quarta-feira, 27 de junho de 2012

Desafio...


“Há que regular a máquina do Estado com tal precisão que os ministros estejam impossibilitados, pela própria natureza das leis, de fazer favores aos seus conhecidos e amigos”.

Quem disse isto? E quando?

HSC

27 comentários:

  1. Foi Salazar...em 1932, numa entrevista ao Jornalista António Ferro.
    Pena que poucos as tenham lido e entendido o real valor e dimensão. Há lições que se aprendem tarde de mais.
    Um beijinho para si Helena.

    Maria Margarida Lessa

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  2. Eu fiz batota... fui pesquisar à Internet.
    Não vou portanto desvender o mistério. Mas, será? A net terá certeza do que me disse.

    AS?

    Beijinhos,
    Vânia

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  3. De lá para cá a máquina vai cada vez mais imprecisa...

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  4. AS: António de Oliveira Salazar! Estava certo.

    Coloquei apenas as iniciais

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  5. António de Oliveira Salazar.

    Cumprimentos

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  6. Professor António de Oliveira Salazar ! :)

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  7. Esta bela frase disse-a Salazar.
    Não sei onde, mas certamente na tomada de posse de algum ministro.

    Esta é a "ditadura" com que me identifico.

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  8. Segundo pesquisa da net, foi Salazar. Independentemente de quem o disse, o importante é que este princípio seria um dos pilares básicos de qualquer democracia. Além de que facilitaria muito a honestidade das relações interpessoais e deixaria o caminho mais livre para o triunfo da competência e do empenho.
    Agora, atrevo-me a lançar a seguinte questão: é fácil direccionar a crítica para os políticos, mas, no nosso dia-a-dia, quantos de nós primam por esta conduta?

    Cláudia

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  9. Comentadores cultos, os meus. Foi, de facto, Salazar numa entrevista que concedeu a António Ferro em 1932, ainda eu havia de esperar uns anos para nascer...

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  10. No princípio todos mostram propósitos bonitos e prenúncios de rectidão. Mas até Salazar e os seus ministros esteveram ao lado dos grandes senhores dos negócios e da Igreja.

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  11. Nós sabemos muita coisa, Drª Helena: quanto mais não seja preguntar ao sábio Google!

    ;)

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  12. Minhas caras e meus caros amigos:
    Entre as intenções (e as frases pomposas) e a realidade vai uma grande distância.
    Pergunte-se a qualquer político hoje (até arrisco os nomes de Isaltino Morais, Duarte Lima, Armando Vara, Sócrates, etc. etc.) a opinião sobre o assunto e repetirão o que disse Salazar.
    Salazar, de facto, não era corrupto, está provado, mas daí a concluir-se que não havia corrupção vai um passo de um gigante.
    Sabiam que no Estado Novo havia a Lei da Protecção Administrativa, segundo a qual o Ministério Público estava proibido de levantar processos-crime a altos dignitários da Administração Pública? Só com autorização prévia do Ministro da Justiça.
    Hoje não, por isso é que a prescrição dos crimes funciona tão bem e atrás de cada Grande Corrupto há sempre um Grande Advogado (ambos com letra maiúscula).
    Formas diferentes de safar sempre os mesmos de grandes encrencas.
    Não dourem demasiado a pílula, temos uma grande tendência para nos lembrarmos de forma nostálgica dos «bons velhos tempos», sejam referentes à nossa vida pessoal, sejam referentes a um passado feliz e grandioso da Pátria.
    Ao mesmo tempo que Salazar deixou essa afirmação, também polvilhou inúmeros documentos (estão aí para consulta pública, é só ir à Torre do Tombo) em que se queixa amargamente de que não pode confiar em ninguém, é tudo um bando de gatunos.
    E não se esqueçam que naqueles tempos havia uma coisa que se chamava CENSURA, depois EXAME PRÉVIO. Fazia toda a diferença de hoje, em que e sabe tudo (mesmo em segredo de Justiça), e em que a técnica é a do enxovalho público com verdades e mentiras, confundindo de tal modo as pessoas que às tantas já não se sabe o que é verdade e o que não é.
    Já nos idos finais de Salazar um alto dignitário do Regime foi apanhado no Aeroporto da Portela com uma mala com 20 mil contos (100 mil euros) roubados do Erário Público, uma fortuna para a época.
    Caiu em desgraça, exilou-se, suicidou-se no exílio morto de saudades da Pátria para onde não podia voltar. Estava proibido de regressar.

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  13. O que, de facto, não veio a acontecer durante os seus governos; e foram muitos… Da palavra à realidade factual…

    Raúl.

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  14. Isto é que é cultura, D. Helena!

    :)

    Cumprimentos

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  15. 1932, realmente ainda não era
    nascida, mas que hoje deveria
    ser uma prática, sem dúvida.
    Mas querem lá saber...
    Bj.
    Irene Alves

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  16. Infelizmente alguns (muitos?) ministros de Salazar, não deviam ler as suas entrevistas.

    Favorecimentos era que não faltava.

    Cumprimentos

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  17. como se o ditador não favorecesse os amigos...

    a) franquelino da motta

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  18. Gostei do comentário de António Pedro Pereira! Foi esclarecedor. De facto, muita gente ignora essa Lei da Protecção Administrativa sobre o M.P.
    Mas não só. No Direito Civil (e Comercial) também. Meu pai costumava contar-nos que ganhara um projecto empresarial, ao tempo do Velho Reaccionário, que o permitia fazer um determinado investimento, onde o Estado concorria, igualmente, através de uma empresa pública (a par de outras empresas privadas). Todavia e apesar de a proposta de meu pai ser a melhor (e ter, no papel, ganho) foi informado (pelo Gabinete da Presidência de Conselho de Ministros - Salazar) de que "os imperiosos interesses do Estado não permitiam que a proposta/projecto de meu pai vingasse/ganhasse. Enfim, tempos para esquecer (aliás, por variadíssimas razões)...apesar de muito saudosismo imbecil (e pouco informado), que ainda hoje reina na cabeça de muito tonto!
    P.Rufino

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  19. Um obrigado ao António Pedro Pereira porque disse tudo o que tinha a dizer.

    Mas desengane-se quem julga que o povo Português é na sua maioria e por natureza ladrão e corrupto.

    Porque muitos de nós, impedidos com certeza de acesso a altos lugares desta pobre 3ª (des)república, estamos por educação de carácter blindados para a corrupção, a mesquinhez e a insensibilidade para com o nosso semelhante.

    Garanto-vos, meus amigos, que se me apanhasse lá, muita cabeça "ia rolar" em Portugal (proibição total de acesso a lugares públicos para quem utilizasse qualquer técnica de amiguismo, tráfico de influências, boataria, ...). A promiscuidade lugares públicos - empresas rentárias tinha os dias contados! Os concursos públicos totalmente abertos com o fim dos ajustes directos (essa praga de roubo da arca pública!).
    Ah e acabavam-se as inaugurações públicas, abriam-se canais de comunicação à opinião popular, o referendo e auscultação pública teria um uso mais alargado que a república Suíça, a democracia invadiria os canais virtuais tornando-se bem mais real do que esta democracia de fachada e pacotilha...

    E privatizações só das empresas que dão prejuízo para o estado e de todas aquelas que vivem na concorrência (não mais haveria lugares fora do estado para os rotativos do regime, senão o regresso aos seus empregos naturais).

    A concorrência é salutar mas apenas quando existe na prática. E os reguladores de que tanto se fala só o são quando não tomados pelo regulado: senão, extinção pura e dura!

    Um dos problemas graves da nossa república, para além dos ladrões serem cooptados por ladrões, é o facto de uma comunicação social que não o é, em parte substancial (com as inevitáveis excepções e o perigo da generalização), transformada em "empresas" de comunicação das "situações". Para além do inefável problema de uma justiça que não a é...etc, etc...

    E para além do nosso comodismo e apatia perante aquilo que é nosso. Os ministros e afins são nossos funcionários e não o contrário...

    Será que os novos ministros e secretários ainda andam em turística passado 1 ano sobre a tomada de posse?

    E já começaram a ir de carro particular para os ministérios e secretarias de estado (como qualquer cidadão deste país?), abatendo à despesa as viaturas ditas do estado e que servem quase sempre a mulher, a filha, ...

    O exemplo é muito bonito, e Portugal "morre" por "falta de exemplo", por uma elite do poder (de maus exemplos diários) vinda das juventudes dos partidos, ignorante e sem valores!

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  20. Ó Franquelino da Mota, não tresleia...
    Eu limitei-me a fazer uma pergunta e testar os conhecimentos dos meus simpáticos comentadores.
    Não disse que "aquela" era a prática do antigo PM do país.

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  21. Ó Pedro Almeida Sande, não lhe parece que está a seguir o mesmo erro de Salazar, ao dizer o que faria, se lá estivesse?
    É que ele também disse e depois... bom, depois cada um viu o que se passou.
    O grande drama dos políticos - e não só - é falarem antes de provarem aquilo de que são capazes.
    Por isso é que muita gente séria não vai para a política. E fazem bem!

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  22. Cara Drª Helena S. Cabral:
    Para mim, trata-se de uma frase intemporal! Poder-se-ía aplicá-la ao poder político de ontem, como de hoje e, certamente, de amanhã!
    Mas lá diz o provérbio: "Olha para o que eu digo, não faças o que eu faço".

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  23. muito lisonjeado, ó minha senhora, me sinto por ter resposta sua ao quase nada que escrevi, quando outros que muito mais escreveram a não tiveram.
    nada tresli, só desabafei - com alguma raiva, é certo - face ao que li. a excessiva concisão do desabafo poderá suscitar dúvidas sobre o sentido dele. esclareço que sei bem - sabemos todos os que então vivemos - que a prática da ditadura não correspondeu de todo àquela linda frase do ditador. longe de mim pensar que a minha cara e ilustre senhora pensaria ou diria outra coisa.
    vale?
    com o respeito todo e muita consideração

    a) franquelino da motta

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  24. O mundo parece ter perdido o hábito de pensar e a culpa talvez caiba a uma acumulação de sofrimentos. Convém reeducar este mundo, aliás afogado em intelectualismo.

    António Salazar

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  25. Nós somos um povo de conversadores... inúteis, sobretudo quando não somos espirituosos.

    António Salazar

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