade com que se saltou em defesa de um bom charuto.

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  5. As donzelas esvoaçantes deram-me um apetite medonho; felizmente, o Carmim sossegou-me...

    Prescrição: repetir com regularidade...

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  6. Filmar aquelas meninas a empurrar a cancela do parque de estacionamento para cima, enquanto saíamos, dava um excelente teaser para um filme do 007. No final, todos salvos e livres.

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  7. Meus queridos amigos foi mesmo um bocado de bom convívio do qual, acredito, vai sair reforçada uma bela amizade entre todos nós.

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  8. Uma noite com marca, portanto. Não há dúvida, é para continuar... :)

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  9. Uma noite de coração aberto sem dificuldade de partilha, fruto de uma sentida amizade que começou por ser virtual e que agora todos sabemos que é mais do que real.
    À responsável por esta agregação envio um abraço apertado, daqueles que não fazem doer os ossos mas que inflamam qualquer alma.

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  10. É sempre bom olhar olhos-nos-olhos quem está por detrás deste monitor e ao longo de anos já conheci algumas pessoas e parte delas digo que são mesmo amigos(as).

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  11. Ola boa tarde
    Como gostaria de um dia participar

    mas é uma daquelas coisas que jamais poderei realizar, é que para mim ainda há coisas que são impossiveis

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  12. Bela história! Votos de muitos jantarinhos, com o calor da Amizade!

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  13. Tão engraçado e tão real.
    Descobri hoje o seu cantinho e estou
    encantada.
    Vou voltar sempre que possível.
    Bem haja.

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