quarta-feira, 7 de março de 2012

As quezílias

Os portugueses adoram "estórias" de quezílias, muito em particular se elas forem vividas por políticos. Então, em tempo de crise e com os ânimos acesos, melhor ainda.
Vem isto a propósito das pastas das Finanças e da Economia. Desde o início das suas nomeações que Vítor da primeira e Álvaro da segunda, estiveram na berlinda. Sobretudo, porque não são políticos. São, essencialmente, técnicos nas respectivas áreas. A um, criticava-se vir do Canadá. A outro, vir de Bruxelas.
De facto, no momento de crise que vivemos, eu prefiro quem saiba da "poda" a quem saiba dos jogos palacianos partidários.
Só que nem Alvaro Santos Pereira é um ministro da economia, nem Vitor Gaspar é um ministro das finanças. O primeiro tem áreas a mais, para se poder dedicar ao essencial, que é um programa de desenvolvimento. O segundo tem o poder de um vice PM, porque comanda todos os ministérios.
Pelo que conheço de ambos, a coisa vai manter-se em banho maria, porque a saída de Santos Pereira, muito possivelmente, iria fazer desaparecer o seu ministério. O que acarretaria custos diversos e não pequenos.
Por tudo isto, o melhor é que nos concentremos no que deve ser feito e não na telenovela do QREN. Quer um quer outro estão lá para fazer o seu melhor e não para alimentar tablóides.
Como diria Cavaco Silva "deixem-nos (a eles) trabalhar". Parece-me bem!

HSC

7 comentários:

  1. Subscrevo na íntegra esta sua opinião, Helena. Para mais, as pessoas esquecem-se que ambos estariam bem mais sossegados (e a ganhar mais, já agora) nas anteriores funções. Há um espírito de missão nos membros deste governo que escapa a muitos. Mas percebo, anteriormente nem sempre foi assim: a política era carreira apetecível e, finda, iam para Paris, por exemplo.

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  2. Boa tarde,

    Pois, e qualquer coisa serve para fazer 'ruido' em volta!
    Entretanto sobre o que é importante ninguém fala nem se preocupa e vamos sendo 'tramados'!

    ... então se for um jogo de futebol, a crise é remetida para segundo plano... até pelos media, que abrem os noticiarios com o assunto 'futebol'!

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  3. Duas catástrofes. E com eles a remar e o Passos ao leme, o barco - a Economia -, devagarinho, lá se vai afundando. E com o "lastro" da U.E, FMI, etc (ou seja, os juros ruinosos)ainda nos sucede como o Titanic. A seguir as cenas dos próximos capítulos.

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  4. Cara Helena:

    Não acompanho a política portuguesa, mas sim a realidade portuguesa.

    Com a a minha Admiração de sempre,

    Raúl.

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  5. as quezilias ocupam 75% dos noticiários, as intrigas, os boatos, alguma lutinha de bastidor. Pouco me interessa quem gere os fundos e quem aceita as decisões e assine os chequezinhos, desde que sejam aproveitados e bem aplicados.
    quem saiu mal desta guerrinha de competencias sabemos quem foi e nisso fica demonstrado que talvez não terá capacidades e qualidades para gerencia de fundos. a saida nobre seria mesmo ter se demitido, mas assim não foi e voltamos ao principio depois de todas as conclusões tiradas. o unico que se demitiu e muito bem para ele e todos foi o nobre.

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  6. Caro Paulo Abreu e Lima:

    Não sei a quem se refere neste governo, mas deixou-me boquiaberto. Espírito de missão, deixar a maioria na penúria, quando há alternativas! Com franqueza!

    Raúl Mesquita.

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  7. Caro Raúl Mesquita,

    Boquiaberto fico eu quando constato que acredita mesmo que «há alternativas»...! Há uma substancial diferença entre realismo e surrealismo, sem que a humildade da resignação seja, per se, sinónimo de capitulação. Com toda a franqueza!

    PAL

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