Análise séria e acutilante, humorada ou entristecida, do Portugal dos nossos dias, da cidadania nacional e do modo como somos governados e conduzidos. Mas também, um local onde se faz o retrato do mundo em que vivemos e que muitos bem gostariam que fosse melhor!
segunda-feira, 18 de julho de 2011
As promessas...
É sempre muito perigoso fazer promessas. Particularmente em política. Porque já ninguém acredita nelas, sobretudo depois de um quinquénio coroado de mentiras.
Foi exactamente isto o que pensei, quando ouvi o Primeiro Ministro prometer que não iria falar do passado, convencido que estava, que eles governo e nós governados, já sabíamos tudo o que havia a saber. Ou seja, finalmente conhecíamos a verdade!
Disse cá para os meus botões que se nem por nós próprios se deve pôr as mãos no fogo, quanto mais pelas mãos do alheio.
Aconteceu o que seria de esperar. Ontém, Passos Coelho, na festa de verão do PSD, em Pedras Salgadas, referiu que havia um "desvio" nas contas públicas de mais de dois mil milhões de euros, que seria preciso colmatar. Ou seja, até ao final do ano, eles teriam de ser absorvidos quer do lado da receita, quer do lado da despesa, para que o deficite estipulado fosse cumprido.
Do lado da receita já fomos mimoseados com o "imposto da boa vontade" e... vamos temendo o que mais irá, ainda, acontecer. Mas do lado da despesa, o governo parece menos lépido. É que só prometeu torná-las conhecidas lá para o fim de Agosto. Temos pena. Mas veremos que dieta ele vai seguir para abater tanta gordura.
Só se for ao concurso da Julia Pinheiro e o ganhar!
HSC
Imposto da boa-vontade essa é boa!!! Eu cá confesso que não tenho grande vontade . Nem boa nem má: nenhuma. Que remédio senão pagá-lo!!! O que me entristece além desta sequência constante de jogo do empurra, é não se verem políticas " de facto!" para reerguer a economia deste país. E irrita-me solenemente ver algumas personagens que foram responsáveis pela destruição do nosso tecido produtivo ( nomeadamente na área agricola!) apelar agora ao retorno à terra! Haja paciência.
ResponderEliminarO Anónimo das 16.36 do outro dia que dá pelo nome de MIN e tem o blog igualmentedesiguais.blogspot.com. Ao seu dispôr.Manuela Niza
não sou economista nem sequer merceeiro , mas será que bem feitas as contas , esse imposto da boa vontade não poderia ser substituído pelo aumento astronómico da receita do imposto sobre os produtos petrolíferos ?
ResponderEliminaré que bem vistas as coisas , quanto mais caro é o produto mais imposto se lhe cobra , ou não ?
Cara Manuela
ResponderEliminarEu bem puz aspas... Por mim chamava-lhe outro nome. Mas trata-se de cobrir mais um buraquinho do anterior governo, coitado, tão esforçado que foi. E ainda não chega.
Mas vamos todos estudar filosofia e a coisa...resolve-se!
Nos Portugueses somos uns refiloes, pior ainda, refilamos porque sim, refilamos porque nao.
ResponderEliminarDaqui a nada, o Sr Eng foi uma vitima nao so da conjuntura mas tambem do governo que lhe sucedeu,meus dois filhos e noras, apesar das dificuldades de sua vida compreendem e aceitam este imposto, e como muito bem diz Helena, nao podemos virar costas e irmos todos estudar filosofia.
Abracos
Helena,
ResponderEliminarQueria tanto dar-lhe um abraco de verdade. Obrigado.
Os tempos vao passar e um dia, numa sessao de autografos de livro seu, eu vou la estar e dar-lhe um apertado abraco.
Cara Helena, não estou nada espantado com o comportamento do Primeiro Ministro e o "lá para o fim de Agosto"…e olhe que fui daqueles que acreditou no Pai Natal quando os outros já tinham deixado de acreditar!
ResponderEliminarNa minha opinião deveria ter sido feita uma auditoria às contas do Estado: já se percebeu que houve desorçamentação bem generosa.
ResponderEliminarUma coisa são as despesas contabilizadas e outra as não contabilizadas (pelo governo anterior).
A brutal diferença de 2 biliões dá para manter o Ministério da Saúde a funcionar quase três meses. Não é brincadeira: precisamos de saber para que serve o dinheiro que nos vão cobrando com retroactivos.
Até posso calar que a empregada possa ter usado o dinheiro que deixei para mercearias e adquiridos uns kgs de arroz que levou para casa, que tenha estragado uma ou duas peças de roupa ou partido uma jarra mas que tenha ido ao cofre já é mais intolerável.
Estimada Mar
ResponderEliminarE eu irei receber, cheia de alegria, esse abraço. Pode crer!
Caro Anónimo das 09:30
Sempre achei que essa auditoria, por uma questão de princípio, era necessária e devia ter sido feita. É que a troika podia não ter visto tudo...
Bem Helena...
ResponderEliminarSoube nos corredores de uma embaixada
que está a adaptar um livr seu para uma série televisiva. BOA!!! Parabéns
Se precisar de ajuda, estamos aí.( (Aulas de guionismo na Universidade Moderna, alguns work shp nessa àrea e dois meses de estágio com Moita Flores).Alguma obra feita e muita vontade de voltar a meter as mãos nessa massa...da escrita, claro.Eh Eh
Estimada Helena,
ResponderEliminarFicarei à espera, bastante interessado, a série telçevisiva! Depois diga-nos quando será exibida e em qual dos canais será. Boa sorte!
Marcolino