terça-feira, 26 de julho de 2011

Quando os políticos se confessam...


Quando os políticos começam a confessar-se, temos o caldo entornado... Os cidadãos, por norma, não estão muito empenhados em ouvir confissões, mais ou menos romanceadas, das vidas dos homens e das mulheres de quem apenas esperam, isso sim, que cumpram as promessas feitas.
As suas vidas íntimas, os seus amores ou desamores, apenas respeitam os próprios e os amigos. E, talvez, acredito, alguns voyeuristas.
Mas todos eles, mais tarde ou mais cedo, acabam sempre por cair na esparrela. Veja-se o exemplo dos Gato Fedorento que até o Primeiro Ministro da época levaram à confissão, num programa feito à medida para tal modalidade...
Agora é David Cameron, o PM britânico que revela que uma das suas frustrações de infância, foi ter vivido "na sombra do (meu) irmão mais velho". Apesar de ter muito orgulho no dito, Alex de seu nome, porque foi, admite, seu modelo.
Contudo, o certo é que coube ao mais novo tomar nas suas mãos a chefia da nação, ficando o outro como advogado com escritório na capital.
Estas e outras confissões vieram ontem, numa coluna de opinião, na revista Big Issue, em que Cameron foi o editor convidado. Devem ter causado imenso impacto no tal grupo estrito. Mas a quantos ingleses é que terá interessado saber de tão pungente trauma? Pelos vistos, o dito, até lhe fez bastante bem...
Em Portugal, felizmente, para além de uns perfis biográficos para colocar na net ou na Wickipedia, o facto ainda não é, felizmente, muito frequente. Mas a coisa parece que se pega...

HSC

7 comentários:

  1. Estimada Helena,
    Pelo que tenho visto, nas nossas Tv's, isso já é de uso corrente aqui em Portugal, certos entrevistadores saberem entrar, de mansinho, na intimidade dos seus entrevistados.
    Marcolino

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  2. Este tipo de confissões pode não contribuir para a felicidade do cidadão comum, mas aproxima-o dos políticos.

    Isabel BP

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  3. A propósito de políticos e promessas, assisti ontem na SIC Notícias a um frente e frente muito original.

    A coisa passava-se entre Alfredo Barroso e Teresa Caeiro. O primeiro questionava a segunda sobre uma hipotética incoerência do líder do seu partido a propósito de impostos.
    Enfim, deve ser uma das questões mais frequentemente colocadas. Até aqui nada de novo.
    Então não é que Teresa Caeiro que nos habituou a uma presença calma mas firme, educada mas objectiva, passa ao ataque, subestima a inteligência do adversário como se ele não percebesse nada de nada.
    Foi hostil, quase grosseira e acabou por não responder à questão. Barroso reagiu, não gostou e a coisa foi ficando feia.
    A ponto de Mário Crespo assumir a culpa e pedir desculpa.

    Perplexa, pergunto:
    Será do novo "amor"???
    É preciso que alguém diga à nossa Teresinha que há estilos que encaixam nuns mas ficam desajustados noutros.

    Hoje sou eu que digo como o Diácono: Realmente não havia nexexidade!!!

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  4. Cara Era Uma Vez
    Não vi. Já não vejo frentes a frentes, versus, debates e quejandos. Ainda estou no rescaldo da campanha.
    Mas toda a gente hoje falava disso.
    Conheço ambos e considero-os pessoas educadas. Surpreende-me. Mas há sempre dias maus...

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  5. Ainda bem que em Portugal os politicos nao confessao a sua vida particular e assim deve continuar, embora haja imprensa e jornalistas sempre prontos a esmiucar a vida dos politicos procurando fazer sensacionalismos.

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  6. igualmentedesiguais.blogspot.com28 de julho de 2011 às 12:14

    Pois e o que também importa saber é quem são os "padres" que os ouvem em confissão e que penitência lhes é dada antes do hipotético perdão.
    É que há políticos que, caso exista, estão condenaditos à fogueira. E não me refiro só à inquisitória ou infernal mas á da Opinião Pública.

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