terça-feira, 8 de outubro de 2013

Padeira de Aljubarrota

Começo por fazer uma declaração de interesses: sou muito amiga da Maria João Lopo de Carvalho que, pelas muitas qualidades que possui, é das pessoas que mais amigos merece ter. E tem.
Acaba de publicar um novo livro, a Padeira de Aljubarrota, um romance que promete e estará nas livrarias na última semana deste mês, mais concretamente a partir do dia 20. Com efeito, a autora pega numa lenda tradicional portuguesa e nas muitas histórias que correram sobre Brites de Almeida que, numa aldeia perto de Alcobaça, havia de contribuir para assegurar a independência do reino e, com estes ingredientes, tece uma obra de costumes e descreve o amor desmedido à pátria de uma mulher do povo que no século XIV havia de dar a volta ao seu destino.
A Maria João tem sempre algo de comum com as heroínas das suas histórias. Ao ler este livro vi, em muitas ocasiões, a força da sua autora. Conheço-a há muitos anos e nunca a vi sem um sorriso nos lábios ou sem a esperança daqueles que acreditam que só pelo trabalho se consegue chegar ao cimo da escada.
De facto, a sua obra que se estende por cinquenta títulos entre romances, manuais escolares, livros de crónicas e infanto - juvenis, é bem a prova disso. Este é o seu segundo romance histórico, que se seguiu à Marquesa de Alorna e que vai constituir, seguramente, outro sucesso.

HSC

13 comentários:

  1. Querida Helenamiga

    Gostei imenso da Marquesa de Alorna. Por isso penso que também vou gostar da Padeira de Aljubarrota. Depois de o ler - digo-te.

    Mas estou triste porque me abandonaste e nunca mais foste à nossa Travessa. Será que te tratei mal? Que te ofendi? Que te insultei? Creio bem que não; mas (lá vem a fatídica adversativa como diz o Seixas da Costa...) se por acaso algo fiz, dou a mão à palmatória e peço-te desculpa...

    Qjs

    Henrique

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  2. Meu querido Henrique
    Nada disso. Nunca serias pessoa capaz de me magoar.
    Não tenho ido à Travessa porque, estive a acabar o meu novo livro e porque, na minha posição, ler sátira política -que percebo - seria um pouco masoquista da minha parte... e hoje ela está na ordem do dia. Mas gosto muito de ti e prometo que te vou visitar!
    Qjos

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  3. Gostei muito da Marquesa de Alorna.

    No fim-de-semana, já vou procurar a Padeira de Aljubarrota.

    Isabel BP

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  4. Cara Isabel BP
    Só a 20 de Outubro é que ele vai para as livrarias. Por isso não vá antes!

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  5. Lembro-me da primeira vez que a minha avó Ária me contou esta história e lembro-me de ter ido espreitar o forno que ela tinha em casa a ver se lá cabiam espanhóis:)

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  6. Apesar de ter lido As Luzes de Leonor de M Teresa Horta, uma obra monumental e ousada, como a própria autora e como a sua avó em 5º grau Leonor de Almeida, Alcipe- Tb gostei de ler A Marquesa de Alorna de MJoãoLC. Apesar de não se poder comparar com a primeira, é uma obra feita com muito empenho e honestidade.
    Não vou a correr comprar os livros de MJLC, mas li a Marquesa de Alorna e como já disse, gostei.
    A figura da Padeira de Aljubarrota como me foi transmitida pela escola não me entusiasma, depende do modo como MJLC tratar este tema. Poderá tb valer pelo modo como nos mostrar o Portugal dessa época.

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  7. Acho interessante que MJLC escreva tb sobre uma figura feminina popular e não só sobre figuras da realeza como fazem em geral alguns autores «especializados» e, nalguns casos mesmo sobre raínhas e damas cuja vida não tem interesse nenhum.
    Na verdade MJLC não escreveu sobre uma dama qualquer mas sobre a Marquesa de Alorna uma mulher muito avançada para o seu tempo.
    Sobre a Padeira à pazada nos espanholitos, o que é que ela terá escrito, fico com curiosidade.

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  8. Cara Helena,

    Obrigada pela informação que o livro só é publicado dia 20 (até está indicado no post), mas ler tanta coisa depois de um dia de trabalho dá nestas distrações :))

    Isabel BP

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  9. Não sei se M João LC ganhou ou perdeu por a sua marquesa de Alorna ter saído ao mesmo tewpo que a obra de M Teresa Horta. A obra grandiosa visionária e complexa de M Teresa H não é fácil de ler e hei-de voltar a ela, embora tenha lido o livro na íntegra. Fui lendo os dois livros intercalados e com paragens. No meu caso nunca tinha lido nada de M João LC e talvez não tivesse lido se não fosse as Luzes de Leonor. Gostei dos dois por motivos muito diferentes.

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  10. Embora seja um símbolo da luta pela independência de Portugal, nunca gostei da figura corpulenta, cruel e machona de barba rija, da padeira Brites de Almeida. Porque é que as mulheres só são valorizadas quando parecem e se comportam como homens!
    Que Mª João Lopo nos valha!
    Outro símbolo, a Inês Negra, tb no séc.14, uma mulher do povo fiel à causa da independência de Portugal, conta Fernão Lopes que agarrou pelos cabelos uma nobre portuguesa que era pelos castelhanos.
    Gostaria de ver algum escritor ou realizador interessar-se por mulheres portuguesas pouco conhecidas como a Ferreirinha, Carolina Beatriz Ângelo, Ana de Castro Osório. Mas o que eu gostava de ver um filme, um espetáculo sobre a diva Natália correia. é sempre a Amália, sempre a amália.

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  11. Caro Anónimo das 14:09
    Percebo o seu ponto de vista e a MLC pretendeu inverter a tendência, romanceando uma figura do povo.
    Só que para a editora tem que haver um equilíbrio entre o valor da obra, o tema, quem a escreve e o lado comercial. Se forem retratadas mulheres ou homens menos conhecidos, o livro não vende. E, com isso, perde o autor que não recebe direitos, ou seja trabalhou para aquecer, e a editora que paga a distribuição e a impressão e perde dinheiro. O que significa não voltar a publicar...

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  12. Há um ou dois dias deixei aqui um comentário em que dizia que gostaria de ver um escritor ou um realizador escrever um livro ou fazer um filme sobre a diva Natália Correia. Para meu espanto hoje ao entrar numa livraria, logo que entrei, vi o livro recente de Fernando Dacosta - O Botequim da Liberdade- sobre «Como Natália Correia marcou, a partir de um pequeno bar em Lisboa, o século xx português». Não podia ser melhor!

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  13. agora a tendencia é o romance historico, assim se retomando a tendencia de 200 anos atrás. creio que não vou ler, nem este nem outros, razões apenas de preferência pessoal.
    verifico no entanto que estes temas ou episódios da história, + ou - verdadeiros ou falsos dariam interessantes peliculas, sem duvida que a marqueza de alorna era optimo tema, p ex, ou a padeira que fez fugir comicamente alguns espanhois.

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