O meu fim de semana acabou da pior forma, com a perda de Manuel Forjaz, um homem de 50 anos, na pujança da vida.
Estava feliz, desde sexta feira, a gozar a companhia da família, em casa do meu irmão mais novo - retornado de dois meses nessa África onde nasceu e que tanto ama -, quando recebi a triste notícia, neste desgraçado mês de Abril que, desde há dois anos, cortei do calendário. Esta morte é mais uma razão a juntar ao desamor que lhe voto.
O Manuel pediu a todos nós que não usássemos preto e que não chorássemos. A simplicidade do caixão - uma mera caixa de madeira natural - diz muito da forma como viveu e como determinou que fosse encarada a sua morte. Eu misturei preto e vermelho para lhe fazer a última visita, vestida como tinha ido para o repasto familiar. Os amigos eram já muitos à sua espera, cumprindo o seu pedido.
Só espero que ele possa dar, hoje, ao meu filho Miguel, o abraço que lhe mandei!
HSC
Minha querida Helena:
ResponderEliminarDo Manuel retenho esta frase: "Por mais difícil que seja a situação por que estás a passar, se estiveres atento vais reparar que a vida é uma dádiva maravilhosa que não se pode desperdiçar."
E hoje relembro as palavras do padre Tolentino de Mendonça, há cerca de um ano na Capela do Rato:
a imortalidade consiste também no facto de os nossos sonhos e tudo o que nós somos perdurar para além de nós.
E estou certa que o Manuel fará, hoje mesmo, o que lhe pediu...
Dou-lhe um abraço muito apertado
Isabel
Dra Helena,
ResponderEliminarhoje a única coisa que me apazigua a alma é saber que as " malditas ratazanas " já não o incomodam mais,e por outro lado saber que tem o Grande Amigo Miguel á sua espera e com certeza os anjos e querubins cantando e tocando arpa e flauta de Pan.
O sol hoje brilhou e a sua alma elevou.
Guardo o seu sorriso,a sua força e o seu carisma.
Á esposa,filhos e Amigos uma benção de Luz,Paz e Força.
O seu abraço será entregue e com muito Amor.
Para si Coragem para este malfadado mês.
Quando soube da partida de Manuel Forjaz senti-me mais só, neste mundo cheio de tanto esquecimento e tanta dor, apesar do Sol finalmente nos ter, hoje, enchido com o seu brilho.
ResponderEliminarEm paz, estou quase certa, estão hoje juntos seu filho e o Manuel e tantos que nos deixaram!
Um abraço grande e amigo, Zia
Hoje para mim e para o meu marido é um dia especial, fazemos anos de casados, mas quando soube desta triste notícia não consegui conter as lágrimas por alguém que, não conhecendo pessoalmente, admiro muito.
ResponderEliminarAbraço-a Helena neste mês de Abril.
Também lamento a partida de Manuel Forjaz,embora na ultima entrevista ao Daniel Oliveira ele deu a entender que se apercebia que o fim estava perto.
ResponderEliminarEstou certa que não vai esquecer o abraço que a Doutora Helena manda para o Miguel.
Gosto tanto da Doutora Helena que lamento que o mês de Abril (mês do meu aniversário) seja tão triste e não goste dele.
Posso mandar-lhe um grande abraço e um beijo amigo?
É do coração.
Foi pelo seu blogue que conheci este Homem tão singular. Foi o seu post que me levou a comprar o livro e a lê-lo de fio a pavio numa viagem de comboio em Inglaterra, foram as suas palavras que me incitaram a descobrir mais, a ver todos os programas e até a sugerir temas na página do FB do Manuel. Ainda ontem escrevi algumas sugestões para o próximo programa sobre política, que infelizmente não irá para o ar.
ResponderEliminarAgradeço-lhe a si, Helena, por me ter feito acreditar que é possível vencer um cancro e não só: continuar a amar a Vida acima de tudo!
Bem haja o Manuel Forjaz.
Os superhomens, afinal, existem! :
Cara dra Helena,
ResponderEliminarQuem tem um Amigo assim tem um tesouro eterno.
Um Homem tão bonito por fora e tão lindo por dentro.
A luz do seu olhar jamais se apagará pois está gravada na alma dos que dele gostavam.
O céu ganhou uma Estrela e nós ganhamos uma Luz para nos guiar.
Até já.
E eu que só há poucas semanas soube do que se passava com o Manuel Forjaz !...
ResponderEliminarEsteja tranauila, HSC, o abraço foi dado há horas, já que a viagem ainda é mais curta do que a vida.
Melhores cumprimentos.
São grandes homens, como este, que nos fazem bem.
ResponderEliminarSão grandes homens, como este, que nos fazem pensar na essência da vida, porque vale a pena vivê-la por nós mas com os outros.
São grandes homens, como este, que ao superarem a dor elevam o espírito, dando-nos desse acto testemunho.
E, com esse testemunho, incitam-nos a acreditar em nós e nos outros.
Ouvi-o e vi-o e também eu acreditei que é possível vencer o que se pensa invencível.
São grandes homens, como este, que nos fazem esquecer os outros que o pensam ser.
Porque são exemplo de vida e de desprendimento.
Que não se rendem ao infortúnio nem se vangloriam da fortuna.
Que se tenha cumprido a sua ideia de inteligência transcendental.
Atentamente
Rui Carlos
É mais um daqueles dias tristes...mesmo. A minha irmã festejou hoje os seus 26 anos de vida e eu mal liguei o computador de manhã, leio esta notícia.
ResponderEliminarNão conheci o Manuel pessoalmente, mas aquilo que nos transmitiu...era como se fizesse um pouco parte de nós.
Temos amigoe em comum, também estudei no ISCTE há quase 20 anos, já passei por fases turbulentas na minha vida, e a forma como o Manuel encarava e verbalizava as coisas, marcou-me.
É uma pessoa que não esquecerei e não fosse o facto de estar sozinha com a minha filha de 3 anos, também gostaria de, como mera anónima lhe ter ido prestar a minha singela homenagem.
Querida Helena, faço minhas as palavras da nossa amiga Isabel Mouzinho. E finalizo, acreditando que a morte não é o fim, mas, sim, o maior dos sonos profundos (parafraseando o Evangelho de hoje) sendo que, no final, todos retornaremos à Vida....
ResponderEliminarAbraço grande, aquele que envio em ocasiões muito especiais...
Paz à sua alma e força Dª. Helena porque tudo se ultrapassa...menos a perda de um filho.
ResponderEliminarQuerida Drª Helena:
ResponderEliminarLembrei-me da Senhora, quando li a notícia no JN on-line.
Mais uma partida de Abril!
Vânia Batista
Um abraço apertado.
ResponderEliminarLembrarei sempre o seu sorriso e
ResponderEliminara forma como enfrentou a doença
e nos falava.
Fiquei muito impressionada quando
soube e imediatamente liguei a
notícia a si e ao seu filho Miguel.
Estarão certamente falando agora
noutra dimensão.
Os bons vão embora cedo demais.
Eu compreendo que não goste de
Abril.
Bj.
Irene Alves
Hoje, ao dar uma vista de olhos ao blogue "Jornal Alpiarcense" encontrei este post que resolvi enviar-lhe,espero que goste...
ResponderEliminarOPINIÃO: "O Miguel era o Miguel e mais o sorriso e as gargalhadas dele"
Por: Isabel Faria
“Não está nada escrito. Mas há uma coisa que sei: ao chegar ao fim da vida, quero poder olhar para trás e dizer: terei feito algumas asneiras, mas no conjunto posso partir, lá para onde for, com tranquilidade.” (*)
Não sei quando conheci o Miguel Portas pessoalmente. Para mim, desde sempre que acho que conheço o Miguel…desde sempre.
O Miguel não foi só (como se fosse pouco o só), meu camarada de partido. Foi meu amigo, meu cúmplice de risos, de sorrisos, de lágrimas, de dúvidas. Partilhámos palavras (tantas palavras!), silêncios, medos, desencantos. Caminhos. E muitos, muitos sonhos. E desencontrámo-nos muitas vezes. Tantas vezes. Sem nunca nos termos perdido.
Fiz a campanha eleitoral com o Miguel, para as Europeias de 2009. A única que fiz a tempo inteiro…a última de coração e cabeça inteiros. E se hoje me perguntarem das primeiras coisas que me vêm á cabeça desses dias, a resposta vem rápida e sem hesitações: do sorriso e das gargalhadas dele…e dos seus atrasos. Tínhamos sempre que esperar por ele e depois estávamos todos com vontade de lhe bater, de tão zangados…mas ele sorria. Pedia desculpa e…pronto. O Miguel era o Miguel e mais o sorriso e as gargalhadas dele. Eu acho que a única coisa em que o Miguel nunca se atrasava era nos afectos…até ao fim. E nas gargalhadas. O último sms que recebi dele, três ou quatro dias antes de ir embora, já no hospital e muito doente, termina com um smile…
Não que tivesse sempre bom feitio, longe disso…mas encontrava sempre uma forma de lhe desculparmos isso. Uma vez, depois de uma discussão grandota por causa do Alegre e do BE e outras coisas assim, dias depois de eu ter abandonado a Mesa Nacional do Bloco…chamou-me sectária e irresponsável. “Esquerdista dum raio!”. E eu desliguei o telefone, zangadíssima. Passados uns segundos tinha um sms do Miguel a perguntar-me como é que eu fazia as pataniscas de bacalhau, de que tínhamos falado, dias antes dos gritos ao telefone. Seguiu a receita…veio de volta o sorriso. Como é que uma pessoa pode ficar zangada com alguém com quem partilha receitas de pataniscas por sms?
Miguel Portas
Um dia, estava ele na Praia das Maçãs e eu na hora de almoço do trabalho, e liguei por causa de um artigo qualquer que tinha saído num jornal. Um artigo nada simpático sobre declarações de alguém da Direcção do BE, sobre as divergências dentro do Bloco. Eu entrei com um sonora e agressivo “Camarada, não tenho paciência pra vocês!”. Uma gargalhada e…o artigo ocupou dois minutos da conversa. O resto da minha hora de almoço foi a falar de paixões, de filhos, de amigos, viagens, amores, da vida e...de peixes! Acabámos por deixar a conversa sobre os peixes para mais tarde, porque eu tinha que voltar ao trabalho e ele ao seu livro. É das muitas que ficaram por terminar.
No meio da encruzilhadas destes dias, do frio, do desnorte da Esquerda, do cinzento, só não consigo falar da falta que o Miguel Portas nos faz, porque sou extremamente egoísta. Fico presa à falta que o Miguel me faz a mim. E não consigo verbalizar a certeza (minha, e por isso sem hipótese de ser contestada, e certeza, portanto sem hipótese de ser questionada) de que a Esquerda seria outra Esquerda se o Miguel cá estivesse.
Não há homens insubstituíveis? Claro que há! Os nossos são sempre insubstituíveis. Cada um dos nossos. E o Miguel Portas era dos nossos. O Miguel também.
Daqui a três semanas faz dois anos que o Miguel foi embora. Este texto não teria nem mais nem menos sentido ser escrito a 24 de Abril ou hoje. Do que me lembro destes quase dois anos, não houve dia em que não lhe tivesse cantado esta canção. E rimo-nos sempre.
http://youtu.be/Kcl8krRlTJk
(*) Miguel Portas, Julho de 2011.
Não consegui impedir as lágrimas.
ResponderEliminarMas aqui fica a homenagem.
http://youtu.be/N5wVZwdHmRY
E tentarei não parar de acreditar.
Obrigada por tudo Grande Manuel.
Dra tenha fé,força,acredite que o seu desejo será realizado.
Também Maria sofreu por Jesus e vai olhar pelo Miguel e pelo Manuel como Mãe.
Um dia estaremos novamente com os que Amamos.
Dra Helena,
ResponderEliminarhttp://youtu.be/fP-QhMhN3NI
Este presente é para si e também para Helena Forjaz.
A
Senhora,e se eu lhe disser que este mês de Abril alguém estará orando com fé pelo seu Miguel e pelo seu Amigo Manuel,isso é ... * Amar o Próximo.
ResponderEliminarExtensivo ao seu filho Paulo,Netos,Amiga Helena F e Filhos,uma enorme Benção de Luz e Força.
http://youtu.be/cJuOc0Ld1uk
Goodbye Miguel * Goodbye Manuel *
Ambrósio
sabe, pareceu-me que no dia da apresentação do seu livro, Manuel Forjaz apresentava um rosto de extremo cansaço...
ResponderEliminarlutou até ao fim
era uma enorme força da Natureza!
estão seguramente em paz.
Um bom domingo!
ResponderEliminarE não se distraiam,olhem para Ele.
:-)
A
A dor de Mãe ??? Inexplicável.
ResponderEliminarEstou certa de que o seu filho
Miguel olha para si , todos os dias. Paz á sua Alma . Cara Dra Helena , por isso é importante viver intensamente com quem está neste mundo e que de alguma forma nos mereçe.
E o seu filho Paulo , quer vê- la sorrir !
Coragem e sempre que precise estarei aqui para ouvi - la .
Xi coração
Maria
Para a Bichica e filhos.
ResponderEliminarhttp://youtu.be/8fAzcNIsT5I
Neves stop believing!
1 mês de muita saudade,mas tenham fé.
A