segunda-feira, 10 de junho de 2013

Uma dúvida

Confesso-vos que ao saber que Dilma Rousseff visitava, neste dia, o nosso país, admiti que no ano que é dedicado a Portugal e ao Brasil, ela participasse das celebrações que hoje decorrem. Afinal, não. O que me surpreendeu, porque a data terá sido marcada em função da sua agenda pessoal.
Com efeito, não entendo muito bem que a Presidenta, como ela gosta de se apelidar, se não tenha deslocado ao local onde elas decorreram, uma vez que, por nosso lado, nós nos empenhámos muito - bem mais do que os nossos irmãos, diga-se de passagem - nas festividades luso brasileiras.
Longe de mim pronunciar-me sobre o que não sei - e do assunto apenas conheço o que vem nos jornais - mas estranho a circunstância. E, julgo, muitos portugueses sentirão como eu!
Porque será que Dilma não quis participar das efemérides do dia de Portugal, país que está, de modo irreversível, ligado ao nascimento do seu? Não sei, mas algo me incomoda nesta decisão.
A presidenta Dilma Rousseff termina hoje a sua visita. A viagem de retorno ocorrerá após a entrega do Prémio Camões de Literatura em Língua Portuguesa ao escritor moçambicano Mia Couto e do jantar oferecido por Cavaco Silva, no Palácio Nacional de Queluz.
E a minha dúvida ou incómodo, se quiserem, persiste, porque julgo que as relações entre nações se estão a transformar em meras visitas de natureza económica. É pena!

HSC

22 comentários:

  1. Portugal e o Brasil nunca terão uma relação idêntica á do Reino Unido e os EUA. Por razões várias. É pena, mas é esta a realidade.
    a) Borges da Silva

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  2. A senhora Presidenta não se quiz misturar com a plebe....e ouvir o CS durante todo o dia é dose!!
    Nós é que dependemos deles....é engulir em seco e aguentar!!

    Bjinho

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  3. Também estranhei...
    mas a senhora lá terá as suas razões.

    Um beijinho,
    Vânia

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  4. Sobre a Presidenta, mulher que admiro e respeito (apesar de me fazer impressão dizer 'Presidenta': fico com a sensação que estou no gozo, como que a chamar-lhe sargenta ou gerenala... mas enfim, faço-lhe a vontade), eu acho que ela veio aos saldos, arranjou um buraquinho na agenda para vir, e ninguém se lembrou de lhe dizer que hoje não dava jeito.

    Acho que nos menorizamos com coisas destas mas, enfim, a gente por cá parece que cada vez mais estamos por tudo.

    'Dia de Camões, de Portugal, das Comunidades...? Ora... um dia tão bom para vender empresas como outro qualquer... Para quê tanta picuinhice...?' - cá para mim é o que algumas pessoas pensam.

    Um abraço, Bárbara Helena!

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  5. Dilma fez bem.
    Partiu antes de uma festa que devia poder ser celebrada, sobretudo pelos portugueses, com muito mais carinho, orgulho e alegria.
    L.L.

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  6. Os políticos portugueses continuam a aceitar uma introzão na nossa vida económica e cultural por parte do Brasil sem exigirem o mínimo de respeito por Portugal... é muito difícil de aceitar uma subserviência onde deveria haver honra, orgulho e respeito por um passado insubstituível.
    Concordo plenamente consigo! Pobres mas honrados!
    Um fote abraço,
    lb/zia

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  7. A minha dúvida é se ela não quis participar ou se a nossa organização não o fez. Seja como for, teria sido bom ela ter ido até lá. Esperemos pelo esclarecimento...

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  8. Ela e outros não participam, porque, nós portugueses temos andado sempre tão mal e com uma economia tão miserável que eles quase não nos ligam, e nós sempre em volta deles, quem são eles? temos que ter a mesma atitude, mandá-los à fava. O Salazar não lhes passava meia,e fazia ele muitíssimo bem. Prestar vassalagem não é um bom princípio, temos mais de 800 anos de história e somos muito mais soberanos. Viva Portugal!

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  9. Ora aqui está uma perplexidade que eu tambêm partilho, cara Helena.

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  10. Perguntar ao Senhor que está a apertar-lhe mão seria boa ideia, lol

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  11. Nãp aprecio a "presidenta" brasileira :(

    Isabel BP

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  12. Pois eu hoje não quero falar da senhora Presidenta.
    Hoje é mais para lhe agradecer mais uma vez a simpatia com que me recebeu na Feira do Livro. Só tive pena de não concretizar a minha intenção da "farturinha", mas alguém se tinha antecipado. Fica para a próxima e até pode ser outra especialidade qualquer.
    Muito obrigada e um beijinho

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  13. Não me passa pela cabeça que o País anfitrião não tenha convidado a Presidente Dilma para as comemorações. Deduzo daí que a mesma recusou, e, ainda bem, porque sujeitar-se-ía a participar abertamente nos protestos (quanto a mim inoportunos para a ocasião) contra o Presidente e o 1º Ministro, dado que, nas sua próprias palavras, se encontra muito sensibilizada para a má situação social e económica que se encontra no nosso País e na Europa.
    Como MST refere, a Presidente Dilma “veio às compras”... Tal como ele, também considero preferível o País da Presidenta a outro qualquer. Vivi 3 anos no Brasil e considero que para nós portugueses não existe outra comunidade cujo entendimento, em todos os sentidos, seja tão abrangente. Pena é que nos estejamos a desfazer de empresas tão particulares e identitárias que, quando bem geridas, seriam, certamente, produtivas.
    Cá vai mais um grande abraço para si

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  14. Deve ter ido ao cabeleireiro arranjar o cabelo ou comprar alguma fatiota para o jantar de gala no Palácio de Queluz. eheheh

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  15. Terá vindo às compras?
    :)

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  16. Há um velho ditado português que traduz bem o nosso comportamento recente perante outros países... Quanto mais a gente se baixa... Andamos há anos a praticar a subserviência... Se a Senhora Rousseff não tinha vontade nem tempo para vir a Portugal, pois que ficasse lá pela sua terra. Agora vir visitar o nosso País em dia de Festa Nacional e nem sequer ter uma presença simbólica num dos actos oficiais é demasiado grosseiro. Os responsáveis políticos portugueses devem andar muito distraídos! Na Europa tem havido Governos que convidam Chefes de Estado ou de Governo estrangeiros para participarem nas celebrações dos seus Dias Nacionais. Tal é considerado uma honra para ambas as Partes. Para nós, isto é, para o políticos portugueses, trata-se de um fait divers...
    José Honorato Ferreira

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  17. Totalmente de acordo consigo
    sobre a visita de Dilma Rousseff.
    Obrigada pela sua informação
    sobre a diabetes.Meu médico do
    Centro de Saúde tem recusado
    passar a credencial para ir à
    Associação dos Diabetes e a
    primeira consulta são 100 E.
    e eu tenho uma reforma de 450E.
    mas vou voltar a insistir com ele,
    e se continuar a recusar, nem que
    não coma, terei que lá ir.
    Muito obrigada pela sua indicação
    e sensibilidade.
    Bj.
    Irene Alves

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  18. Bom dia,

    Para mim, foi simples e não intencional desconsideração.

    Desconsideração é um facto. Não foi intencional, porque os olhos "irmãos" que nos vêem, não nos vêem como nós os vemos, ou seja, nós os vemos como "irmãos", como parentes e parente é parente à boa maneira portuguesa. Eles vêem-nos como "meios para", como "portas" de entrada num qualquer maior interesse ... além disso, estamos em saldo e desesperadinhos por ajuda ... até parece que já não andamos neste mundo há séculos!

    Degradante, a que ponto nos deixamos chegar só porque a "galinha do vizinho é melhor do que a minha!".

    Eu cá não vendia nada e muito menos aquilo que ainda dá dinheiro! É que se vão os anéis, mas os dedos também!

    Cumprimentos,
    Cláudia

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  19. Eu acho que a senhora veio aos saldos e veio ver as tendências da próxima época, uma vez que o seu primeiro encontro não foi com o actual governo...

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  20. Como é óbvio...se o país está a venda porque não aproveitar os saldos?
    A Ana já já era, segue-se a TAP, os CTT, as águas (esta então é de bradar aos ceús), depois devem pôr à venda a Torre de Belém, o Castelo da Penha, podiam já agora também vender a Assembleia da República mas com todos os seres vivos que a utilizam...e só não me vendem a mim porque já estou fora da validade.

    Foi um 10 de Junho dos mais esquisitos que vi e apaguei a tv por não aguentar mais por ver tanto desperdício e hipócrisia, pois afinal há dinheiro...menos no meu bolso!

    Desculpe o desabafo!

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  21. uma visita portanto extremamente fria, com pouco conteudo (uns vagos acordos para não dizer que não se fazia nada...)visita o mais discreta possivel repartida significativamente entre mário soares, paulo portas, a j seguro, coelho&cavaco, aliás hoje está em força uma corrente de pensamento latino-americana de recusa e aversão pela historia que os liga aos colonizadores, espanha, portugal, começou talvez com chavez destruindo as estátuas de cristovão colombo e apagando nomes de ruas, logo isso de comerações historicas do antigo imperio não é com eles, era o que faltava, talvez o brasil seja dos mais moderados nisto, mas tambem partilham essa postura de ruptura com o passado em que eram colónia e escravizados, etc etc

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  22. Uma questão: Como consegue o presidente Cavaco Silva oferecer um jantar a tanta gente, vivendo ele com dificuldades, decorrentes da sua reforma ser tão baixa?

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