Ontem quase voltei à minha juventude. Com efeito, as primeiras férias que fiz sem ser em família, passei-as em Sesimbra, onde vivia a família de uma amiga minha.
Acabara de atingir a maioridade, aos 18 anos, e decidi alugar um quarto em meia pensão em casa de uns seus tios. Foram quinze dias em que me senti dona de mim própria e aos quais o meu Pai teve a inteligência de me não levantar grandes oposições, seguro que estava, que esse não era o melhor método de lidar comigo.
Não abusei da liberdade. Mas gozei-a com o prazer de quem se sente senhora do seu destino e responde por ele com toda a responsabilidade. Foi a primeira de todas as férias que haviam de seguir-se a solo, até casar, aos 21 anos, com o meu amor, encontrado numa dessa férias, desta feita em Cascais, onde o dito cumpria o serviço militar.
Enquanto assinava livros a gente boa e que gosta de me ler, recordava esses tempos longínquos e pareceu-me que Sesimbra continuava com a mesma simplicidade de vida com que a havia conhecido. Ainda há, felizmente, neste país, lugares onde a democracia não estragou aquilo que eles tinham de melhor, ou seja uma certa forma, natural, de viver a vida. Bom começo de férias em trabalho. Até porque vendi para cima de sessenta livros!
HSC
Boas férias.
ResponderEliminarUm beijinho
Vânia
Foi no mar de Sesimbra que aprendi a nadar, fico satisfeita com a noticia que tanto a vila como as pessoas continuam dentro dos seus ritmos naturais!
ResponderEliminarL.L.
Ai Sesimbra, Sesimbra... Quanto sossego destruído...
ResponderEliminarPor lá passei algumas férias da minha vida. Agora, nem sei onde pôr os pés. Até os barcos de recreio são obrigados a ir, direitinhos, ao mar alto...
Mas, ainda hoje, depois destes anos todos, quando entro na vila, de preferência à noite “quando todos os gatos são pardos”, ainda fico deslumbrada com a beleza desta baía.
Não estava lá, senão teria vendido mais de sessenta.
Beijinho :)
Olá Helena.
ResponderEliminarHavia acabado de tomar o pequeno-almoço quando entro numa Fnac e paro diante do seu livro 'Coma Comigo', ao ver uma selecção de livros de autores portugueses. Peguei no livro, comi consigo, com os olhos, e vinte e cinco minutos depois saí dali com o livro na mão e com uma imensa vontade de comer outra vez, de fazer as suas receitas e de as provar a todas. E tenho a certeza que a Helena seria igualmente tão agradável companhia de mesa como o é aqui no blog, que gosto muito de ler. Não sei muito de cozinha, gosto muito de comer e o que sei faço-o com muito gosto. Por isso, agradeço-lhe imenso por partilhar as suas receitas, a sua cozinha, a sua paixão pela cozinha e a sua paixão pela vida. E as suas tão sonoras gargalhadas sempre que a vejo na tv. Tenho 23 anos e com o que de si leio ou oiço, tenho a sensação de ir aprendendo mais do que muitas vezes me ensinam no dia-a-dia. Bem-haja, Helena, e felicidades : )
Já nem me lembro de ir a Sesimbra...
ResponderEliminarMas recordo que gostei muito do que vi !
Para os nortenhos que seguem para o Algarve, Sesimbra fica um tanto fora da rota.
Mas, quem sabe, talvez no próximo ano, se proporcione uma curta estadia...
Parabéns pelo merecido sucesso da sessão !
O seu nome e sabermos que sabe muito de tanta coisa, é um bem precioso.
Melhores cumprimentos.
Bom dia Drª Helena
ResponderEliminarSou leitora do seu blogg há muito tempo. è uma mulher que eu admiro, faz-me sentir orgulho de ser mulher, portuguesa, mãe, gosto do seu riso e das sua força, mesmo sem comentar, quase todos os dias venho ler, o que escreve e o que escrevem quem por aqui espreita, tenho comentado algumas vezes na maioria, "apenas" leio e, aprendo, sempre. Do que me é dado a observar e a refletir, penso que muito do mal que afecta a europa é a falta de liderança, o excesso de palavras e conceitos ocos vazios de significado, muito conhecimento, muita formação mas pouca muito pouca sabedoria, certo que isto que eu observo e reflito assusta-me, temo que esta sede de rumo este quase desespero em que nos encontramos faça surgir um "DUCE" a quem queiramos seguir cegamente e vejo sinais a aproximarem-se perigosamente, e, sem querer admitir a minha paranoia até nesta inocente crónica que acabei de ler vi que a Srª escreveu " ...a democracia não estragou..." esta frase parece-me terrivel e que não deve ser sentida por quem sabe que a Liberdade é o 1º de todos os direitos do Homem
Óh... veio a Sesimbra eu sem saber... todos os dias venho aqui saber "novidades" e deliciar.me com as suas opiniões e dizeres... e esteve tão perto e eu sem saber... :-( fico feliz por reconhecer Sesimbra assim. Um grande beijinho.
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