sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Agora, talvez a três...


A situação complica-se de dia para dia e agora até já chegou aos países ricos.
Leio no El Pais que a Alemanha sofre o primeiro rude golpe e deixou ontem de funcionar como refúgio face à crise do euro. Com efeito, o seu Tesouro só conseguiu colocar 61% de uma emissão de títulos a 10 anos.
Hoje oiço que a Finlândia e a Austria teriam tido problemas semelhantes. E corre o rumor de que a Espanha irá recorrer a auxílio externo nos próximos dias.
Podem ser sinais muito sérios. Sobretudo, numa semana em que a única boa notícia é a de que, por fim, o eixo franco alemão irá ter no Primeiro Ministro italiano, Mario Monti, um novo interlocutor. Com efeito, ele vai estar presente na reunião, que se vai realizar na próxima semana, entre a França e a Alemanha.
Monti conhece as questões europeias como poucos. E a sua voz pode vir a ser essencial para os chamados países do sul que, até agora, têm sido conduzidos pela dupla Merkel- Sarkozy. Esperemos que assim seja!

HSC

9 comentários:

  1. Anuncios de um fim, daquilo que nunca deveria ter comecado, digo eu,so que agora com duras penas a sofrer por todos nos. Preocupa-me os meus filhos e netos num Pais sem futuro e sem rumo.Preocupa-me o mundo em que tenho de viver, e este efeito borboleta que nos ha-de fazer rodopiar muito alem do tufao.

    ResponderEliminar
  2. Gosto muito da sua atenta observação às coisas que se passam.
    Continuamos, de facto, à espera de uma solução.
    Com muita estima
    Alcipe

    ResponderEliminar
  3. Passar-se a ideia de que um ex funcionário de Bruxellas poderá ser um bom governante porque conhece os dossiers é um sofisma que repetido muitas vezes torna-se um dogma !
    Olhe que para nós é absolutamente ao contrário, basta ver o que se passou com os tecnocratas de bruxellas; Estou a lembrar-me do ex ministro da agricultura e agora do nosso querido Gaspar!

    snons

    ResponderEliminar
  4. O relativo pouco sucesso que teve a venda de titulos alemães do tesouro não me parece assim tão preocupante. A meu ver o facto deve-se a haver oferta de titulos com juros muito mais interessantes, da italia, espanha, frança.
    Ironicamente, a alemanha sofre pois com a concorrencia dos ditos paises em pior situação financeira.

    ResponderEliminar
  5. Cara Helena,

    Nunca ficou tão nítido que nos faltam Homens com envergadura política, com estratégias bem claras, que devolvam ao mundo uma outra e firme ideia de Europa. Sei-a muito mais eurocéptica do que eu, mas nunca o desaparecimento do euro foi mais eminente, nem as suas consequências tão catastróficas para países como Portugal. Somos levados a pensar que o euro, como divisa, continua porém sobrevalorizado. Nada mais errado: desvalorizou-se abismalmente em relação a quase todas as moedas dos países emergentes e só se mantém acima da paridade inicial do dólar em virtude da política monetária, de resto inédita, que nos últimos anos os EUA têm seguido. Depois, quanto mais alto, maior será a queda. E o estrépito.

    ResponderEliminar
  6. Caro Patrício Branco
    Pode ser que tenha razão. Mas taxas atractivas em países considerados lixo ou em vias de ajuda externa, sê-lo-ão de facto?
    Depois à Finlândia e Austria acontecer o mesmo, soa-me a excesso.
    E, agora, alguns destes países até já estão a fazer campanhas "compre dentro, não compre fora"!

    ResponderEliminar
  7. Cara Helena:

    Vou focar o caso espanhol. Bem, a propaganda foi feita para que se votasse no actual governo de modo a evitar o pior. Creio que a realidade é outra. Votou-se no actual governo para se pedir auxílio externo, mesmo sem necessidade absoluta… tudo parte de um estratagema para destruir a Europa. Repito mais uma vez, desculpem-me: na minha opinião, a Senhora Merkel está ao serviço dos EUA, ela … e o Senhor Durão Barroso.

    Raúl.

    ResponderEliminar
  8. Pode até ser ingenuidade minha mas à medida que as coisas se complicam e se estendem aos chamados países ricos,não ficarão mais parecidos com a "arraia miúda"???

    Então, não estará chegada finalmente a hora das grandes DECISÕES POLÍTICAS que levarão inevitavelmente a grandes soluções económicas, assim tipo "para grandes males, grandes remédios"?

    Esbatidas as diferenças...

    ResponderEliminar
  9. Politicos?
    Fala um todas as sextas feiras na Antena 1 por volta das 08.45, que há anos nos vem chamando a atenção para isto.

    ResponderEliminar