segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Michelle



As palavras que se seguem foram inspiradas no post de Pedro Correia, no Delito de Opinião. Mas reflectem bem o que senti quando vi a cerimónia.
Com efeito, o momento mais excitante da noite da entrega dos Óscares foi a aparição da primeira dama norte-americana a anunciar, em directo da Casa Branca, o Óscar para o melhor filme, escolhido de entre as nove longas-metragens nomeadas. Fê-lo com muita pompa e alguma circunstância. Diga-se que Michelle Obama abriu, com elegância, o envelope mistério e soube pronunciar ARGO, a mágica palavra de quatro letras.
Que Ben Affleck se tenha emocionado, eu compreendo. O que já tenho mais dificuldade em perceber é esta intromissão da máquina governamental neste tipo de espectáculo. 
Ah! se isto fosse na Europa, o que se não diria... Mas na América de  Obama tudo se torna possível.
Como eu admiro Hillary Clinton!
HSC

8 comentários:

  1. Como eu concordo. Há que saber distinguir as aguas e manter a dignidade.

    ResponderEliminar
  2. Tive muita pena de ter acesso a canais onde pudesse ter assistido aos oscars.
    A !ª dama ter anunciado oscar para o melhor filme - ARGO - não me surpreende, os americanos aceitam isso pois precisam de ter "heróis" para idolatrarem, são a meu ver, muito infantís...
    Beijinhos,
    lb/zia

    ResponderEliminar

  3. A sugestiva intromissão da politica americana em Hollywood, já deu azo a palavras de repúdio por parte do Irão. Não tomando, essas mesmas palavras, como verdades indiscutíveis, realmente, a revelação da primeira dama, como apresentadora, tornava-se desnecessária... Saber dividir, lugares e propósitos, de modo a não a ferir susceptibilidades, parece-me obrigatório, em toda a dimensão hierárquica. Até porque, estes prémios, não são atribuídos, nem escolhidos, pelo governo americano, que assim sugere, o seu envolvimento.
    Ai...ai...! Aqui está mais uma ocasião para um “Curso Intensivo” que fomente, em “leigos e acólitos”, a reflexão sobre aquilo que representa a ética, neste caso, no “Sentido de Estado”...

    Boa Noite para si, com um grande abraço.

    ResponderEliminar
  4. Também não apreciei porque entrou-se na "politização" dos Óscares... mas a verdade é que mesmo com estas infantilidades dos americanos gosto muito dos EUA! :)

    Isabel BP

    ResponderEliminar
  5. Nós por cá somos bem diferentes.

    Na América... os políticos americanos "vendem-se" ao dólares de Hollywood.

    Pelo Burgo ... os artistas (da bola) "vendem-se" ao euros do Tagus Park.

    N371111

    ResponderEliminar
  6. Concordo plenamente! A máquina que levou Obama ao poder continua a funcionar altamente alimentada por Hollywood! Amor com amor se paga!...
    Como admiro, cada vez mais, Hillary Clinton!...

    ResponderEliminar
  7. Cara Helena,

    E desde quando é que alguma coisa não foi possível aos EUA ? Desde sempre tiveram um olhar muito mais critico sobre os outros do que sobre eles próprios. Não é só na América de Obama, foi na América de Bush, foi na América de Clinton e por aí fora. Os "heróis" da Casa Branca assumem normalmente um modelo muito paternalista, familiar até, perante o povo americano, a verdade é que não sei até que ponto o próprio povo americano não é receptível a essas atitudes, mas enfim, hábitos e costumes não se discutem. De qualquer forma, acho, que até a própria Hillary Clinton, se arriscaría a uma desproporcionada atitude á "máquina governamental", porque sería uma das formas que arranjaría para assumir a tal figura paternalista/familiar que o povo tanto lhe exíge, ou talvez não e aí sería novidade. Em suma, escandaleiras é o que não tem faltado ás personagens da Casa Branca, e a "série" Obama não sería excepção.
    Aguardaremos pela próxima.
    Obrigado,

    HC

    ResponderEliminar

  8. Nas últimas eleições Obama ganhou por 51.1% contra 47.2 % de Romney e as sondagens por lá sempre andaram à volta destes números .

    As sondagens feitas na Europa nessa altura deram sempre entre 75%e 80% a Obama .
    Claro que não vivendo num determinado país é mais fácil gostar de alguns políticos locais (odiar todos é sempre fácil - e primário).

    Perante estes resultados interrogo-me se serão de facto os americanos as tais crianças grandes a precisar de ídolos ...

    Suceder a George Bush era facílimo , ganhar a Romney era mais difícil e por isso foi por pouco (já não falando da especificidade da votação nos EUA , de que o anterior presidente foi aliàs um beneficiado).

    RuiMG

    ResponderEliminar