Que o capital procure o local onde é melhor tratado, não me surpreende. É legal. E já Marx sabia.
O que é mais difícil de compreender é que a Comissão Europeia não estabeleça as necessárias regras de harmonização fiscal que evitem as fugas de capital, quer das empresas que deslocalizam as suas sedes, quer dos particulares que procuram as praças offshore.
Igualmente difícil de entender é o discurso moralista de Soares dos Santos que se insurgiu no governo Socrates contra aquilo que agora pratica.
De facto, não são só os políticos a praticar a doutrina de Frei Tomás. Os empresários seguem-lhe o exemplo. Se analisarmos o PSI 20, não é preciso dizer mais nada sobre lições de moral...
HSC
Muito bem! Apoiado!
ResponderEliminara) Alcipe
Cara Helena,
ResponderEliminarLá vai mais um!
Todos os dias perco referencias que tinha em boa conta.
...mas creio que Marx tambem disse - o Capitalismo gera o seu proprio coveiro.
Este é o resultado de terem posto a governar este País um homem que sempre viveu de partidarites, só concluiu o curso com 37 anos e só começou a "trabalhar" aos 40.
Até quando é que eu e mais uns milhares, que não votámos, vamos aturar isto?
o capital é amoral, vai para onde melhores condições tem.
ResponderEliminarnão é só o capital português que foge daqui (cgd p ilhas caimão, parece, e agora jeronimo martins, mas deve haver outros mais) o estrangeiro tambem não vem.
a politica fiscal deve ter levado em conta as perdas e os ganhos e escolhido o aumento da tributação como o mais conveniente ou menos inconveniente.
a campanha contra a zona franca da madeira (não confundir com paraiso fiscal que não é) pode ser outra machadada na fuga de empresas portuguesas e estrangeiras ali registadas.
No seguimento do que Patrício Branco aqui diz e bem, devo dizer que me espanta, de algum modo, o que se tem dito e escrito sobre esta questão. Não querendo ser conservador, que até nem sou, sou de opinião de que o Capital, na lógica do sistema em que vivemos, tem todo o direito de se deslocar para onde obtiver mais vantagens, quer económicas, quer fiscais. Não me escandaliza um pingo (doce, ou salgado) sequer. Aquilo que julgo nos deveria fazer reflectir e pensar, sobretudo ao Governo, é como evitar que situações destas aconteçam. O próprio PM, no último debate parlamentar, reconheceu que Portugal oferece vantagens fiscais menos atraentes para as empresas, do que a Holanda. A continuarmos com esta política fiscal, designadamente sobre as empresas, não só muitas mais irão à falência, como outras nos deixarão para se estabelecerem noutros países. Pior ainda, o investimento estrangeiro, de que igualmente necessitamos, também partirá daqui para outros lugares.
ResponderEliminarMantenho a posição de que enquanto não houver uma nova "abordagem" fiscal, como parte de estimulos ao investimento, quer nacional, quer internacional, a nossa Economia, que infelizmento pouco produz, para o que devia, visto nos termos transformado, em má hora, num país de serviços, não sobreviverá muito tempo. Acredito que o nosso problem é sobretudo de natureza económica e não financeira. Com uma economia a "carburar" melhor, então sim cresceremos, desenvolver-nos-emos e deste modo pagaremos as nossas dívidas, da herança socrática.
Resumindo, deixem o capital em paz. Preocupem-se mais em atrai-lo para cá e a cá ficar. É isso que deveria importar.
P.Rufino
Meu caro P. Rufino
ResponderEliminarInteiramente de acordo!