Análise séria e acutilante, humorada ou entristecida, do Portugal dos nossos dias, da cidadania nacional e do modo como somos governados e conduzidos. Mas também, um local onde se faz o retrato do mundo em que vivemos e que muitos bem gostariam que fosse melhor!
quarta-feira, 25 de maio de 2011
É inacreditável!
Não é possível que em Portugal uma criança de 14 anos seja sujeita ao tratamento que o link abaixo permite ver:
http://www.ionline.pt:80/conteudo/125560-ministerio-publico-investiga-agressao-violenta-jovem-14-anos---video
Alguma coisa muito séria se está a passar entre nós e de que esta filmagem dá conta. Trata-se, pelo menos, de dois tipos de brutalidade. A de quem a pratica e a de quem incentiva e não socorre a vítima.
Detrás deste vídeo escondem-se problemas que vão muito para além do comportamento animalesco revelado por jovens cuja idade se situa entre 14 e 18 anos. Claro que se aqui referir que, pelo menos, um dos elementos é de cor, chamam-me racista.
Mas esse aspecto cultural - não há como negá-lo - não é o mais importante, porque entre os nossos imigrantes há arianos cuja violência será pelo menos igual.
A questão central é a de que Portugal abriga, hoje, no seu seio, pessoas de origem demográfica muito variada e modos de vida muito diversos, que entram em rota de colisão com alguns daqueles que nos são próprios. Não será, talvez, este o caso.
Mas o emigrante sabe - nós soubemos - que quando se pretende viver num país que não é o nosso, se tem de fazer adaptações no modo de vida próprio, para não correr o risco de se ser judicialmente penalisado.
Permitir, por exemplo, certas prácticas como a excisão do clítoris das mulheres africanas, em território nacional, é inadmissível. Mas ela pratica-se, e os nossos hospitais tratam as suas consequências, sem denunciarem às autoridades o facto.
Ignoro qual a condição social destas crianças. Mas andei sempre em escolas públicas e não me lembro de algo semelhante, sobretudo entre raparigas.
Devo dizer que como avó e como mãe fico arrepiada com este vídeo. Vantagens e, simultaneamente, inconvenientes, das redes sociais e portanto da internet. Mas que fazem pensar naquilo que queremos para nós como comunidade!
HSC
Helena não foi a única a ficar arripiada com este video eu também fiquei.E para lhe dizer a verdade esta violência não vem de agora,pois eu tenho 30 anos e sofri o mesmo tipo de violência e ainda por cima dentro da escola e quer saber ninguém se importou e ninguém fez nada de nada,nem se quer se chamou a policia e tudo porque eu tenho uma deficiência no meu pé,só por causa disso eu fui espancada da mesma maneira que essa criança.
ResponderEliminarAinda bem que a policia hoje em dia trata destas coisas,coisa que no meu tempo não o fazia.
Mas é triste ver a onde chega a violência ente os jovens hoje em dia e é mais triste ainda os traumas com que esta jovem vai ficar pois eu fiquei e fui durante muito tempo,ainda hoje me lembro do que aconteceu como se fosse hoje.
Espero que os causadores desta violência paguem em tribunal por aquilo que fizeram.
Meu Deus!... eu nem acredito nisto...
ResponderEliminarMarianinha, um beijo e um abraço apertado para si.
Sinceramente... Já não fico chocado!
ResponderEliminarReflete apenas a Civilização que construímos, onde já não existem quaisquer resquícios de Valores... Hoje em dia apenas há Interesses... e apenas estes Interesses são transmitidos... Escusam de particularizar pois o que escrevi retracta a Maioria... existirá certamente uma ínfima Minoria que ainda transmite Valores, mas as Minorias não contam para NADA...
Estimada Helena,
ResponderEliminarCenas destas, aqui por Santo Antonio dos Cavaleiros, já estão banalizadas.
Peões séniores, serem agredidos por automobilistas que estão com pressa que os mesmos passem a correr sobre as passadeiras para peões, também se banalizaram.
As autoridades não agem, mesmo que se apresente queixa. Depois há o risco de uma «espera» no percurso habitual da vitima. Ninguém viu, ninguém vê, todos comentam, ninguém etava lá...!!!
Cumprimentos
Marcolino
Cara Helena,
ResponderEliminarCorroboro as suas palavras.
Arrepiei-me a ver o vídeo e com a falta de valores que permite estes actos de vandalismo (a roçar o animalesco). Há instantes, li na edição on-line de um jornal que o autor da gravação foi preso, na passada 2ª feira, por roubar um telemóvel... tudo gente de bem para ajudar a construir um país melhor!!!
No entanto, considero que a comunicação social acaba por ter uma certa culpa ao divulgar sem pudor e até à exaustão imagens que são chocantes. Há uns anos, avisavam que eram imagens chocantes e podiam ferir a susceptibilidade dos espectadores.
Depois temos a questão das associações SOS para tudo e para nada... porque se as queixas são de um lado é racismo, se são do outro lado é por falta de oportunidades na integração.
Não sou minimamente racista e considero que “o sol, quando nasce, é para todos”, mas quando há falta de integração deviam ser deportados. É isso que os americanos e os canadianos fazem sistematicamente aos imigrantes quando praticam actos que colocam em causa a segurança interna.
P.S. Por aquilo que li há tempos, também foi aluna no “Filipa” :)
Estimada Helena,
ResponderEliminarA verdade vem sempre ao de cima. Isto é, a mãe do Rodolfo, o jovem que filmou esta bárbara agressão, segundo o Correio da Manhã «Sónia Patrícia terá sido o motivo das agressões. É mãe de Rodolfo, o jovem que filmou as agressões, tem 38 anos e é stripper...» ilustrada com uma sugestiva fotografia numa pose condicente com o seu estatuto de stripper. Que seja mais discreta e que se comporte...
Com gente desse calibre, desse sub-mundo, o que não se esperará. Não sou nenhum padrecas..., mas sou realista, pai e avô!
Cumprimentos
Marcolino
Um Post pertinente que suscita algumas questões a propósito. Uma delas consiste na actual Legislação Penal. A outra, na atitude do Estado perante os cidadãos de origem estrangeira e seus comportamentos. Quanto ao primeiro, sugiro que, quem tiver tempo e paciência, se debruce e folheie o Código Penal vigente. É um Diploma, quase, despido de carácter punitivo, em praticamente toda a sua extensão, com ênfase, sobretudo, na prevenção e na reintegração do delinquente. Ora, a realidade social actual (em Portugal) demonstra, à evidência a não compatibilidade da bondade da Lei com determinada prática de crimes, cada vez mais frequente, na nossa Sociedade. Não existe equilíbrio, em minha opinião, entre o carácter punitivo da Lei Penal, que deve estar bem presente em qualquer Código Penal e a perspectiva de recuperação do delinquente. Vejam-se por exemplo as penas previstas para determinados crimes, desde a violação, pedofilia, corrupção, peculato, abusos de autoridade e de poder, crimes contra o ambiente, e até mesmo alguns crimes mais violentos. Foi-se ao ponto (já com este governo) de passar a aplicação de penas efectivas de 3 para 5 anos, permitindo-se que a uma pena de 5 anos possa ser determinada pena suspensa ao arguido. O crime, nosso país, na verdade, compensa. Deste modo, àqueles jovens pouca responsabilidade lhes será exigida e a punição pela violência praticada será mínima, simbólica. E amanhã, perante isso, não só não se arrependerão, como poderão voltar a fazer o mesmo.
ResponderEliminarOutra questão, lamentável a meu ver, consiste na atitude passiva do nosso Estado perante comportamentos sociais de certos grupos de cidadãos de origem estrangeira. Na verdade, o que se passa é, mais ou menos o seguinte: o Estado recebe o cidadão estrangeiro no território nacional, concedendo-lhe determinados direitos. Quando esse estrangeiro se comporta de forma anti-social, procura-se, com pinças, não vá a autoridade policial ser acusada de racismo, xenofobia, excesso de poder, etc, resolver a questão, sem se fazer compreender a esse cidadão que é a ele que compete, uma vez no nosso país, saber as regras de comportamento, respeitar as Leis do país de acolhimento, não assumir atitudes anti-sociais e saber – designadamente - integrar-se. Tudo isto que aqui refiro é a prática de uma boa parte dos muitos países europeus e não só. Todavia, um certo esquerdismo vesgo sempre que se verificam acções de protesto e violência por parte quer desses estrangeiros a viverem no território nacional prefere desculpabilizar essas atitudes, justificando-as com o tipo de sociedade que temos, em vez de procurar apoiar as acções de prevenção policial e judicial. Ou até, de propor medidas mais eficazes, no plano penal. Enquanto este tipo de preconceitos não desaparecer na nossa sociedade e não houver coragem para se ser mais rigoroso e porque não dize-lo punitivo, casos como estes e outros, continuarão a existir. Oxalá isto também venha a mudar depois de dia 5 de Junho.
P.Rufino
Fada do bosque como não consegui por um comentário no seu blog,deixo-lhe um beijinho e um abraço apertado para si.
ResponderEliminarEstimada Helena,
ResponderEliminarA referenciada Escola Pedro Alexandrino,onde estudam as duas jovens agressoras, fica pertinho da minha casa. Foi sempre conectada com droga, prostituição juvenil, e violencia gratuita!
Minhas duas filhas quando souberam que seriam transferiadas para aquele local, a 300 metros de nossa casa, pediram-nos, por tudo, para as colocarmos noutro local, que não aquele, devido à fama que tinha, aos desacatos, e roubos constantes. Inventamos novas moradas e lá continuaram os seus estudos em locais da sua preferencia. Ambas estão formadas e com trabalho permanente, em medicina e arquitectura. Formaram-se ambas com médias acima dos 17!
Cumprimentos
Marcolino
Desta vez sou eu que digo:
ResponderEliminarO comentário do P. Rufino está espectacular!
Agora que isto venha a mudar depois de 5 de Junho, já não acredito. Esta "Justiça" portuguesa precisava de uma boa revolução. Já dizia Camus, onde não há Justiça, não há Ordem.
"Quando alguém vos mostrar os grandes e poderosos da terra e vos disser: Aí estão os teus amos, não lhe deis ouvidos.
Se forem justos, serão vossos servidores; se injustos, vossos tiranos." Félicité Robert de Lamennais.
Voz a 0 db...
"A democracia constitui necessariamente um despotismo, porquanto estabelece um poder executivo contrário à vontade geral. Sendo possível que todos decidam contra um cuja opinião possa diferir, a vontade de todos não é por tanto a de todos, o qual é contraditório e oposto à liberdade." Kant
Marianinha, obrigada! :)
Na verdade (Estimada Fada do Bosque - acho adorável o nome!), quanto a 5 de Junho, se vai melhorar, também não sei. Gostaria, however, who knows! Mas desde que a "ementa" mude, de uma vez por todas , é o mínimo que peço!
ResponderEliminar"Ouça, oh homem, outra vez carapau de escabeche!!! Não há outra coisa?"
- "Só talvez para a semana, quando esperamos novas remessas!"
- Então até para a semana! Irra! Já chega! Até o azeite é óleo!"
P.Rufino
ahahahaha Caro Amigo Rufino! Se mudar de carapau para chicharro como eu estou a presumir ou a ver que vai acontecer, nada mudará neste País. Nenhum País do sul da Europa, denominados PIGS pelos "grandes" tubarões do capital, conseguirá sobreviver com estas "ajudas", mais designadas de agiotismo. Os políticos que sempre exerceram o poder estão demasiado corrompidos, assim como os Partidos demasiado viciados. Enquanto não mudar tudo de forma radical, até a Constituição que tem sido rudedemente violada, entraremos num ciclo demasiado negro. Por isso deixo aqui um filme que os gregos fizeram circular por toda a net e que demonstra bem o que se está a passar e o que nos espera dentro de pouco tempo. Deveria ser visto por TODOS, mas tal é impossível, de qualquer forma, quem o vê deveria divulgar. Penso que é um acto de cidadania muito importante.
ResponderEliminarPara aceder a legendasem português, basta passar o rato por cima e escolher CC subtitles.
Debtocracy
Tomara eu ter a sua opinião... seria muito mais fácil. Infelizmente não posso partilhar da sua ideia...
Um abraço