Vá lá, depois do episódio de ontem, dormi mal. Apesar disso já consegui dar uma gargalhada com o que me aconteceu. Agora para se rirem, oiçam o resto da história.
No meio do descampado eu tinha dois objectos utilíssimos: um telemóvel e um GPS. Este último não era usado desde Fevereiro passado, numa saída que fiz aos domínios da Angela Merkel, não para falar com ela, mas para assistir a um amigo.
Logo, era um GPS poderoso. Liguei-o. Demorou a dar sinal porque há muito que estava a dormir. Sai, finalmente, uma voz a dizer-me para voltar para trás. Como, se só tinha caminho para a frente?
Coloco em modo de mapa. Olho, mas as voltas eram tantas que se sobrepunham. Impossível descortinar um caminho. Decido ligar para a amiga com quem tinha estado a trabalhar. Explico a situação. Pede-me a localização. A única coisa que vejo caída no chão tem um nome apagado que parece Arneiro. Promete que me vai buscar.
Passados dez minutos diz-me que não tem tal localidade no GPS. Saio e ao longe vejo o letreiro de um colégio - parecia fechado - com dois números de telefone meio apagados. Ligo um, não respondem. A minha amiga liga o outro. Explicam-lhe que há dois colégios na zona. Precisavam saber onde eu estava. Novo telefonema meu a admitir estar para as bandas de S. Domingos de Rana.
Coloco em modo de mapa. Olho, mas as voltas eram tantas que se sobrepunham. Impossível descortinar um caminho. Decido ligar para a amiga com quem tinha estado a trabalhar. Explico a situação. Pede-me a localização. A única coisa que vejo caída no chão tem um nome apagado que parece Arneiro. Promete que me vai buscar.
Passados dez minutos diz-me que não tem tal localidade no GPS. Saio e ao longe vejo o letreiro de um colégio - parecia fechado - com dois números de telefone meio apagados. Ligo um, não respondem. A minha amiga liga o outro. Explicam-lhe que há dois colégios na zona. Precisavam saber onde eu estava. Novo telefonema meu a admitir estar para as bandas de S. Domingos de Rana.
Neste momento pára um carro na redondeza. Sai uma senhora, explico a situação. Diz que não estou longe da auto estrada mas que tenho de dar algumas voltas. Oferece-se para me levar até à entrada da dita. Devia ter aceitado mas lembrei-me da amiga que vinha a caminho e ia perder-se também.
Telefona ela a dizer que não conseguia entrar na A5 porque o trânsito estava parado. Respondo que aguardo. Entretanto, passaram três quartos de hora e começava a escurecer. De repente vejo um carro a abrandar. Pensei que fosse a salvadora. Não era. Era um homem que parou perto. Pego no telefone e bloqueio as portas. Escurece e o homem ora sai, ora entra no carro. Parece agitado. Eu continuo fingindo que falo ao telefone. O GPS continua, a espaços, a mandar-me para trás.
Ao fim de uma hora e de também se ter perdido a minha amiga aparece. Salvé!
Mas para sairmos dali tivemos de ir a Carcavelos por umas ruas que só os locais decerto conhecerão. Cheira-me finalmente a mar, que pressinto estar próximo.
Fiat lux, estou finalmente na Marginal, a caminho de Lisboa, agarrada ao volante como se ele me fosse fugir à mínima aragem. Chego a casa. Não tenho um único músculo distendido...
HSC
Não há nada como rir.
ResponderEliminarO humor do Governo Sombra sobre os cartazes das autárquicas por todo o país.
www.youtube.com/watch?v=D4KMRYCBq0U
E o tal homem que pareciaagitado ?
ResponderEliminarQu'é dele, HSC ?
Estaria também perdido ?
ResponderEliminarEsta história da D.Helena é verdadeira e eu já passei muitas vezes por situações semelhantes com pessoas que não gostam de pedir ajuda. para mim é uma delícia rir-me destas situações.Esta que vou contar é anedota mas podia ser verdade:
Um cavalheiro perde-se no caminho, mas nada de perguntar como sair dalí. Chega a noite e um grande nevoeiro, então ele resolve seguir um carro que passava muito devagar.
Não se via nada apenas os farois do carro da frente davam um pouco de luz. A dada altura o carro da frente para e o detrás bate na traseira. O homem do carro de trás, sai do carro, muito aborrecido e diz:
Então amigo? para-se assim de repente?
Responde o outro:
O que quer? eu cheguei a casa.
Felizmente não aconteceu nada disto à doutora Helena, mas não deixa de ter graça, e ainda bem que se riu.
Beijinhos
Ó João Menéres
ResponderEliminarMal viu a minha amiga sair do carro, aquietou-se logo e deu de frosques. Felizmente!
Ai Helena como me ri já com o seu post!!!! Já me aconteceram tantas situações dessas e eu a pensar que era caso raro e único!!!
ResponderEliminarBeijinhos!!!
No outro post ri-me mas, depois de ler este tenho a certeza de que foram momentos de grande ansiedade! Pelo menos para mim seriam!
ResponderEliminarmuito bom!!!!
ResponderEliminarBem, o "Bonfire on Vanities" ficou felizmente interrompido logo no primeiro capítulo... Eu nunca desligo o GPS do meu carro, que tem voz feminina e doce.
ResponderEliminarHa também a estória do fulano que conduz em excesso de velocidade e a determinada aotura, vê aparecer no retrovisor, umas luzes azuis a piscar, acompanhadas do som de uma sirene, então decide acelerar, mas o carro detrás não descola da traseira, até que se lhe atravessa à frente, obrigando-o a parar. Saem dois polícias, dirigem-se ao infractor e dizem-lhe:- então o senhor condutor não notou que circula em excesso de velocidade?
ResponderEliminar- Sim realmente, é verdade.
-Então e que justificação tem para essa infracção?
-Sabe sr. agente, é que, na semana passada a minha mulher fugiu com um colega seu e quando vi as luzes e ouvi a sirene, pensei que fosse ele a querer devolvê-la...
Caro Alcipe
ResponderEliminarNo princípio eu tinha uma voz de mulher. Tão flausina que fui ao Corte Inglês e pedi que ma mudassem para um homem. Asneira da grossa. Fiquei com um ditador que me dá ordens como se fosse meu dono - há-de vir o primeiro! - e sem quaisquer contemplações...
Durante toda esta história, ele esteve ligado a mandar-me para traz. Quando saí do local começou a dar ordens desencontradas. Penso que era das autárquicas...
Se tal me acontecesse nem quero pensar sou muito medrosa a amiga deve ser certamente corajosa.
ResponderEliminarEnfim acabou tudo em bem o dito senhor agitado devia estar o sofrer do mesmo.
O que eu já me ri com este post:-)
ResponderEliminarVenho aqui muitas vezes, mas nunca comentei, mas hoje não podia deixar de comentar.
Pois andou tão perto da minha casa e da minha zona;-) Realmente para quem não conhece e se engana, não é fácil. E esteve mesmo muito perto da A5, na entrada em S. Domingos de Rana.
Mas o que interessa é que acabou tudo em bem e ainda se riu e nos fez rir também.
Bom fim de semana.
Paula Seixas