O THE é considerado um dos grandes rankings internacionais do ensino
superior e um dos mais completos no que se refere à qualidade do ensino, à investigação, à transferência de conhecimento
e à capacidade de internacionalização das instituições avaliadas.
Em 2011 Portugal tinha quatro universidades neste ranking, nomeadamente
Aveiro, Porto, Coimbra e Nova de Lisboa.
As duas primeiras estavam colocadas entre as posições 301 e 350, ficando
Coimbra e a Nova de Lisboa imediatamente a seguir.
Em 2012 as duas últimas saíram da lista e as duas primeiras perderam
posições. Mas juntava-se ao grupo a Universidade do Minho que se estreava na
lista.
O ranking deste ano revela a perda de capacidade de afirmação das
principais universidades europeias que descem de posição, ao contrário do que
acontecer com as líderes da Ásia Oriental, que voltam a subir.
A nível global, e pelo terceiro ano consecutivo, o ranking continua a ser liderado pelo California Institute of Technology. O segundo lugar pertence a Oxford e Harvard. A Universidade de Stanford fecha o pódio.
A nível global, e pelo terceiro ano consecutivo, o ranking continua a ser liderado pelo California Institute of Technology. O segundo lugar pertence a Oxford e Harvard. A Universidade de Stanford fecha o pódio.
A melhor medida que se pode tomar para a construção do futuro doe um país é o fomento do investimento no ensino/investigação. Esta alteração de posicionamento de algumas das nossas universidades não é um bom prenúncio. Mas pode ser um sinal para que se arrepie caminho...
HSC
"para que se arrepie caminho?" na conjuntura actual não vejo ninguém de fibra que o possa fazer.
ResponderEliminarHá Universidades que andaram anos e anos com cursos da treta, outras tudo apostaram nos jovens que bem mereciam...mas os cortes orçamentais foram feitos como e com que critério?
Enfim...só acho que temos uma geracção perdida...a não ser que partam daqui para fora onde são valorizados e bem aproveitados e o exemplo está à vista de todos...
As nossas universidades são o espelho do país, logo nada surpreende que comparativamente o seu nível baixe relativamente a universidades estrangeiras!
ResponderEliminarÉ o que há cá...
Beijinhos,
zia
Mas pode lá comparar-se o financiamento de umas e de outras? E as propinas que se pagam aqui, penso que anda à volta de mil euros, e as que se pagam por lá. Ocasionalmente ouvi que na U. de Berkley eram de 58 mil dólares!
ResponderEliminarE tal como se diz "sem bons ovos não há boas omeletes!"
Cara Dalma
ResponderEliminarO argumento só colhe parcialmente uma vez que, antes, tinhamos 4 bem posicionadas.
O que penso é que as universidades podem gerar receitas próprias, o que não seria inédito. Bem longe disso. Há empresas que entregam às universidades os estudos que assim não vão para os consultores estrangeiros. Se vir o financiamento de algumas em Inglaterra, na Alemanha e nos States, percebe o que quero dizer. Não será tudo, mas era uma boa ajuda.
Sim eu sei que essas Universidades são em larga escala financiadas por empresas particulares e claro que isso faz toda a diferença, mas para isso há que ter empresas que apostem nos estudos e resultados de investigação o que é pouco hábito em Portugal. Então neste caso continua a aplicar-se o dito popular (agora sem os adjectivos) " sem ovos não se fazem omeletes"!
EliminarCara Zia
ResponderEliminarA descida é europeia. Apenas falei das nossas porque são as que me interessam.
Cara Fatyky
ResponderEliminarComo disse à Dalma é preciso incentivar as condições que permitam às Universidades gerarem as suas próprias receitas.
Outras soluções existem sem serem as propinas, mas é preciso ter a coragem de romper tabus para as poder implementar.
Basta ver o exemplo de certos países emergentes.
A U. P. tem sabido gerar receitas.
ResponderEliminarO Governo tentou atrapalhar recentemente.
Melhores cumprimentos.
Tenho um filho que tudo faz por isso. Já angariou milhões ( sim, milhões) para a FEUP através de programas como o da parceria com a Carnegie Mellon, à qual dedicou tres anos da sua vida, com enorme sacrifício familiar ( tem tres filhos) e vida pessoal Mas não pára, ganhou o Premio BES de Inovação e o do MIT correspondente.
ResponderEliminarPara isso viveu sete anos na Alemanha - foi para lá aos 20 anos, fez lá o doutoramento, casou, teve o primeiro filho - e voltou para Portugal como professor da FEUP. Poderia ter ido para a América ou para outro lado qualquer. Mas veio para o Porto. Entretanto fez a agregação e está a um passo de ser professor catedrático de telecomunicações. Tem 37 anos.
É preciso muito para vencer em Portugal. Nada é dado de mão beijada....
EliminarVirgínia, os meus parabéns pelo filho que tem, pois tenho a certeza que também tem a sua cota parte no êxito dele!
Diz a Virgínia que nada lhe foi, em Portugal, dado de mão beijada! Mas acredite que nos outros países também é preciso um esforço hercúleo para atingir o topo ( exceptuando na política claro!).
Como mãe renovo os meus parabéns.
Cara Virginia
ResponderEliminarPois são exemplos como o do seu filho que provam o que eu digo. Só que o grande público apenas conhece o "outro" lado. Sou grande defensora das parcerias - estas sim, não as outras! - entre o empresariado e as universidades. Podia poupar-se muito dinheiro e ao mesmo tempo dar-mo-nos a conhecer. E sei do que falo porque trabalho nesse meio!
Caro João Menéres
ResponderEliminarÉ verdade. Tenho esperança que Rui Moreira possa "ajudar" nessa matéria.
Bom dia,
ResponderEliminaré muito positivo termos universidades portuguesas destacadas, embora seja de lamentar que tenha havido uma descida, o que é fácil de compreender com o desinvestimento público que houve.
Todavia, destaco dois outros aspectos, primeiro é que o sucesso do estudante universitário não depende somente da universidade que frequenta, mas de todo o percurso escolar anterior. E, no nosso caso, é evidente que está a haver um retrocesso aos anos 80, quando numa mesma sala colocávamos dezenas de alunos, resultando em taxas de sucesso e aprendizagem muito pequenas. Sorte tinham aqueles que podiam frequentar o ensino privado, onde havia oportunidade de qualidade.
Segundo, as próprias universidades têm de encarar com realismo alguns dos cursos que leccionam. Pois muito estão desajustados à nossa realidade social e económica. Além disso, o ensino privado deveria ser melhor controlado, porque da boa maioria de instituições saem fornadas e fornadas de licenciados e mestres. Parecem fábricas de dinheiro, não de ensino. Por último, as universidades têm de se abrir às comunidades onde estão inseridas, investir (com capitais humanos) na cooperação com as empresas e o estado em si, recebendo em troca capitais financeiros que lhes permitam manter-se actualizadas, bem equipadas e ter nos seus quadros os melhores dos melhores professores.É certo que algumas já o fazem, mas mesmo assim a abertura é muito tímida ainda.
Cumprimentos,
Cláudia