Terminei hoje a árdua tarefa de promover o meu último livro, com uma sessão de autógrafos na Fnac do Chiado. Mesmo com crise e um grau de iliteracia elevado, a livraria estava cheia. E o sector das novas tecnologias abarrotava.
Haverá mesmo falta de dinheiro? Às vezes tenho dúvidas. Mas creio que o responsável é sempre o mesmo, ou seja, é o cartão de crédito a funcionar. E, claro, o mal parado, em Janeiro, a disparar.
Em compensação para poupar uns cobres - que diacho, não teria sido possível pedir à EDP uma ajuda nas iluminações de Natal? -, a Câmara Municipal de Lisboa fez umas decorações natalícias tão "pindéricas", que o ânimo dos portugueses só pode ficar ainda mais diminuído. Ufa!
Já sei, já sei, estamos em crise, não podemos gastar dinheiro. Os pobres, está visto. Os "outros" podem.
Então, do meu ponto de vista, era quase preferível não tocar nas iluminações. O que se fez, sobretudo no Marquês, é de arrepiar. Aqui estou inteiramente de acordo com o que disse, hoje, o Miguel Sousa Tavares.
E, já agora, em complemento, solicita-se ao governo que, pelo menos durante estes dez próximos dias, nos poupe aos discursos sobre as medidas que todos os dias irão ser tomadas. Pede-se o mesmo aos noticiários televisivos e aos frente a frente que, se nos não matam, nos moem terrivelmente!
Por favor poupem-nos, estamos exangues de tanta transparência...
HSC
Helena,
ResponderEliminarFez-me rir com este seu pedido ao governo. O seu sentido de humor e a sua franqueza (e o seu coração independente) são uma lufada de ar fresco.
Um beijinho.
Amén!
ResponderEliminarNo Jornal de Letras vinha este texto de Rui Zink. Lúcido, acutilande, irónico como ele tão bem sabe ser.
ResponderEliminarPartilho-o convosco:
NÃO DÊ...
não dê dinheiro a um pobre
Habitua-o mal
Não dê comida a um pobre
Habitua-o mal
Não dê de beber a um pobre
Ele vai gastar tudo em vinho
Não dê guarida a um pobre
Ele gosta mesmo é de chão
Não dê livros a um pobre
Ele queima-os para se aquecer
Não dê carinho a um pobre
Ele estranha e fica nervoso
Não diga bom dia a um pobre
Dá-lhe falsas esperanças
Não dê saúde a um pobre
É uma despesa inútil
Se quer dar-lhe mesmo
alguma coisa
[porque enfim está no espírito de natal
e você é uma alma piedosa]
Dê-lhe porrada.
Vai ver que ele gosta
Já está habituado
E os pobres não são
muito de mudança não.
O que me ri com essa sua solicitação ao governo, Caríssima Helena! Mas tem razão. Nestes próximos dez dias, quer-se muita opacidade, principalmente nas meiazinhas da lareira...
ResponderEliminar:)
Não tenho o dom da Senhora para a escrita,nem sou tão regular mas...
ResponderEliminarhttp://coisassoltas07.blogspot.com/2011/12/iluminacao-de-natal.html
Desejo-lhe um Feliz Natal para si e os Seus.
ResponderEliminarAbraço
Isabel