Eu andava a precisar de ver um filme que me distraísse. Sem filosofias nem enredos complicados. E lá consegui arrastar o meu filho para uma primeira fila de um cinema - sim, as sucessivas sessões em mais do que uma sala estavam esgotadas - arriscando-me a que, no mínimo, o Daniel Craig me caísse no colo.
Como já devem ter depreendido fui ver o 007, numa sala apinhada de gente e, mau grado meu, também de pipocas...
Não me perguntem porque é que eu gosto do personagem James Bond. Há coisas que não se explicam. Como certos amores. Segui toda a série e devo confessar que este último intérprete, com cara e corpo de alemão, estava muito longe de me convencer.
Pois bem, há sempre uma altura para dar a mão à palmatória. Esta última película levou-me às primeiras que vi, há cerca de 50 anos, mas com a vantagem de, finalmente, o Bond conseguir aparecer todo amachucado depois de uma luta séria ou de uma menos séria noite de sexo. Uma mais valia, portanto.
Depois o filme é realizado por Sam Mendes, um luso americano cheio de talento, que consegue, de facto, um produto alucinante e de inquestionável qualidade no género.
Finalmente, o elenco conta com três outros grandes actores: Julie Dench, Ralph Finnes e Javier Bardem que, por si só, valorizam qualquer filme em que participem. Claro que agora já não há países maus como havia antes. Há apenas os bons e os maus tipos. E o amor à Inglaterra. Nada de desprezar nos tempos que correm...
A não perder para quem goste de Bond, James Bond!
HSC
A questão não é porque é que a senhora gosta da personagem de James Bond... a verdadeira questão é: porque é que não gosta de pipocas???
ResponderEliminarNão, isso não é questão suficientemente pertinente: eu também não gosto... mas consigo gostar ainda menos do barulho que fazem nas salas de cinema.
Muito Obrigada pela sugestão. Hoje em dia aparecem poucos filmes tão glamorosos, com imaginação e defesa de bons valores, que nos deem a distracção de que tanto precisamos... Parece, portanto, que James Bond, continua a ser, um deles.
ResponderEliminarOntem também fui ao cinema ver "A cidade do teu destino final". Um filme bonito, interessante, pois retrata comportamentos que, apesar de diferentes, têm em comum algo, que a própria natureza humana nunca deve menosprezar....
Aqui fica, também, a minha sugestão.
Bom final de Domingo!
Um abraço
É bom ler uma opinião credenciada...
ResponderEliminarEu também vi vários, ou mesmo todos, os filmes do agente de Sua Magestade.
Para distrair, numa altura em que as preocupações são imensas... lá irei ver assim que possa.
007 - forever!!!
Já estava na lista dos filmes a ver, mas com este seu comentário fico com a certeza absoluta de que não posso perdê-lo.
ResponderEliminarObrigada pela sugestão!
Um grande beijinho
Isabel Mouzinho
«(...)todo amachucado depois de uma luta séria ou de uma menos séria noite de sexo»
ResponderEliminarHelena, uma noite de sexo é muito mais séria do que uma qualquer luta, mesmo muito séria. Além de que amachuca muito mais... :-)
Daniel Craig, quanto a mim, dá um crivo muito mais humano ao Bond, afastando o registo quase de desenho animado dos anteriores - sou do tempo do Roger Moore, o que nunca se sujava; mas sou um indefectível do Connery.
Também está na calha para ir ver. Mas eu, ao contrário de si, gosto do Daniel Craig. Acho-o um charme. Difícil competir com o Sean Connery mas igualmente interessante.
ResponderEliminarCara Vânia eu até gosto de pipocas. O que não gosto é do chavascal que elas fazem no chão das salas de cinema, nem do barulho quase de roedores que fazem aqueles que as comem...
ResponderEliminarÓ Paulo uma noite de sexo é bom, muito bom mesmo. Mas o que é sério é uma noite, ou dia, ou tarde, de amor com sexo ou até sem ele.
ResponderEliminarSexo de passagem, sexo acidental, de mera casualidade só raramente será uma matéria séria.
Satisfaz, equilibra, tonifica, dá prazer, aquieta o corpo. Mas seriedade é outra coisa. É entregar a alma através do corpo, é fundir um no outro. Isto é que, para mim, é sério. O resto é bom, é óptimo. Mas não mais. Ou não?!
Ó Helena...
ResponderEliminarPense o que quiser, mas sou incapaz de fazer (diferente de pensar) uma noite (manhã, tarde) de sexo, sem que este seja expoente físico, máximo e possível, de Amor. Não encontro, tangível e fisicamente, nada comparável. Noutros planos, todos outros gestos, atitudes e intendências podem-no sublimar, mas jamais numa "luta" que, mais do que tudo, se quer física, corpo a corpo, ou corpo no corpo, poderá superar...
ps: muito me apraz saber, nem outra coisa saberia esperar, que estamos completamente de acordo quanto à profunda seriedade do corpo no Amor.
Dear Helena, porque sei que gosta de matematica...
ResponderEliminarhttp://www.premiere.fr/Cinema/News-Cinema/15-martinis-51-conquetes-220-cadavres-James-Bond-en-chiffres-3533564
A proposito de primeiras filas....
ResponderEliminarAconteceu-me ha dias durante uma avant première de "Astérix & Obélix au service de Sa Majesté"...preferia o Craig no colo :))))
Como eu a entendo, também acho o barulho de pipocas horrível sem contar com o mau estado de limpeza em que os consumidores deixam as salas de cinema.
ResponderEliminarE faz tão bem distrair a mente das coisas de alma e das outras que a habitam em permanência.
ResponderEliminar(eu acho que me vou distrair um dia destes a ver o último Astérix...).
"É entregar a alma através do corpo"
ResponderEliminarAcho que esta é a mais bela e completa definição de amar, e eu nem sou uma romântica, mas esta fez-me pensar.
Susana