quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Uma reina, outra governa



Há países assim. Com duas mulheres no comando dos seus destinos.
Onde? Nesta velha Europa e num país chamado Dinamarca. A primeira chama-se Margarida e é rainha há 39 anos. A outra chama-se Helle Thorning-Schmidt e é Primeira Ministra.
A diferença entre ambas é de idade e de origem social. A primeira não nasceu e cresceu para ser rainha. Mas a alteração constitucional de 1953 permitiu-lhe que tal acontecesse.
A segunda não provem de uma família importante, mas possui um notável currículo intelectual e profissional. De facto, esta antiga euro deputada, casada e mãe de duas raparigas de quinze e onze anos, embora não tenha sangue real, possui bastante mais do que isso, porque faz parte da mais elitista realeza política europeia. Foi esta mulher que, para manter o estado de bem estar do seu país, pediu aos dinamarqueses que trabalhassem diariamente mais 12 minutos.
Também lá os seus adversários políticos tentam diminuir-lhe as forças. Mas a Dinamarca, que lhe deu uma maioria reduzida, reconhece-lhe uma qualidade essencial para governar, que é a capacidade de dialogar e fazer as alianças de que necessita. Um pouco diferente, afinal, do que aqui se passa e que põe em evidência uma Europa que contém no seu seio grandes diferenças.

HSC

10 comentários:

  1. A Dinamarca é um bom exemplo, sob muitos aspectos, a seguir. Pena que, por cá, não ocorra estudar o porquê do seu sucesso económico-social.
    Enfim...
    P.Rufino

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  2. A Dinamarca e os restantes países nórdicos pertencem a outro campeonato.

    Isabel BP

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  3. Boa ideia este seu post, Helena.

    As mulheres têm algumas diferenças face aos homens e não são apenas as mais óbvias.

    A nível cerebral é notória a maior capacidade de estabelecer mais relações neuronais simultâneas (o que se traduz na capacidade de realizar várias tarefas em simultâneo, sem perder o norte).

    Há também uma maior capacidade de estabelecer conexões interpessoais e uma maior capacidade de criar empatia.

    Por isto e por muito mais, as mulheres são, muito frequentemente, melhores gestoras e melhores líderes que os homens, conseguindo estabelecer consensos e motivar equipas de forma mais espontânea.

    Quando a isso aliam uma componente de competência profissional, as condições de sucesso encontram-se quase garantidas.

    A Dinamarca é um país evoluído a todos os níveis, e a sua solidez democrática e a sua sustentação económica só podem sair reforçadas com a dupla feminina que refere.

    Duas mulheres bonitas, inteligentes, determinadas, com sorrisos confiantes e afáveis - que bom seria se pudessemos ter também uma dupla assim agora aqui em Portugal.

    Como gosto de louvar os méritos das mulheres no desempenho das suas funções, este seu post deu-me pretexto para vir aqui 'botar faladura' nesse sentido. Mas calo-me já...

    E felicito-a, uma vez mais, por este texto!

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  4. Ena! Isto é que é produção blogueira... : )

    4 Postes 4 !!! No mesmo dia : ))

    Avançamos cada vez mais para duas europas : uma do norte e outra do sul.

    Trabalhando de uma forma exemplar a Dinamarca vai acabar por atrai a Alemanha e outros parceiros europeus do norte da Europa. O céu estrelado esta-se cobrindo a sul...

    Teremos um dia que admitir que nao funcionamos da mesma maneira. Mais, que nao queremos funcionar da mesma maneira...Hélas !

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  5. Ai! Amiga Júlia que pena tenho que na nossa mayonnaise sulista não possa haver uma pingas da nortista. Não perdíamos a graça, nem perdíamos a cabeça...

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  6. Não vem nada ao acaso, mas lá vai: Gosto de ver o Prós e Contras, mas incomoda-me MT que não haja lá mulheres, é que sou feminista até à medula.

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  7. Não percebo porquê que o Sr Rufino não percebe porque´que a Dinamarca não tem os problemas que nós temos e porquê que não estudam a razão .

    Se me permite , Rufino , não estudam porque não é preciso. Está à vista de todos. Só um cego é que não vê !!!

    Não é por causa de a 1º ministro ser mulher, mas é por causa de uma coisa que se chama corrupção !!

    A corrupção é que faz a diferença e não as feministas ou os machistas ou outras razões quaisqueres!!!

    A corrupção é a ra~zão para a nossa miséria. Na corrupção o Estado sai sempre a perder e se o Estado sai a perder, todos os seus cidadãos também !!!

    Não vale a pena estudar uma coisa que está à vista de todos !
    Você lembra-se o que aconteceu a João Cravinho que começou a querer aprovar leis para combater a corrupção com penas pesadas ?
    Mandaram-no para Inglaterra com um bom ordenado , gozar o nevoeiro de Londres e esquecer a politica!!!

    O problema são os robalinhos sr Rufino !!! Seria interessante saber se a 1ª ministra Dinamarquesa gosta de robalinhos!

    Ogam

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  8. Tem muita razão, é raríssimo a presença de mulheres, mas acha que a dona Fátima C. Ferreira consegue seduzir alguma mulher para aquele programa.Safa!

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  9. Caro Ogam,

    Tem toda a razão! O nosso problema é em boa parte ese mesmo. Dá-me cá um robalo e faço-te um favor.
    Mas, meu caro, õ combate à corrupção passa, em primeiro lugar, pela tal A.R onde se sentam os nossos ilustres representantes. Haja pois vontade séria de combater o que J.Cravinho atacou criando uma legislação mais firme, penalizante e eficaz.
    Entre outras possiveis soluções.
    Os politicos meu caro sempre que os beliscam dão sempre a volta ao caso.
    Portugal, nesse aspecto, não tem emnda!
    P.Rufino

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  10. Sou mulher, já fui uma defensora radical das mulheres mas, depois da Tatcher e da Merkel, passei as defender homens e mulheres com valor(es).
    Ideias Lebres

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