terça-feira, 17 de janeiro de 2012

As consequências


O Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF), que vive da contribuição de Estados soberanos, em particular dos possuidores de notação "triple A", perdeu o rating máximo atribuído pela agência Standard & Poor's (S&P), na sequência da quebra sofrida no rating máximo pela França e pela Austria.
Este Fundo é usado na ajuda financeira à Irlanda e a Portugal e deveria ser reforçado em caso de eventual necessidade de ajuda por parte de outros emitentes soberanos.
Com efeito o FEEF tem agora atribuída uma notação de "AA+", o que significa que os investidores vão exigir uma rendibilidade mais elevada para investirem na dívida deste emitente. O que também significa que Portugal deverá sofrer uma subida de taxa de juro em próximos financiamentos.
A expectativa de ontem quanto a essa possibilidade de "downgrade", já levou os juros da dívida pública portuguesa para máximos históricos desde a entrada no euro.
Por outro lado, a anterior decisão daquela agência, de colocar a dívida portuguesa ao nível do "lixo" poderá levar a que vários fundos de investimento internacionais, por imposição de regulamentos internos, se venham a desfazer das posições.
E tudo isto numa altura em que Portugal tem prevista para amanhã uma emissão de 2500 milhões de euros a 12 meses.

HSC

5 comentários:

  1. Agora é que eu percebi o que uma bola de futebol sente durante um jogo mesmo entre clubes da 3ª liga!

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  2. A emissão do FEEF correu ok...
    Amanhã é comprar algumas a bem da nação...
    Eu já tou cheiinho de papel potencialmente sem valor a 10 anos
    mas como se calhar não duro 10 anos
    vou aproveitar para comprar a 12 meses
    podíamos fazer vendas de dívida portuguesa como dantes se compravam tupperwares

    as contas na suiça de qualquer modo não rendem nada..e o pessoal com tais contas morre na mesma...

    logo a bem da nação contra os mações comprar comprar

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  3. Que dizer, Cara Helena? Que se arranje na Europa, rapidamente, um De Gaulle, mas onde? Are we doomed…?

    Raúl.

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  4. E eu que nunca gostei de matemática, nem me atrevo a fazer "estas" contas. Até porque as equações levam Portugal sempre ao mesmo resultado. Lixeira !
    Sinto-me com 1,70 cms que tenho, tapada com um cobertor de 1,20 cms.
    Se tapo a cabeça destapo os pés e vice-versa.
    Quero eu dizer com isto (peço perdão aos Economistas pela minha ignorancia) que, se contrai um empréstimo, paga-se uma dívida, e fica-se com outra dívida mais os juros da mesma e assim sucessivamente, (evitando pensar de onde sai o dinheiro para esses pagamentos)seguindo o meu "simples" pensamento pergunto: quando sairemos do papel de devedores. Alguém me pode
    esclarecer por favor ? É que a "burra" sou eu !!!
    Um abraço.

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  5. Afinal, parece que o "downgrade" de sexta-feira não afectou a taxa de juro dos bilhetes do tesouro colocados hoje. Apesar de se tratar de dívida de curto prazo, conseguimos até uma ligeira descida face à última taxa praticada. E agora, finalmente chegámos ao fundo? Pois vamos demonstrar a essas agências americanas que estão tão enganadas connosco como estavam quanto à Lehman Brothers...

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