sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Oh Sweet Lorraine Lyrics

E agora a canção com letra e orquestrada. São 75 anos de amor partilhado. 
Só me lembrei dos meus avós que fizeram mais de 60 anos de vida em comum e da minha Mãe que se tivesse vivido uns dias mais, teria feito 48 anos de casada. Felizmente ainda há amores destes!

HSC 

5 comentários:

  1. Querida Helenamiga

    Hoje sou eu que assino na nossa um texto intitulado Sermão do Lázaro. Aviso desde já que ele não deve ser lido por damas, meninas, solteiras, casadas ou viúvas, cavalheiros com menos de 98 anos e máximo 99, integrados na ordem democrática vigente, e com sólida formação moral e cívica. Aqui deixo um excerto.

    Teodósio acordou rouco. Rouco? Rouquíssimo. E o sermão? Nisto meditava quando se dirigia à igreja paroquial e por isso disse com decibéis negativos ao sacristão Jaquim. Como iria ser? Ninguém o entenderia com aquele falar roufenho. Uma desgraça!

    Qjs

    Henrique

    /////////////

    NB – Este texto já saiu na Zorra da Boavista e no Ler, escrever e viver… Um homem não chega para tudo. Tende piedade…

    ResponderEliminar
  2. Lindo!! .. Agora é que se torna pior para comentar.... E, se a minha também tivesse vivido mais uns mesinhos faria no Domingo 58 anos de casada.
    Beijinho para si, Helena

    ResponderEliminar
  3. Também os meus avós fizeram mais de 60 anos de vida em comum - o meu casal modelo. Saudades!

    Isabel BP

    ResponderEliminar
  4. Querida Helena

    (Correndo o risco de me repetir)...aí vai uma "história de amor e derrocada" que hoje não me sai da cabeça...
    ----------------------

    Revejo com pudor
    a casa esventrada a meio da rua
    e a bancada da cozinha seminua
    que dantes era sala e aconchego
    onde se comiam tremoços
    se trocavam afectos
    e se guardavam segredos

    o vento
    deixado à solta
    teima em desvendar
    a velha toalha de oleado
    com cerejas de todo o ano
    ELE construiu as prateleiras
    ELA coseu a renda ao pano
    e fez as cortinas das janelas
    que depois debruou a sardinheiras

    Foi num sábado de manhã
    e no domingo
    ele ouviu o relato
    colado à telefonia
    e ao fim do dia
    a canja de aletria
    cheirava mais forte a hortelã

    Quando ele lembrava
    os pequenos amores da sua juventude
    ela amuava ciumenta
    e ele(manhoso) fingia não entender

    horas depois ela sorrateira
    corria a cortina da banheira
    e ensaboava-lhe as costas devagar
    e aquele olhar era tão sublime
    que o seu corpo desarmado se transformava em rochedo
    (em surdina chamava-lhe magana)
    ...e nessa noite iam dormir mais cedo

    Um dia a sua magana não acordou mais
    e a toalha de oleado
    foi guardando as migalhas dos dias
    num vazio silencioso
    desmazelado e frio
    até que
    (velha e solidária)
    aquela casa RUIU

    Temeu pela sua vida a vizinhança amiga
    (Qual vida?)

    indiferente e desajeitado
    acomodou-se na maca improvisada
    nem um último olhar
    de saudade ou despedida

    ...como ele sabia de cor e salteado
    o som e a cor da derrocada

    ResponderEliminar
  5. Doutora Helena

    Este poema da sua amiga também dava uma belíssima canção. Há amores assim.
    Cumprimentos desta leitora assídua.

    ResponderEliminar