Dentro de algumas horas deixo, sem saudade, o ano de 2011. Também é verdade que não entro em 2012 com grandes expectativas. Desejo apenas saúde e trabalho para mim e para os que amo. E uma vida tão digna como até aqui.
Vamos todos trabalhar mais, receber menos e não perder o norte, nem entrar em depressões. Julgo que pode haver um lado positivo em tudo isto por que estamos a passar. Que será o de revermos hábitos adquiridos que nem sequer representavam qualquer valorização pessoal.
Com efeito, saltámos com muita facilidade, de uma sociedade do "ser" para uma do "ter" ou do "parecer". Tomámos a nuvem por Juno e quase acreditámos que éramos um país desenvolvido.
Da casa alugada pulámos à casa própria, do telefone ao telemóvel, do fax ao computador, do transporte público ao carro próprio, da televisão de família à televisão do sexo, enfim, do casamento à união de facto. Tudo, num curtíssimo espaço de tempo.
Agora aparece a factura com pagamento a prestações crescentes e termo indefinido.
Dói? Com certeza. Mas alguma vez alguém acreditou que tudo aquilo seria gratuito? Que tínhamos reais possibilidades de levar a vida que levávamos? Penso que muitos de nós sabiam que não.
Aproveitemos, então, agora, individual e colectivamente, para seleccionar o que é essencial a uma vida digna - pelo menos para aqueles que ainda têm trabalho - e abandonemos, de uma vez por todas, essa imensa carga de fatuidades, a que muitos estavam habituados, mas que apenas constituíam um lamentável sinal exterior de estatuto social.
HSC
Cara Dra. Helena: um bom ano para si e, se possível, para todos nós! Como se costuma dizer na minha terra "não há-de ser nada!"...
ResponderEliminarEstimada Dra. Helena,
ResponderEliminarHá dias, alguém me disse, com muito boa disposição, que:
"2012 vai ser um bom ano" ! E, tão somente, porque, sempre que os políticos fazem promessas, as mesmas nunca se cumprem. Ora, como agora nos prometem dificuldades de toda a ordem, o que vai acontecer é que, ao contrário, a situação vai normalizar-se no próximo ano".
Achei interessante esta teoria, e com base na mesma, venho desejar-lhe um FELIZ ANO NOVO !
Desta sua leitora,
Um abraço,
Emília Maria
Obrigado.
ResponderEliminarComeço assim este comentário porque, de uma pessoa com o nome da minha querida Mãe, chegam palavras reais mas de um calor e verdade sem par.
2012 é mesmo um ano de grandes resoluções, mesmo que as expectativas não sejam as melhores. Um amigo pessoal dizia a alguns dias atrás: "Um Feliz Natal com muitas futilidades e muita doçaria! Têm o resto do ano para serem pessoas simples e azedas!". Esperemos que assim não seja. Desejo-lhe um Bom Ano, com Saúde e Paz, e belas palavras sempre à mistura. Um beijinho para si, Helena.
Bem haja.
Margarida
Cara Helena:
ResponderEliminarCreio que não foi tanto o facto de a maioria de nós viver acima das suas possibilidades (cartões de crédito) que dói nisto tudo, mas sim o facto de se perder regalias que julgávamos serem o espelho da Europa. Contrariamente, o neoliberalismo anglo-americano estendeu os seus tentáculos à Alemanha e a França porque encontrou actualmente terreno propício. É o fim de uma era, um "river of no return", que nos porá a par dos EUA na teoria política (sem os fundos), ou seja, no desprezo pelo valor da vida humana (salvo algumas raras excepções), onde tudo se compra (a saúde, a boa educação escolar - lembro que em França até há bem pouco tempo, esta estava ao alcance de todos os que quisessem e tivessem craveira). Creio, ao contrário da Helena, que é motivo para chorar, perante a impotência que nós, cidadãos, sentimos. Ontem vi e ouvi parte da entrevista da Judite de Sousa a uma ministra deste Governo (Lei da Rendas) e fiquei esclarecido, aliás, confirmei o que já sabia. Teoria anglo-americana copiada de estampilha. Bem, da Senhora Ministra, a impressão que me deixou, é melhor calar-me… Por outro lado, não me conformo…
De qualquer modo, agradeço a sua amabilidade em nos desejar a todos um Bom Ano e retribuo com os Votos de tudo do melhor para si, para os seus infantes, como diz, e para toda a sua Família e Amigos.
Creia-me seu Amigo também,
Raúl.
Pode ser que realmente que com esta crise nos consigamos reencontrar e voltemos a ser donos de nós próprios como éramos antes da UE. Bom ano para si
ResponderEliminarFaçamos deste ano um ano apesar de todos os pesares. É o que vou tentar.
ResponderEliminarBeijinhos e um bom 2012
já agora, gostei do anónimo sua visão das promessas políticas.. viva 2012, que vai ser bom, se quisermos !Alain+++
ResponderEliminarEsperemos que 2012 seja, como diz o outro, um ano "tão bom quanto possivel"
ResponderEliminarAdorei. Excelente análise. Na verdade, é isso mesmo. Dói, certo, mas as pancadas servem para nos reeducarmos. Porque então nunca aprenderíamos nada... Feliz ano com aquilo que realmente importa e refere logo no inicio***
ResponderEliminarCarissima Helena,
ResponderEliminarPeço desculpa mas, talvez pela primeira vez não concordo consigo.
Tinhamos um atrazo de dezenas de anos em relação ao resto da Europa.
Em trinta anos fomos conquistando horizontes, direitos ,tecnologia. Pela minha parte lutei em quarenta anos de trabalho por realizar sonhos e alcançar objectivos, construir algo. Será que não tinha direito a pequenos luxos como um telemovel, ou conhecer a capital do país vizinho?
Se no ultimo ano de actividade tivesse recebido os vencimentos devidos e o Governo não desse cobertura a saidas de capitais para paraísos fiscais, não fiscalizando insolvencias fraudulentas, estariamos todos bem melhor e acabariamos este ano menos preocupados.
Espero contudo e desejo-lhe um ano de 2012 bem melhor do que nos indicam a todos os niveis.
Querida Helenamiga
ResponderEliminarConcordo, mas (sem adversativa isto não tinha piada nenhuma, que o diga o Seixasamigo)... sem Passos, com passas. E com os dois pé juntos. É só um saltinho
Qjs
Mas o que tem a união de facto a ver com o consumismo?! Muitos casamentos, por conveniência, por comodismo, etc., sempre tiveram, e têm, mais a ver com o 'ter' e o 'parecer'do que a união de facto.
ResponderEliminarUm 2012 com muito 'ser'.
DT
Helena,
ResponderEliminarHoje, andando às compras para preparar o almoço de Ano Novo, várias pessoas disseram umas às outras, 'se não puder ser melhor, que não seja pior'.
Mas eu a si e a todos desejo que 2012 seja um bom ano, um ano em que a gente sinta que está a caminhar para o futuro.
Um beijinho.
Um Bom ano para si
ResponderEliminargrande abraço
Isabel
Estimada Helena,
ResponderEliminarSempre foi meu desejo, ver todos aqueles com quem contacto, terem muita Paz, muito Amor, em partilha permanente, por isso aqui deixo os meus votos, para que, em 2012, o melhor do óptimo esteja sempre presente na sua vida e na dos seus!
Um beijinho de muito bom ano!
Marcolino
o ano 2012 será o ano do dragão, no calendário chinês !
ResponderEliminarEste nem sei qual foi, mas foi muito mau. Se fosse funcionario publico só teria uma redução pequena, mas como pequeno empresário, levei uma porradona velentona!
POr isso desejo que o Dragão do novo ano traga mais felicidade a toda a gente e já agora o titulo ao Benfica!!!
OGman