"O modelo seguido para o resgate de Chipre poderá passar a ser exemplo para futuras intervenções em países da zona euro com situações de risco no seu sector financeiro, disse o presidente do Eurogrupo em entrevista ao Financial Times e à Reuters, depois da reunião de esta madrugada. As declarações de Jeroen Dijsselbloem são tidas como a revelação da nova estratégia do Eurogrupo para as crises de dívida. Recorde-se que em 15 de março, em anterior reunião do Eurogrupo, o modelo de resgate defendido recorrendo a um imposto extraordinário sobre depósitos foi defendido como uma "solução única" para o Chipre.
O novo "modelo" implica que depositantes, credores seniores e juniores e acionistas passarão a arcar com a fatura do resgate dos bancos em situação crítica, pois os mecanismos europeus deixarão de financiar recapitalizações bancárias. O que seria, também, orientação para o Mecanismo Europeu de Estabilidade (ESM, na sigla em inglês). O presidente do Eurogrupo deixou nas entrelinhas que esse novo fundo nunca será usado para a recapitalização bancária. "Devemos apontar para uma situação em que nunca seja preciso considerar sequer uma recapitalização direta", afirmou.
Recorde-se que, esta madrugada, o Eurogrupo
decidiu envolver os depositantes acima de 100 mil euros (considerados não
garantidos) e os credores e acionistas na reestruturação dos dois principais
bancos cipriotas, definindo que o envelope de resgate da troika até
10 mil milhões de euros não será aplicado na recapitalização do sector
financeiro cipriota".
"... Perguntado sobre a implicação do "modelo cipriota" para outros países da zona euro com rácios de sectores financeiros em relação ao PIB muito mais elevados do que Chipre, como são o caso do Luxemburgo e Malta, Dijsselbloem respondeu: "Significa - lidem com o problema antes de entrarem em sarilhos", e conclui: "A resposta não será mais automaticamente -'nós entramos e vamos resolver os vossos problemas'". O problema poderá também colocar-se à Eslovénia, com problemas graves no seu sector bancário.
O homem de nome impronunciável já emendou a mão: "Os programas de ajustamento macroeconómicos são feitos à medida da situação de cada país e não são usados modelos" pré-definidos, aponta o comunicado. "Chipre é um caso específico com desafios excepcionais que exigem as medidas de resgate que foram acordadas"
ResponderEliminarMas fica o aviso (e a dúvida)!
Meu caro Paulo
ResponderEliminarAi fica, fica! Quando eles começam a emendar-se a si próprios... é sinal que no dia seguinte podem mesmo faze-lo.
Veja a "subtileza" da referência a Malta e sobretudo ao Luxemburgo.
Como dizia o outro, "eles andem ai, andem"!
Como a Europa está ser bem dirigida! Eles sabem o que querem e nunca se contradizem. Está a ver os bons exemplos?
ResponderEliminarCaro Alcipe
ResponderEliminarVejo tão bem. E não uso óculos!
Quem fala assim é porque tem os seus aforros muito bem guardados.....
ResponderEliminarRico exemplo! Onde estão os valores que nos ensinaram os nossos pais e os nossos avós?! ONDE???
Beijinho
Maria, a sua seguidora intermitente