domingo, 2 de março de 2014

Famílias...


Decidi este fim de semana, ou melhor hoje, ir ver “Um quente Agosto”. Apanhei um fortíssimo murro no estômago, tal a violência psicológica ali narrada.
Não há famílias felizes e muito menos perfeitas. Mas aquela que  é retratada ultrapassa tudo quanto se possa imaginar.
Realizada por John Wells - um escritor e produtor de filmes e de séries de televisão de sucesso, várias vezes premiado, - a película é baseada na peça homónima de Tracy Letts, August: Osage County, vencedora de um Prémio Pulitzer e conta-nos a história das mulheres da família Weston, cujas vidas se afastaram até que uma crise familiar as re-aproxima e traz de volta à casa onde cresceram e à mãe que as criou.
Meryl Streep encarna de tal forma essa mulher a que hoje chamaríamos de disfuncional, que o soco que apanhei na alma e no corpo, mais não foi do que a consequência dessa fabulosa interpretação.
Dois actores secundários - Julia Roberts e Sam Shepard, de quem sou fã - completam o painel desta narrativa que, até aos últimos minutos, não pára de nos surpreender. 
É um bom filme, mas vá preparado porque até à derradeira cena, não há um minuto de acalmia. E, se é emocionalmente frágil, pense duas vezes...mas não deixe de ver a interpretação destes monstros sagrados!

HSC 

11 comentários:

  1. Tem piada, Helena, também vi o filme este fim de semana (ontem) e acabei de escrever sobre ele. É um filme forte psicologicamente, sim, mas vale sobretudo pela força das interpretações, acho eu, com especial destaque para Meryl Streep, a provar uma vez mais o que já todos sabemos: que o seu talento é inigualável.
    De resto tinha ouvido falar tanto do filme e tão bem que não pude deixar de sentir uma ligeira desilusão.

    Um beijinho

    ResponderEliminar
  2. Não deixo não!... Gosto muito de todos esses monstros sagrados.
    Obrigada Helena e boa semana
    Beijinho :)

    ResponderEliminar
  3. Senhora,depois do murro no estômago apetece-me enviar- lhe uma música que lhe acalme o espírito e a deixe calma e serena.
    Que tal Diana Krall - When I Look in Your Eyes.?
    Uma boa noite!
    E obrigado pelo bem haja!
    Ambrósio

    ResponderEliminar
  4. Concordo em absoluto com a sua análise, Helena. Também vi o filme este fim-de-semana e senti que "essas" duas (Meryl Streep e Julia Roberts) nunca, ou quase nunca, me desiludiram. É um filme denso, profundo e muito interessante se nos detivermos na desfuncionalidade dessa família, igual a tantas que conhecemos! E quanto à prestação dessas duas... bem, isso só posso comentar como SOBERBAS!!!
    Um beijinho... quase não tenho comentado os seus posts, mas "passo" sempre por aqui!!

    ResponderEliminar
  5. Pois nós vimos ontem ao fim da tarde.
    A interpretação da Meryl Streep é fabulosa ese não ganha o Oscar de Melhor Actriz Principal, não sei quem possa ganhar !

    Melhores cumprimentos.

    ResponderEliminar
  6. Ainda bem que me avisa, pois tencionava ir ver na 3ª feira....custa-me muito ver Meryl num papel desses, pois adoro-a. Também gosto imenso da Julia Roberts e espero aguentar a tensão!

    Bom Carnaval, Helena!

    ResponderEliminar
  7. Não podia estar mais de acordo consigo! Retrato nuo e cruo. Ou como o passado e suas vivências marcam para sempre. E nada nem ninguém no filme é supérfluo, como por exemplo o Little Charley, que às tantas só queremos abraçar e apoiar.

    P.S. Sobre a Maryl já não há palavras e a Julia Roberts acaba sempre por ser uma surpresa, mesmo depois de já ter dado provas.

    Cris

    ResponderEliminar
  8. Tb achei absolutamente fabuloso!

    ResponderEliminar
  9. Vi e..

    crude movie !
    nude words !
    heavy dutty !


    not light!
    not lovely..


    Jonavigator

    ResponderEliminar
  10. Confesso que vi o filme, e que também levei um valente murro no estômago!! e uma tremenda desilusão!!
    Esperava mais... de tão bom elenco... mas... a realidade da vida é muito imperfeita... e ali é retratada parte dessa imperfeição da vida....

    ResponderEliminar
  11. Um quente agosto,filme muito forte em que as emoções reagem, uma vez que aquela família é bem realista, será mesmo realidade para muito "boa gente".
    Beijinhos, Zia

    ResponderEliminar