segunda-feira, 22 de agosto de 2011

A Imigração...


Participação dos estrangeiros no mercado de trabalho português


O embaixador luxemburguês em Lisboa, Paul Schmit, revelou ontem que 33 por cento dos desempregados no Luxemburgo são portugueses.
Há já algum tempo que penso no desemprego daqueles que saíram e que, por causa da globalização da crise, em determinada altura irão regressar ao país. Situação que terá reflexos não só no emprego nacional mas também no envio de remessas para a pátria.
Na verdade, com as dificuldades que assolam a Europa, este problema do retorno dos emigrantes menos qualificados irá agravar não só a nossa crise, como a tensão social que anda por aí ainda encapotada.
Também é certo que alguns imigrantes, em particular brasileiros, estão a retornar à terra mãe, mas, no cômputo geral, creio que o actual governo, vai, mais tarde ou mais cedo, ter de encarar estes movimentos migratórios e ter preparadas algumas soluções, dado que a Segurança Social também sofrerá as consequências dessa saída de contribuintes e da entrada de nacionais desempregados.
Enfim, governar é, na actualidade, sobretudo prever. Para poder actuar atempadamente. Oxalá ninguem se esqueça disto!

HSC

14 comentários:

  1. Helena, a sua preocupação é infundada porque os Portugueses que estão no Luxemburgo só virão para portugal se forem capturados, aprisionados , algemados e enviados para Portugal, com as despesas de transporte pagas!!!

    Também nao se preocupe com a sua baixa qualificação, porque os licenciados, mestrados e doutourados do nosso pais, o maximo que conseguem é um emprego na Caixa do Pingo Doce que é o que paga melhor ! Com esses é que se devia preocupar!!!
    Os outros, mesmo desempregados ganham 1800€/mês e não tencionam voltar para esta miséria de pais !

    O Brasileiro está a voltar para o Brasil , não porque não tenham trabalho cá , mas porque com a desvalorização do Euro , face ao Real, já não compensa estar longe! E no Brasil já se ganha mais que em Portugal. Não se esqueça que o Brasil precisa de trabalhadores qualificados e por isso é carente de mão de obra. O Brasil Cresce a 7-8%/ano. Quando falo em qualificação de trabalhadores refiro-me a experiência , não me refiro ao programa das novas oportunidades que nem dá para trabalhar a fazer limpezas no Brasil!

    Com dizia o Medina Carreira , 6 milhões de Portugueses estão pendurados no Estado e quando a teta secar eles tem que sair do Pais porque o pais não lhes oferece nada !

    A sua preocupação devia ser o que fará esta juventude portuguesa formada nas Universidades portuguesas, para conseguir viver neste pais que maltrata os seus cidadãos ?? Em MAdrid vivem 150 000 portugueses . Londres 300 000 ! São só 2 exemplos! No ultimo ano emigraram 75 000 portugueses , a maior taxa depois da segunda guerra mundial !!!

    Já para não falar das ex colónias!!

    Enfim não me leve a mal mas não consigo resistir a contra_postar !

    É como se fosse a Dialética de Frederisch Hengel !!

    Um bem haja !

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  2. Caro Anónimo das 18:08
    De certo não conhece bem este blogue. Fiz vários post's sobre o drama dos licenciados que não conseguem emprego.
    E agora é a minha vez de lembrar que o grande erro foi acabar com o ensino técnico. A partir daí todos quiseram ser doutores, engenheiros, advogados, etc. No dia em que um bom canalizador valha tanto como um bom professor, talvez as nossas Universidades tenham outra qualidade.
    Se um neto meu for um bom alfaiate é melhor do que ser um infeliz economista desempregado.
    Neste mundo não temos que ser iguais. Temos é que ter oportunidades iguais! E sermos respeitados pela qualidade do que fazemos e não pelo título que "ostentamos".
    Perderam-se os brasões, mas ganharam-se os títulos científicos.
    "Uma pândega", como diz um aluno meu!

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  3. Minha cara Helena,
    O problema é mais gravoso do que imagina !!!

    O ensino técnico, é uma falácia !!!
    Eu não sei se já lidou com Ucranianos, Romenos ou Moldavos , na prespectiva de empregador ?
    Eu já lidei e conheço-os muito bem !
    A sra se calhar, só conhece a comida que eles cozinham ( AS cozinhas dos restaurantes mais tipicos estão cheios deles ). Pode conhecer alguma pintura ou reboco feito por eles !

    Pois eu vou dizer-lhe que os cursos superiores que eles dizem ter são mais um sofisma que outra coisa!!!
    Sofisma , porque parte de uma base verdadeira que é uma educação básica muito boa e é extrapolado para doutoramento num abrir e fechar de olhos!

    Você já imaginou uma cozinheira Ucraniana a fazer bacalhau à brás ? Se calhar já ! Porque há aos montes por esse pais a fora !
    E também já imaginou um licenciado em Hotelaria no desemprego ? Claro que sim, pois há-os aos montes!

    E então ! Vai dizer que é por causa da ausencia do ensino técnico ?

    por favor, essa falácia foi o que serviu para a aposta na formação profissional, com as fraudes que conhecemos e com os resultados que não vimos ! SE visitar o Luxemburgo vai encontrar os portugueses a trabalhar no duro sem curso nenhum!! Mas se for a Cascais a um restaurante fino e caro , vai ver que os empregados são na maioria Romenos !
    Se quiser o seu esquentador limpo se calhar será um romeno que o irá limpar !
    Mas se quiser 20 licenciados disponiveis para executar um trabalho cientifico, não remunerado, aparecerão 200 portugueses, com curriculuns de dezenas de páginas!

    Em portugal , só portugueses é que trabalham de borla e isso diz tudo !

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  4. Helena, respondi-lhe materialisticamente , mas agora apeteceu-me respoder-lhe espiritualmente ! Direi que o seu discurso é muito marxista: "sermos respeitados pela qualidade que fazemos e não pelo titulo que ostentamos " Marxismo puro e duro !

    A sra ponha-se na pele de um jovem que vê que o ensino tecnico/profissional é desprezado e que pode optar por ser advogado ! O que é que faria ?

    Eu percebo que a elite portuguesa, há 30 anos quisesse dominar os parvos que só teriam acesso ao ensino técnico, como canalizadores, electricistas, mecânicos-auto , etc que bom seria ?? Não era ? Pois é !!!
    Só que esqueceram-se que os portugueses capazes tecnicamente não queriam ganhar o salário minimo e zarparam para a Suiça, Alemanha e Holanda, que são os que pagam melhor ! E os portugueses para disfrutarem de mão de obra barata tinham que importa-la da Romenia !!! Pois é !!! é duro de aceitar . mas é o cenário do dia à dia!

    Quanto aos seus netos, serem economistas desempregados , deve ter sido piada para algarvio rir!
    :)

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  5. Caro Anónimo
    E em que é que os meus netos são diferentes dos outros?
    Eu estudei com uma bolsa de estudo porque nesse tempo o dinheiro era escasso, para uma família numerosa que nunca teve luxos. Comecei a dar explicações com 13 anos e acabei a Faculdade com 21 anos, tando sido a melhor aluna, apesar de trabalhar. Foi o nome de família que me valeu? Ou terá sido o esforço que fiz?
    Os meus filhos começaram a trabalhar com 15 e nunca achei mal nenhum nisso. Pelo contrário, fez-lhes muito bem. Aprenderam a dar valor ao dinheiro.
    Os meus netos são diferentes porquê? Por terem um pai e um tio na política? Se é por isso, vão penar muito. Eu própria já fui muito prejudicada profissionalmente, por ser mãe deles. E com a idade que tenho trabalho que nem uma moura.
    O que o seu comentário revela é que, aos seus olhos, eu sou uma privilegiada e por isso os meus netos também o serão. Pode dizer-me em quê?

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  6. Estimada Helena,
    Belo estudo este, feito pelo SEF, que poderia/deveria ser mais completo na sua vertente demográfica, sobre «Participação dos estrangeiros no mercado de trabalho português».
    Daria que pensar, compartimentando em vários vectores, desde as origens até às consequencias.
    Seria muito útil saber quais as habilitações literárias destes emigrantes, se estariam sub-aproveitados, por as terem escamoteado, para arranjar trabalho, a qualquer preço, em qualquer ramo de actividade.
    Também seria de grande interesse saber quais as profissões/actividades, exercidas por estes seres humanos, e a sua percentagem de penetração, dentro do mercado de trabalho nacional.
    Seria um estudo que complementaria alguma falta de informação fidedigna, isto é, a oficial, e não a «inventada».
    Resto de um belissimo dia
    Marcolino

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  7. Desculpe Helena, se a melindrei ,mas acrescento que as suas palavras lhe ficam bem , mas perdou-me que lhe diga que o seu caso é uma raridade no panorama nacional! O que eu vejo são os filhos de A, B e C a entrarem para administradores de empresas publicas a ganhar milhões sem saberem fazer nada ! E isso é inegável. Percebo que se queira descolar dessa realidade , mas a minha experiência não me ensinou outra coisa! Além do mais o post era sobre a sua preocupação sobre os portugueses que podem voltar para portugal sem trabalho e não sobre os seus netos .
    Hoje mesmo veio um trabalhador romeno ligar uma linha telefónica da PT, enquanto os portugueses estão no Centro de emprego a preencher papeis e a fazerem formação profissional !

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  8. Caro Anónimo
    Hoje são os romenos a trabalharem para uma empresa nacional.
    Há anos eram os portugueses a trabalhar para empresas francesas, alemãs ou americanas.
    O mundo não é só a preto e branco. Ou só de bons e maus. Há graduações e não podemos julgar todos pela mesma bitola.
    Felizmente conheço muita gente como eu. Que se empenha em ajudar a fazer um mundo melhor.
    E nem mesmo o facto de saber que há muitos idiotas na administração empresarial ou pública, me torna menos responsável pelas obrigações que tenho para com a sociedade em que nasci. Se há quem viva muito bem, óptimo. O que eu quero é que não haja muita gente a viver mal.
    E é por isso que lutarei. Não para que os administradores idiotas vivam mal.
    Mas este é o meu compromisso pessoal. Não o imponho a ninguém!

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  9. Embora também já tenha estado algumas vezes em desacordo com a Dra Helena, não resisto a referir a forma desassombrada como se refere às questões difíceis do nosso País.

    Seria muito confortável evitar assuntos delicados dada a sua proximidade a dois políticos de referência, mas é essa singularidade que faz dela uma Mulher inteira.

    Força, coragem e sobretudo "capacidade de encaixe"

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  10. Gostei imenso do post ,essencialmente porque aborda temas de relevância incontestável e atual, também porque reforça a dignidade lucida da minha amiga Helena.

    Da mesma forma que sinto que é dificil anular a falta de oportunidades gerada por nascer em berço de vides, também considero redutora a incapacidade de reconhecer o mérito a quem fez o digno percurso de batalhar por uma profissão para se sustentar e fazer o seu caminho,independentemente do berço.

    Há de facto um segmento da nossa população em idade activa que quer ganhar muito fazendo o pouco e o fácil. Pena que seja tão determinante a infuência perniciosa que exercem no resto da população, alguns revoltam-se porque querem o mesmo, um emprego onde se ganhe muito se potenciem direitos e omitam deveres é pura inveja, outros deixam-se demover colocando-se em posições de subserviência e lástima...

    Agora a Maioria reforço a maioria ainda são trabalhadores com T maiúsculo que desenvolvem a sua actividade profissional com empenho e competência e seriedade.

    Aliás o melhor indicador de que os nossos profissionais são bons e muito bons é a aceitação nos mercados de trabalho internacionais.

    Também me preocupa o regresso a casa, e possibilidade de prevenir a redução de riscos, mas a proatividade não tem resultado muito com os residentes.

    Só quendo consciencializarmos a necessidade de partilha de recursos ... Conheço reformados (poucos mas conheço)que ganham dois chorudos ordenados e encontroos em discursos "progressistas" a falar mal das Pais nomeadamentedo desemprego mas são incapazes de renunciar a um dosalimentos do supérfluo em detrimento de alimentar um esforçado sobrevivente que para ele ter dois o outro não tem nenhum.

    A aprendizagem por modelagem instalada é a de promover quem reduz ou extermina postos de emprego, assim ... Não
    Também prorrogar o tempo de trabalho aos mais velhos já em ritmos sustentados menos céleres
    e protelar a idade de inicio de atividade em idades jovens onde as capacidades de inovação empreendedorismo e celeridade na produtividade são teoricamente maiores.

    Isabel seixas

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  11. Para Si Helena com um grande abraco.

    O Povo Culto

    Os povos serao cultos na medida em que entre eles crescer o numero dos que se negam a aceitar qualquer benefecio dos que podem; dos que se mantem sempre vigilantes em defesa dos oprimidos nao porque tenham este ou aquele credo politico, mas por isso mesmo,porque sao oprimidos e neles se quebram as leis da Humanidade e da razao; dos que se levantam, sinceros e corajosos, ante as ordens injustas, nao tambem porque saem de um dos campos em luta, mas por serem injustas; dos que acima de tudo defendem o direito de pensar e de ser digno.

    Prof Agostinho da Silva, in "Diario de Alcestes"

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  12. Foi a própria administração publica que contribuiu para que os jovens não optassem pelo ensino tecnico/profissional porque pela experiencia que tenho, um jovem que tire um bacharelato em contabilidade, na FP ganha metade do ordenado de um outro que tire a licenciatura em economia por exemplo, desempenhando os mesmos trabalhos e até melhor. O que é que faria?

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  13. Caro Anónimo
    Lutaria, como tenho lutado, não para que acabasse o ensino técnico especializado, mas para que o mercado de trabalho não permita tais situações. E, creia, com Nuno Crato, acredito que tal irá acontecer.
    Esta é que é, para mim, a luta que importa: iguais oportunidades e salário igual para trabalho igual. E sem diferença de sexos, que me pareceu ser assunto que não abordou e é tão ou mais importante que as restantes desigualdades...

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  14. A questão fundamental e que ninguém quer saber é a seguinte:

    Os portugueses com cursos e sem cursos tem que emigrar para fazer a sua vida e os Romenos e Ucranianos fixam-se a trabalhar em portugal sem qualquer formação profissional !
    Por outro lado formaram milhares de pessoas no programa de novas oportunidades que ficam em casa a ver a Julia Pinheiro e o Goucha e recebem o rendimento de inserção!

    Para os governos e politicos é que os portugueses têm baixa qualificação. Para os Empregadores , o problema é que os Portugueses são malandros!

    Mas o problema fundamental é que as empresas tem que fechar porque não é possivel sustentar a actividade neste modelo economico socialista-marxista !
    No inicio foram as grandes que fecharam e deslocaram-se e agora sºao as pequenas!!!

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