«Este livro é um preito singelo de quem vê nas
árvores um código universal de respeito pela vida e nelas encontra civilidade,
paz, ágape, sensualidade. Escolhi trinta delas e convidei-as, com a minha
ajuda, a apresentarem-se ao leitor. Com alforria, sem constrangimentos, cada
uma delas descreve-se na forma, na essência e nas circunstâncias. E revela-se
nas envolventes relativas à sua família botânica, mas igualmente em pinceladas
da sua relação com a cultura popular, a arte nas suas diferentes expressões, a
poesia e a literatura, as religiões e as tradições, a toponímia e a onomástica,
a história e outras abordagens. Porque, afinal, a vida é tudo isto, mesmo para
uma árvore.»
Estas são palavras de Bagão Felix, a propósito do seu último livro cuja capa reproduzimos acima. O vermelho das letras é uma singela homenagem ao Benfica, outra das suas grandes paixões!
Estava uma tarde lindissima e a apresentação, completamente original, decorreu como uma aula ao ar livre, com António Bagão Felix a percorrer as "suas" árvores do Jardim Botânico, seguido por um mar de amigos que o ouviam com toda a atenção. Terminaria já no interior, com uma bela sessão de poesia falada por actores dos Artistas Unidos.
A olaia da sua casa no Alentejo terá sido o mote para o arranque desta obra organizada alfabeticamente, para não ferir susceptibilidades destas suas criaturas tão idiossincráticas, como ele explica.
Umas mais solidárias, outras mais garbosas, o autor vai partilhando as respectivas histórias ao longo dos séculos - na sua relação com as religiões, artes, poesia, onomástica, toponímica e crenças populares -, conferindo a cada uma delas particular significado.
Creio que merecem uma referência especial as palavras de agradecimento de António Bagão Felix, que considera esta sua capacidade de olhar o mundo arborizado como uma dádiva divina. A mim comoveram-me particularmente, vindas deste homem cuja visão holística do mundo nunca me deixa indiferente.
Foi, de facto, uma tarde serena, diria mesmo feliz, neste imenso turbilhão do nosso dia a dia!
HSC
Estava uma tarde lindissima e a apresentação, completamente original, decorreu como uma aula ao ar livre, com António Bagão Felix a percorrer as "suas" árvores do Jardim Botânico, seguido por um mar de amigos que o ouviam com toda a atenção. Terminaria já no interior, com uma bela sessão de poesia falada por actores dos Artistas Unidos.
A olaia da sua casa no Alentejo terá sido o mote para o arranque desta obra organizada alfabeticamente, para não ferir susceptibilidades destas suas criaturas tão idiossincráticas, como ele explica.
Umas mais solidárias, outras mais garbosas, o autor vai partilhando as respectivas histórias ao longo dos séculos - na sua relação com as religiões, artes, poesia, onomástica, toponímica e crenças populares -, conferindo a cada uma delas particular significado.
Creio que merecem uma referência especial as palavras de agradecimento de António Bagão Felix, que considera esta sua capacidade de olhar o mundo arborizado como uma dádiva divina. A mim comoveram-me particularmente, vindas deste homem cuja visão holística do mundo nunca me deixa indiferente.
Foi, de facto, uma tarde serena, diria mesmo feliz, neste imenso turbilhão do nosso dia a dia!
HSC
Se a introdução de Bagão Félix já é apelativa, o texto de HSC é como uma imposição a quem não anda deste mundo distraído.
ResponderEliminarObrigado por mais esta achega !
Um cavalheiro excepcional, ele.
ResponderEliminarFascinante, mesmo.
É verdade...
ResponderEliminarqueixamo-nos de infelicidade quando, na verdade, nos esquecemos do que isso é.
Acredito que a grande maioria das pessoas aprecia uma boa tarde de passeio por bosques ou zonas de puro contacto com a Natureza mas nunca pensamos que isso é felicidade, só quando deixamos de poder usufruir desses pedacinhos de céu, como costumo chamar, é que nos apercebemos o quanto nos fazem falta.
Aqui fica o link que conduz a uma fotografia do monte de Carreço, em Viana do Castelo, onde os cavalos são selvagens, mas extremamente dóceis, porque estão habituados a que as pessoas lá vão para os ver e fotografar. Chegam mesmo a aproximar-se dos visitantes, sem agressividade. Certamente, quem os visita trata-os como merecem e, por isso, sendo senvagens não têm medo de humanos.
https://www.google.pt/search?hl=pt-PT&q=carre%C3%A7o+viana+do+castelo&bav=on.2,or.r_cp.r_qf.&bvm=bv.44158598,d.ZWU&biw=1366&bih=667&um=1&ie=UTF-8&tbm=isch&source=og&sa=N&tab=wi&ei=fgpMUZ3bHqSp7AaEqIHIBQ#um=1&hl=pt-PT&tbm=isch&q=monte+de+carre%C3%A7o+viana+do+castelo&spell=1&sa=X&ei=pApMUavENozb7AaugoDIDw&ved=0CEsQvwUoAA&bav=on.2,or.r_cp.r_qf.&bvm=bv.44158598,d.ZGU&fp=c5eea33f52151052&biw=1366&bih=667&imgrc=INiLjTuWwNhRGM%3A%3BKrUoQLiVsacKxM%3Bhttp%253A%252F%252F4.bp.blogspot.com%252F-U6nodXz6qWA%252FTmJWdj9cReI%252FAAAAAAAAAFE%252FMsiY2sHiDNs%252Fs400%252FMonte%252Bde%252BCarre%252525C3%252525A7o%252B-%252BViana%252Bdo%252BCastelo%252B%252525283%25252529.JPG%3Bhttp%253A%252F%252Folharvianadocastelo.blogspot.com%252F2010%252F09%252Fcavalos-da-raca-garrano-no-monte-de.html%3B400%3B267
Vânia