quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Lei palmada


A Câmara dos Deputados do Brasil aprovou o projecto que proíbe os pais de crianças ou adolescentes de aplicarem castigos físicos aos filhos, mais conhecido por Lei palmada.
Proposto no tempo de Lula da Silva, o projecto de lei foi aprovado numa comissão da Câmara dos Deputados especialmente criada para analisar este caso. O texto será submetido ao Senado, a menos que algum deputado peça a sua votação também em plenário.
O projecto prevê que os pais que maltratem os filhos, tenham de frequentar cursos de orientação e se submetam a tratamento psicológico ou psiquiátrico, além de serem objecto de advertência. A criança que sofrer a agressão também terá tratamento especializado.
A proposta estipula ainda que os agentes públicos, como médicos e professores, poderão ser multados, se tiverem conhecimento de agressões e não denunciarem o caso às autoridades.
O objectivo desta lei é mudar um hábito cultural enraizado. Todavia este texto gerou críticas de alguns pais que o consideraram como uma intrusão do governo na sua forma de educar os filhos.
"Com a aprovação unânime da comissão especial que analisava a matéria, o Brasil terá dado um importante passo para a afirmação dos direitos da criança e do adolescente contra todo o tipo de violência", diz-se num comunicado.
Este tipo de legislação específica, que impõe um certo nível educacional, deixa-me sempre algumas dúvidas. Talvez, porque por detrás dele, pode estar um certo laxismo que tem conduzido a que as crianças tratem mal os adultos como é o caso dos professores maltratados e até batidos-, como me preocupa que se não faça legislação idêntica para idosos, cuja fragilidade tanto devia preocupar o legislador.
Pessoalmente julgo que uma palmada no rabete de uma criança malcriada, pode ser bem mais eficaz do que um moral discurso paterno que lhe entra por um ouvido e sai pelo outro...

HSC

14 comentários:

  1. Apesar de ainda não ser mãe concordo plenamente consigo, e acho que uma sapatada no momento certo nunca fez mal a ninguém, muito pelo contrário!

    Beijinhos,
    Maria Leonor

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  2. A minha bisavó, na sua sabedoria, dizia: "uma palmada dada na hora certa, faz melhor que um prato de sopa". Infinita sapiência...

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  3. Subscrevo por completo as conclusões deste Post! Sem dúvida!
    P.Rufino

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  4. Pois é Helena, se me choca ver alguém dar uma palmada em público a uma criança, porque acho que humilha a criança, em privado, na dose certa, que não magoe mais do que o impacto ou susto do momento, no momento certo, nem antes, nem depois, que seja no justo momento em que a criança passou das marcas é do mais eficaz que há.

    Digo isto com a consciência tranquila de quem deus umas quantas palmadas aos filhos e de quem hoje vê o output da educação que receberam. São pessoas equilibradas, felizes.

    E digo-o com a consciência de quem, sendo avó babadésima com os netos, derretida, feliz, encantada, já uma ou outra vez disse ao mais crescido, com voz zangada, 'Queres uma palmada?' e só não lhá dei porque ele, querido e fofíssimo, assustado, disse 'Não...'.

    Não se vê outra mneira de educar capazmente uma criança que não seja assim. Muita fisolofia não resulta.

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  5. Só os perturbados gostam de violencia.
    Sou avó, há quatro anos e numca bati na minha neta, não porque de vez em quando não o mereça, mas antes de lá chegar ela percebe quem é quem.
    Mas gostava de saber em que "mundo" vivem os autores de tais leis?
    E o outro lado? A criança/adolescente cresce com a ideia de que só tem Direitos?
    E as leis para os Deveres?
    E o mercado cheio de jogos onde a violencia impera? E os desenhos animados com violencia verbal e não só?
    Santa paciencia para quem se entretem a mostrar serviço sem medir consequencias!
    O respeitinho é bonito e muitas vezes uma palmada na hora certa, acorda para a razão.
    Leis e punições a adultos pelos maus tratos fisicos e psicologicos a idosos dependentes e fragilizados seria uma boa medida.

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  6. Pertenço ao grupo de avós à moda antiga. Sendo contudo capaz de me sentar no chão com eles e fazer contruções e jantarinhos. na hora certa eu sou a avó e eles os netos, que como é normal querem ver até onde podem ir, marcar posição.
    Estes governantes não pensam em educar primeiro os pais?
    Quantas vezes não nos apetece chamar a atenção a mães e pais pelos maus exemplos que dão
    Quando não há bases as leis caiem por falta de sustentação.
    Aproveito para a cumprimentar pelo seu sucesso e partilha de ideias e analises.

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  7. Nem poderia estar mais de acordo com os dois últimos parágrafos. Acho, no entanto, que este tipo de legislação, sendo louvável na intenção, falha na universalização e generalidade do que se entende como castigo corporal.

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  8. Ola.
    Parece que todos pensamos equilibradamente a mesma coisa.Tenho dois filhos ja homens em quem nao tive necessidade de muito "palmadar", no entanto sempre levaram algumas palmadas, quando necessario. Aos meus 3 netos, deixo isso ao cuidado dos pais, porque lamento muito dize-lo, mas sou um bocadinho permissiva,ainda sou pior que eles, mas com os netos vai de conversa, mas ee assim uma especie de conversa maluca que surte efeito.Concordo em absoluto com os seus ultimos paragrafos.
    Bjs

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  9. só podia ser uma lei brasileira , como se ainda não tivessem criminosos que chegue....

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  10. Cara Helena:

    Tento sempre ir ao fundo da questão. A palmada é completamente diferente de maus tratos, evidentemente… Estas leis ocidentais, que são exageradas, só podem ter como objectivo levar a criança a sentir-se rei, o que faz com que não se revolte - mais tarde será dócil nas mãos do Poder. Disse.

    Raúl Mesquita.

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  11. Tempos esquisitos estes em que se promove o diálogo , se proíbe a educação "à moda antiga", em que se pretende um mundo educado e virtuoso e, afinal, a violência, a ausência de valores e a indiferença aumentaram para úmeros nunca vistos... "Isto" há-de ter um fim qualquer...esperemos que, agradável, ou corremos o risco de ter que regredir uns bons cinquenta anos para voltar a ser tudo "normal"...

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  12. Mais umas fornadas de princesas e príncipes que aí vêm!,

    que aos trinta anos fazem questão de dizer que não sabem cozinhar nem fazer coisa nenhuma... e não têm obrigação, só direito de ir ao ginásio e à massagem, para tratar do corpinho...

    até à derrota final,

    Bj

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